sexta-feira, 15 de junho de 2018

Filipe Nyusi mete os pés pelas mãos


Editorial:

O Chefe do Estado, Filipe Nyusi, devia ser um homem acima de qualquer suspeita e solícito para os seus “patrões”, mas não é assim.
Desde que um grupo inspirado na doutrina islâmica, denominado Al Shabaab, actua no norte de Moçambique, desde Outubro de 2017, causando terror e matança na província de Cabo Delgado, ainda não ouvimos a posição do Comandante-Chefe das Forças Armadas. Porém, ainda é tempo de Filipe Nyusi se emendar.
O que começou como um simples ataque visando as unidades policiais e atribuído a supostos bandidos armados – no jargão policial e de alguns militantes do partido no poder – no distrito de Mocímboa da Praia, já é um problema sério. Mas bastante sério pode ser o silêncio sepulcral do Presidente da República perante o clamor e a agonia da população local, que já passa noites em claros. Tenha misericórdia e não seja indiferente ao desgosto dessa gente! Ajude-a a superar o drama a que está sujeita.
Enquanto o Alto Magistrado da Nação profere discursos de censura e repressão à manifestação popular em Maputo na Matola, por conta dos constantes acidentes de viação, e sugere que os promotores da manifestação abandonem a urbe para habitar sabemos lá em que parte do vasto Moçambique, simultaneamente ele finge ser cego, surdo e mudo, ignorando por completo a barbárie instalada em Cabo Delgado. Ele escuda-se num problema minúsculo, comparativamente ao que se passa no norte.
Em algumas comunidades dos distritos de Mocímboa da Praia, Palma, Nangade, Macomica e Quissanga o ambiente é de cortar à faca, põe todos nós com os nervos à flor da pele e com os dentes a ranger de pânico. A realidade deixa transparecer que não temos autoridade nem governo em Cabo Delgado, sobretudo quando as Forças de Defesa e Segurança, sem medirem as consequências, promovem acções de caça ao homem movidas pelo desespero da população.
A incompreensão do mal cometido pelas pessoas cujos familiares foram decapitados ou mortos de outra forma e viram as suas casas reduzidas a cinza sufoca de tal sorte que parece uma espinha atravessada na garganta. Todavia, o pior que tudo isso é o silêncio do Chefe do Estado. Ele não tuge nem muge e de comício em comício popular mete os pés pelas mãos.
Sabemos que a indiferença em Moçambique é um mal enraizado e que passa de um governo para o outro, mas o que não cabe nas nossas cabeças é que um Presidente da República ignore por completo o horror que se alastra em Cabo Delgado e se exponha à vergonha de ombrear com o edil de Maputo para prometer uma ponte aérea num bairro, por conta dos por acidentes de viação que ceifam vidas na “Circular”.
Algumas atitudes do Chefe do Estado revelam uma certa desarticulação dos assessores, o que em ano eleitoral pode custar caro a si e ao seu partido. Outubro vem aí, a ver vamos.
@VERDADE – 15.06.2018EUREKA porLaurindos Macuácua
Cartas ao Presidente da República (100)
Pois é, Presidente: esta é a minha centésima carta. Estou contente por ter chegado a tanto. E, todavia, infeliz por a famosa água mole em pedra dura ter batido tanto e até aqui ainda não ter furado. Talvez quando chegarmos a ducentésima correspondência. 
Sei que desde ontem o Presidente está na província de Inhambane para mais uma visita de trabalho. Bom proveito. Bom: isto não é tipicamente uma crítica. É, antes, um reparo. Há dias, o Presidente esteve presente na inauguração do Baia Mall, um projecto que contempla um hotel, mais de 100 lojas, restaurantes, área de serviços, parque para mais de 900 viaturas, entre outras infra-estruturas. 
E, na ocasião, disse tratar-se de um importante empreendimento que vai aliviar os moçambicanos que percorriam grandes distâncias à procura de produtos de qualidade, para além de ser prova de que Moçambique está de volta, graças à sua gente trabalhadora e patriota. E em remate- para o arrepio dos atentos-: “Tudo o que se produz e se comercializa no mundo pode ser encontrado aqui neste local”. Não restam dúvidas de que o Presidente segue as mesmas políticas de doidivanas dos sucessivos Governos da Frelimo. Contenta-se porque inaugurou-se um alto empreendimento, mas não faz a pergunta de fundo a si mesmo. 
Até que ponto, nestes empreendimentos de capitais internacionais que o Presidente vai inaugurando, estão presentes os produtos nacionais? Quer dizer: Moçambique é um imenso supermercado dos países que melhor se organizaram para produzir a sua comida e o nosso Presidente bate palmas? Não estou eu aqui a pôr em causa se esses empreendimentos dão emprego aos moçambicanos ou não. 
Preocupo-me com a nossa produção que está estagnada e as políticas governamentais não ajudam em nada para se sair disso. Moçambique possui 36 milhões de hectares para a produção agrícola. Dos 15 rios existentes na África Austral, nove desaguam no País, todavia não temos uma produção de relevo. Contentamo-nos em comercializar até o piripiri da África do Sul. Presidente, saiba que esses países que têm Moçambique como principal palco para comercializarem os seus produtos alimentares, não usaram medidas mágicas para induzirem a sua população a produzir. 
Foram políticas bem elaboradas que levaram a isso. E nós, volvidos quase cinquenta anos depois da independência, continuamos à deriva. E de nada servem lamentos, desculpas ou defesas retóricas dos sucessivos Governos da Frelimo. O importante é haver foco-coisa que me parece que falta a este Governo.

