08.06.2018 às 18h00
Aldeãos deslocados pelos ataques do Al-Shabaab, refugiados na ilha de Ibo
Intensificam-se os ataques de islamitas na província de Cabo de Delgado, no norte de Moçambique. Nas últimas 48 horas, os radicais islâmicos atacaram duas aldeias em diferentes distritos e assassinaram com requintes de brutalidade 12 pessoas, feriram nove e queimaram mais de 230 casas
O primeiro ataque desta semana ocorreu na terça-feira, na aldeia de Naunde, no distrito de Macomia, quando os radicais islâmicos atacaram e decapitaram sete pessoas, feriram outras setes e queimaram 164 casas e quatro viaturas. Entre a última terça-feira e quinta-feira, o grupo de radicais invadiu a aldeia de Namaluco, no distrito de Quissanga, assassinando cinco pessoas, ferindo duas e queimando 70 casas, o que totaliza 12 mortos, nove feridos e mais de 230 residências destruídas.
Os ataques de Namaluco ocorreram por volta das 21h de 6 de junho. De acordo com a STV, o canal televisivo de maior audiência em Moçambique, os ataques duraram duas horas.
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A DISCIPLINA MILITAR NA CAÇA AOS INSURGENTES MUDOU BASTANTE, PARA O MELHOR
É notório que no principio, militares revistavam e interditavam aos homens, trajarem-se de maleia (roupa semelhante a uma túnica) e mesmo as mulheres, cobrirem-se de lenços que cheguem aos ombros, por exemplo.
Última e raramente há queixas populares sobre militares extorquindo!
A estas alturas, a modalidade de caça aos insurgentes tem sido comparticipada pelos populares e saem as buscas, homens pré-seleccionados com grupos de militares, usando critérios fisionómicos, de resistência a marcha, quem nalgum dia frequentou a caça e aprovado pelas lideranças comunitárias.
Tem havido grupos de vigilância e redobrados ao longo das noites nos distritos em riscos vermelhos e outros da província de Cabo Delgado e nalguns casos, são capturados, de forma isolada, um e outro que se intrometem em circulação, em bairros aonde não são reconhecidos, se não vejamos esta pequena realidade.
CIDADE DE PEMBA - BAIRRO MAHATE
(Tarde de 07-06-2018) - Junto da escola Primária, no local de venda de comida pré-confeccionada, compareceu um e único jovem que nunca dantes tinha vindo vender algum produto. Parou por muito e longo tempo e a olhar de forma a ser desconfiado de que estava a reconhecer. Populares activaram a polícia comunitária local e cercaram-lhe. Antes do pré interrogatório, este pretendeu se escapulir e houve perseguição para o achar e depois de ter-se que ser capturado aquele jovem robusto, ainda não abriu a sua boca, já lá vão mais de 24h00. Portanto, não comunica em nenhuma língua local (Português, emakhua, kimwane, makonde e swahil). Enquanto isso, a Polícia o guarda sob custodia.
LOCAIS EXTREMAMENTE VIGIADOS POR MILITARES - PROVINCIA DE CABO DELGADO
Centros internatos, residências de dirigentes do Estado e políticos, estacões, principalmente.
O Centro internato de Macomia - junto da escola Secundaria Padre Paulo, tem sido vigiada por vários militares. O consensual silencio obrigatório te sido logo ao pôr do sol, a partir desta semana. Isto acontece depois de tantos outros centros internatos terem sido abandonados em distritos circunvizinhos deste e na mesma província. Eram habitados por mais de 500 alunos de ambos sexos. O de Muaguide e Bilibiza, são exemplos de deserção colectiva envolvendo professores e suas famílias.
O Centro internato de Macomia - junto da escola Secundaria Padre Paulo, tem sido vigiada por vários militares. O consensual silencio obrigatório te sido logo ao pôr do sol, a partir desta semana. Isto acontece depois de tantos outros centros internatos terem sido abandonados em distritos circunvizinhos deste e na mesma província. Eram habitados por mais de 500 alunos de ambos sexos. O de Muaguide e Bilibiza, são exemplos de deserção colectiva envolvendo professores e suas famílias.
O acampamento da ANADARKO, vive ambiente de extrema vigília. Recebeu-se, nesta primeira semana de Junho, alerta vermelha e está-se em prontidão ao ponto de se ter interditado a ausência de maquinaria e pessoal qualificado, para o serviço de campo. Portanto, a maquinaria fora daquele espaço, tem sido controlada por segurança privada. O mesmo que a orla marítima, onde em cada 50 metros, há um homem, devidamente fardado e munido de telefone de comunicação para com a sua Central.
A Cadeia / penitenciaria de Mieze, que funciona como centro de colecta de insurgentes capturados desde então, recebe a jamais vista vigilância do Estado, sobretudo, no seu exterior e ao longo das noites.
OUTRAS OBSERVAÇÕES
Há zonas inteiras aonde não há instituições do estado em funcionamento e sobretudo, a vedação ao acesso a cuidados básicos de saúde e educação.
Ainda não há alguma acção concreta de assistência aos deslocados de guerra que necessitem, eventualmente de comida e redes mosquiteiras, por exemplo.
Ninguém já fez um pré levantamento de gente refugiada. Portanto, ninguém tem noções do numero aproximado de gente que foge das suas povoações deixando as suas vidas normais e a procura de um local seguro, que não toque alguma bala se quer.
Houve recente denúncia e captura de pelo menos 4 jovens que residiam fechados, numa casa abandonada, em Macomia - Cabo Delgado.
Dirigentes do Governo e mesmo a imprensa que queira efectuar visitas de trabalho em terras de conflito, vão e voltam as suas origens, em números reduzidos e acompanhados em tanques blindados e militares de diferentes origens.
Enfim, tudo indica que O ESTADO ESTA SOB CONTROLE DA SITUAÇÃO mas também, não há que negar que está-se num ambiente diferente de pacífico (Paz) e a vigilância é total mesmo por parte da Polícia de trânsito em controles, que solicita por informações de qualquer viajante, se tenha ou não desconfiado de algum viajante ao seu lado!
A redacção do Pinnacle News!
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