segunda-feira, 4 de junho de 2018

SOBRE AS “DÍVIDAS OCULTAS”: OS CRÍTICOS EVAPORARAM?

Centelha por Viriato Caetano Dias (viriatocaetanodias@gmail.com )
O facto é que nunca deixamos às moscas os nossos tribunais de consciência e de má-língua, nos quais somos juízes, advogados de acusação e de defesa. Tudo ao mesmo tempo. Só não somos réus. O nosso trabalho judicial é contínuo e limpinho. Padre Manuel Maria Madureira da Silva, in Reflexos – Eu, o Espelho e a Consciência, 2017, P. 18.
Devido a ataques em Mocímboa da Praia e Palma, que dia após dia semeia luto e dor nas famílias moçambicanas, os críticos das propaladas “dívidas ocultas” parecem ter evaporados. Estão envergonhados perante uma situação periclitante de insegurança nacional. As estratégias destinadas à defesa nacional foram, infelizmente, vilipendiadas.
Eu sempre defendi que o país deve capitalizar a segurança nacional para melhor viabilizar o boom dos recursos naturais e atrair mais o investimento estrangeiro. Só quem está dentro dos processos de segurança e defesa compreende a necessidade de fortificação do Estado.
Entende-se, por conseguinte, que não é “folclore” que as “descobertas” e exploração de recursos naturais de elevado valor comercial espoletam cobiça e apetites de inimigos que estão interessados em criar um clima de tensão no país. Ter conhecimento disso implica reforçar, quer do ponto de vista qualitativo como quantitativo os meios humanos e materiais de segurança do Estado.
A conservação da independência e integridade territorial não se fazem com discursos nem com comícios, muito menos com barulheira, tão antigos como inúteis. Ainda que se tenha de hipotecar o futuro de uma ou mais gerações, a defesa da Pátria não tem preço. É por isso que a gordura financeira dos Estados “ditos democráticos” está concentrada no sector da segurança e defesa. Parece paradoxal, mas está perfeitamente dentro do real.
Noto que os problemas actuais dos críticos deixaram de ser intestinais (comida pela crítica), emergindo, em seu lugar, a sofreguidão pela destruição do país. É uma tremenda obsessão. Eles querem tirar o governo da Frelimo do poder para instaurar um regime fantoche. No actual contexto de edificação do Estado moçambicano, o mais importante não é mudar de regime, mas sim refazer algumas políticas públicas para atender às necessidades dos mais pobres.
Zicomo e um abraço nhúngue ao Rego e à Judite, lutadora incansável pelos direitos da mulher, cheia de fé e de fortes convicções.  
WAMPHULA FAX – 04.06.2018 

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