O Presidente é que segurou o leme deste País. Tem por obrigação não se servir a si, mas, primeiro, ao povo moçambicano em jeito de políticas bem desenhadas e estruturadas. Não me parece que seja necessário consultar o “Nhamussoro” para isto! 
O problema da Frelimo é que está para se servir. Ou seja, a vontade popular, em Moçambique, foi sequestrada para servir aos nefandos desígnios da súcia dos camaradas. Sai um Presidente e entra outro, mas nada muda. A táctica de se abastecerem é a mesma. É como dizia um conhecido meu: só muda o rosto do ladrão! 
E quando nos queixamos, activam-nos as falanges do ódio. Os esquadrões da morte. Dizem que pertencemos ao “lado de lá”, somos “reaccionários”. Entenda-se por “reaccionários” aqueles que não rezam segundo a cartilha consagrada dos camaradas. Cáspite!
DN – 15.06.2018

Comments

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Francisco Moises said in reply to Frank...
Caros Chiloane e Frank:
Antes de mais nada, felicito-vos pelas vossas maneiras de ver as coisas quanto a situaçao no Norte. Chiloane parece lamentar que os rebeldes estejam a concentrar as suas operaçoes no Litoral e provavelmente gostaria de os ver atacar um pouco por todas as partes, o que na verdade esta acontecendo com os rebeldes avançando e expandido as suas operaçoes e nos ultimos dias meteram Pemba, a capital da provincia de Cabo Delgado, em panico quando correu a informaçao de que os estavam prestes atacar a cidade.
A estratégia militar requere que nao se divida as forças em diversas frentes. Os rebeldes fazem exactamente aquilo que Napoleao, um dos maiores tacticos militares de sempre, aconselhou a fazer: concentrar operaçoes contra um objectivo primeiro e mover contra os outros. Um erro estratégico foi cometido por um General britanico que dividiu as suas forças para duas frentes contra os Zulus no sécuo 19 e os britanicos terminaram por enxugar umas das piores derrotas em Isindlwana no Natal.
Mas como diz Frank, estes novos "rebeldes nao sao analfabetos" como aqueles a quem se referiu como pais da democracia, referência a Renamo cujo malogrado chefe se auto-intitulara "pai da democracia moçambicana." Comprendo que Frank pense assim sobre a Renamo que teve a desgraça de ter sido dirigida por um homem que se fazia de alfa e omega de tudo na Renamo e que terminou entregando a sua vitoria a Frelimo numa bandeja de pau preto.
Mas o novo dirigente e os duros e falcoes em seu redor poderao nao fazer os erros que Dhlakama cometeu, se a Frelimo os provocar. Ai dela se o fizer!
Frank que foi militar com as forças armadas portuguesas tem razao sobre o primeiro objectivo dos rebeldes que é estrategicamente razoavel. Eles atacam aquilo que é a esperança e o suporte do regime e ja conseguiram uma vitoria estrondosa com Porugal, o Canada, o Reino Unido, e os Estados Unidos a ordenarem os seus cidadaos para se retirarem de Cabo Delgado. Como é que aqueles projectos dos hidrocarbonetos vao se realisar nesta situaçao?
Um artigo do Jornal Savana de Maputo que acabo de ler no blog diz que as tais Forças de Defesa e Segurança correm o perigo de perderem a situaçao na provincia de Cabo Delgado sob pressao da intensificaçao dos ataques rebeldes e diz mais que as tais forças do regime sao elas que andam a prender e matar muitas pessoas que capturam sob acusaçao de que sao aliadas as rebeldes.
E que mais: algures o artigo diz tambem que os revoltados nao tem um caracter religioso.
O regime da Frelimo se incendia num fogo que as suas acçoes ateam contra ela.

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Chuphai said...
Insulto aos Maniquesses em particular aos professores desta cidade que por falta de planificação da mesma administração 14 milhões de horas extras são devidos aos professores. Apareceu um mentiroso, que podemos chamar de director provincial da educação que na TV assim como noutros meios de comunicação mentiu que nenhum professor era devido dinheiro de horas extras na província de Manica. Não sei se este director dirige a província de Manica ou outra Manica no paraíso celestial…
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Frank said...
Porquê é que só atacam no litoral?
Porque é onde estão os maiores investimentos em capital estrangeiro que permitem a sobrevivência do regime colonial da Frelimo. Com o fim desta entrada de capital o Banco de Moçambique ficará sem moeda estrangeira para financiar o governo colonial.
Estes rebeldes não são analfabetos e distinguem-se dos outros que se auto-intitulam pais da democracia
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Esta e outras informaçoes fornecidas pela Frelimo so servem para dizer que existe algo que nao vai bem no Norte, e que pode-se mesmo dizer que existe uma guerra que o regime da Frelimo desaguenta controlar,e que esta perdendo desde o mês de Outubro de 2017, apesar de tantas mentiras e comunicados falsos que ele faz veicular atraves da imprensa em Maputo.
Desinformaçao e mentiras nao alterao em nada a situaçao. O regime da Frelimo esta a deriva e em perigo de falecer visto que ele nunca e jamais conseguira derrotar a rebeliao mesmo de catanas e paus com os seus combagentes gritando o nome de Allah, segundo o que ela diz ao mundo), nas florestas virgens de Cao Delgado.
E quem pode acreditar que estes homens sejam tao estupidos para assaltarem posiçoes da Frelimo munidas de armas modernas com catanas e protecçao de feitiçaria e matam dois soldados e ferem outros, e tudo isto com catanas?
Nao sera este conto uma fantasia?
O certo que se pode vislumbrar desses comunicados propagandisticos, mentirosos e liricos difundidos em Maputo, é que os rebeldes avançam com um certo apoio da populaçao e que estao se munindo com armas capturadas as forças da Frelimo e outros recursos no terreno. Eles nao podiam existir sem apoio dos populares.
O desanimo que a situaçao cria vai roendo a Frelimo que até entao nao sabe que sao os dirigentes que talvez nao querem se identificar porque sabem que no seu desespero a Frelimo querera um dialogo para aldraba-los como nunca se cansava em jogar, aldrabar, e depois matar as pessoas da Renamo quando esta estava sob a chefia do malogrado Afonso Dhlakama que talvez por estar doente ja nao consequia ver o mal que se fazia ao seu pessoal.
Agora ha uma incognita quanto a Renamo e é melhor mesmo que Felipe Nyusi tenha cautela.
Parece que os duros e falcoes estao agora em frente dos militares da Renamo cujo novo chefe esta la nas matas. Seria melhor a Frelimo nao continuar a fazer aquilo que fazia com a Renamo sob Dhlakama e nao pense mesmo em provocar a Renamo militarmente.
Se ela brincar, pode vir afundar-se sob pressoes militares da Renamo e do tal Al Shabab deixando a Renamo cara a cara com os rebeldes do Norte para se fazerem uma outra guerra.
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umBhalane said...
Bom...já ouvi de ler, ouvi de falar, que adentraram NAMPULA (província), já chegaram em NAMPULA (província).

Só ouvi de ler, e de falar.

Embora que a FONTE seja mais ou menos.
É mais melhor lhes esperar.
ESTAMOS ATENTOS
Wangani.

Na luta do povo ninguém cansa.

FUNGULANI MASSO
LEMBREM BEM
QUEM NÃO LUTA, PERDE SEMPRE

A LUTA É CONTÍNUA
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Chiloane said...
Porquê é que só atacam no litoral?
Para "limparem a zona" de forma a protegerem a entrada e saída de recursos, criando uma zona tampão, livre de obstáculos.
DA “BOA NOVA” AOS PARADOXOS DA PAZ NUM PAÍS ATÍPICO!...
23.Maio.2018
Hoje foi dia de mais uma “boa nova”. Revisão pontual da constituição aprovada na generalidade para acomodar os acordos entre a FRELIMO e a RENAMO (alguns dizem entre Nyusi e Dhlakama). O resto do corpo deste “diabo” será revelado nos debates da extraordinária aparentemente prevista para dentro de semanas, quando legislação atinente ainda vai ser considerada. O MDM, que pauta por não fazer política com armas de fogo (muito bem) e por não “marchar nas ruas com malta de gritarias” (mau!..), aderiu ao consenso (que opção?) e ficou-se pelas lamentações e esperanças de que no futuro uma revisão da constituição mais abrangente e com uma participação mais ampla da sociedade venha a ser realizada depois das eleições de 2019 (?!).
Mas no caminho da paz verdadeira os pés de todos ainda estão colados a um chão que também não se move. A Chefe da Bancada da Frelimo falou claramente das duas faces da “moeda de troca”: descentralização em troca de desmilitarização da RENAMO via desarmamento e reintegração das suas “forças residuais”. A mensagem (nem tão velada) é de que esta descentralização é a concessão que a FRELIMO faz à RENAMO para esta começar também a saborear um pouco de governação (uma espécie camuflada de partilha de poder entre os dois, ainda com a hegemonia da FRELIMO, claro!), mas que isso não é dado de borla: o preço é largar as armas.
Por sua vez a Chefe da Bancada do principal partido da oposição respondeu a mesma medida indicando claramente que o assunto é a integração dos comandos da RENAMO em todos os níveis da estrutura de comando das forças de defesa e segurança de Moçambique (e sabemos que nisto ela não fala dos cinzentinhos!). E quase disse: assim o tio queria, e assim estamos nós para continuar.
Claras diferenças.
E portanto os dados das próximas batalhas estão mais uma vez esclarecidos, mas isto somente para quem ainda não quis ver pois eles já são de há muito tempo. O Senhor Dhlakama em vida dizia enfaticamente que isto da colocação dos oficiais da RENAMO no comando partilhado das FDS de Mocambique é um assunto adiado na implementação dos Acordos de Roma de 1992. E nem se precisa de ter memoria de elefante!
E tudo isto certamente vem confirmar que o líder interino da RENAMO está de facto num colete-de-forças muito apertado. Para já, devemos sempre lembrar-nos que tecnicamente as duas forças (da RENAMO e do governo da Frelimo) ainda estão em confrontação militar. Não é por acaso que uma das dificuldades que existia para se atingir o lugar onde o Sr. Dhlakama acabou morrendo sem evacuação médica é porque qualquer objeto voador poderia ser abatido pelas forças militares do governo da Frelimo que até ao dia da sua more ainda cercavam o local. Isto apesar das “tréguas unilateralmente declaradas e indefinidas” e das “conversas telefónicas entre irmãos” (!).
E portanto, neste ambiente de tecnicamente ainda se estar em conflito armado, a questão que se coloca é se o líder interino da RENAMO tem mobilidade, comunicação suficientemente encriptada, autoridade e poder suficiente para chegar a acordo, planear e dirigir com os operativos da RENAMO no terreno o tal desarmamento e reintegração das “forças residuais” que o outro lado lhe está a exigir como moeda de troca contra a descentralização, e, já agora pela sua própria liberdade e vida. Pois lembremo-nos também que ele está a substituir um líder que estava sitiado e no comando de “forças residuais” e portanto ele próprio candidato a sê-lo! Vai ele seguir a mesma estratégia de força que o Presidente Dhlakama e portanto sujeitar-se a ser alvo das mesmas represálias, perseguições e eventualmente um cerco? Por exemplo, pode ele ir as bases de Gorongosa onde o Sr. Dhlakama se escondia para salvar a sua vida, e de lá concertar com os seus comandos e ainda descer de lá livremente para vir tomar o seu assento na Assembleia da República como o faz agora?
Não esperem de mim respostas as estas perguntas. Todas as conjeturas neste momento guardo-as comigo bem mesmo. Só estou a perguntar (e esperar não ser achado vivo ou morto na Circular de Maputo!...).
Finalmente (e para já) um grande suspiro para o chefe em périplo lá pelas terras de Sofala esta semana. Ele que em cada comício fazia questão de mandar recados megafónicos cá para baixo para que a Assembleia da República lhe apressasse a tramitação dos consensos. Nem era para menos. Se não tem o dossier da paz fechado dentro de meses não se sabe o que pode mais apresentar aos seus pares para legitimar as pretensões de candidatura ao segundo mandato como Presidente da República. Pois quem disse que isso já está no bolso? Até lá ainda haverá muitas noites de facas longas, e todo o cuidado ainda vai ser pouco, sobretudo essas coisas de dizer que há frango de 50MTs e que os outros fizeram mal por dar dinheiro por emprestado a um pobre que afinal não pode pagar. Ditos de tipo maquilhagem que cai e deixa ver as rugas. E que deixam os pares dele no partidão embaraçados ao mesmo tempo que aguçam os apetites dos que pensam que ainda têm possibilidades mesmo antes de se completar o dito “clico maconde” que más línguas dizem ter sido acordado em tempos imemoriais.
E assim vamos andando e vivendo no meio desses paradoxos (muito perigosos!) da paz num país atípico.
Chegados aqui, alguns vão dizer lá está mais uma vez esse pessimista. Tudo bem! Deixem me cá sozinho! Nem deviam visitar o meu mural e ler estas coisas. Porque eu por mais algum tempo vou continuar a ser aquele pinguim fora do padrão, por isso solitário, que anda lá em baixo, nas cavernas de gelo a observar e a contar o gotejar e medir as mudanças que observa milímetro a milímetro, mililitro a mililitro, e depois alerta (sob desdém, irritação e zombaria dos outros): the iceberg is melting!...
Bom sol aí em cima, é inverno!
____________________________________
Iceberg=bloco de gelo no meio do oceano. Os pinguins são aves palmípedes que tomam o iceberg como seu habitat, vivendo sobre ele, no meio de flocos de neve fofinha ao longo de todo o ano, e alimentando-se de fauna marinha muito nutritiva, vivendo uma vida pacífica sem muito esforço, tudo dádivas da natureza.
‘The iceberg is melting’ = o bloco de gelo no oceano está a derreter, expressão adaptada do best seller de John Kotter e Holger Rathgeber com o título ’ Our Iceberg is Melting – Changing and Succeeding Under any Conditions’, MacMillan, Oxford, 2006.
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15 comentários
Comentários
Gervasioa Absolone Chambo As balas sairam da colatra, as perguntas sairam para reflectirmos as alegrias dos representantes do povo. O que não sei é se são representantes do povo porquê correram em consensualidades sem, no mínimo, ouvirem como o povo tece os seus consensos. Enfim, são coisas da terra. Já está feito, porém não sei do que vale alegrar-se agora se os homens do falecido ainda tem os AKM´s carregados de pólvora e apontados para o futuro. Vamos resolvendo a nossa maneira. Qualquer incongruência neste breve comentário a 2 para as 24h, tem a liberdade de questioná-la.
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Kuyengany Produções Não sei se vale *Alegrar-se" Agora enquanto os Homens do Enginheiro do Planalto ainda têm aquela AKM na Nossa Bandeira Apontada para o Futuro.......
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Gervasioa Absolone Chambo Homens do tio gue. Não sei porquê não recuam já que há abraços ali na 24 de Julho...
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Sonia Mboa Mboa Kkkķkkkkk
Nao sei porque li
Agora so com pensamentos e vontade de escrever.

Mais como so quero passar pela circular indo a casa do meu Pai melhor è mesmo ficar por aqui
Kkkkkkk. Sono meu cade voce
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Óskar Ndzucula Depois desta a matadoura Circular não vai se mexer....kkk
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Passo Dias Calado Calado Ontem,na minha habitual viagem no chapa,ouvi um atrevido dizer que,em Moçambique so havera paz,quando tirarem a arma que estah na Bandeira Nacional.E nao serah que se calhar tem muita razao o homem!?
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Lucas Arnaldo Mazive Ate certo ponto tem razao
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Maylene Paulo Iceberg mesmo🚿
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Momade Braimo Na verdade isto ainda continua uma incerteza. Daí que exige nos muita atenção.
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Humberto Adriano Martins Manhica Em algumas circunstâncias é necessário se calar, isto é, engolir alguns *sapos* como fazia o chissano na altura da sua governação em outras é melhor falar aquilo que está entalado como fazia o Guebuza.
A sabedoria para o presidente NYUSI resolver esse impasse pode ser o silêncio ou a palavra. A consciência é o filtro e a alma quem decide.
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Lino Marques Santos Mano Tibana.....nao eh pessismo isso. Eh puro realismo dum Cidadao Atento. Que o Glaciar nao te tire essas Reflexoes ponderadas a Pilatos.
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Nelito Da Mara BT 👏👏👏👏👏👏👏👏👏 ótima reflexão .
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Adelino Branquinho Na verdade, perguntar nunca ofendeu... Não percebo, como há gente que se ofende, com perguntas pertinentes; por exemplo, perguntar ao chefe, ao director, ao ministro mesmo ao presidente de uma república, ou de algum concelho de administração; se o que ele diz e promete, é verdadeiro ou falso. Vejo neste post, perguntas pertinentes, que merecem respostas reflectidas e coerentes. Adorei ler.
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Carlos E. Nazareth Ribeiro Dr. Roberto Julio Tibana, pode ficar aí no gelo dos pinguins, mas NÃO FICA sòzinho: há milhares de compatriotas que o acompanham e também observam o gotejar desta nossa política de bairro...
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3 sem
Antonio Gundana Jr. A reflexão levanta muitos pontos merecedores de atenção. Penso que o facto de se dizer nos "bastidores abertos do quotidiano" que o diálogo (que não sei se existiu) é entre Nyusi e Dhlakama ou Renamo e Frelimo tem a ver com a forma como o processo foi conduzido. Na sua declaração de imprensa em Fevereiro, o PR anunciou que conduziu o dialogo envolvendo todas forças políticas e organizações cívicas, mas em conversas telefônicas não sei se isso foi efetivo. Além disso, a forma como se pronunciam os representantes parlamentares, mostra que o ajuste constitucional alberga os interesses das duas forças políticas envolvidas. Não sei como vai ser no futuro caso haja divergências de novo!
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Roberto Julio Tibana Até porque o Nyusi se contradiz! Nessa declaração dele de Fevereiro 2018 que muito bem e oportunamente nos recordas caro Antonio Gundana Jr., ele diz sim que conduziu o diálogo fazendo consultas com a sociedade civil, o que causou muito espanto e eu e outros até perguntamos qual foi essa sociedade civil e quando e como ele a consultou. Mas perante estas perguntas ele até hoje se manteve em silêncio. Só que como a dita "sociedade civil" está bem infiltrada de muitos "paus mandados" do regime e outros lambe-botas que aspiram as migalhas do palácio imperial até é possível que ele tenha consultado com esses. E não nos admiremos quando um dia vierem a ser conhecidos, embora agora ele prefira protegê-los para que continuem a prestar o serviço que prestam ao regime as escondidas no nosso seio. Só que já nos telejornais de ontem ele aparece a dizer que há pessoas que só falam para atrapalhar porque "quere aparecer ... sem saberem o que se está a falar..." entre e ele e as lideranças da Renamo. É ainda disse com toda a veemência que ele já combinou com essas lideranças dá Renamo que eles vão falar entre eles e só comunicar ao povo quando tiverem chegado a alguma conclusão. Então onde está o Nyuzi de Fevereiro de 2015 e Fevereiro de 2018, o Nyuzi inclusivista e dialogante com todas as forças da sociedade? Ele aparece nos comícios a mandar recados para todos nós como se estivesse a tratar de assuntos da casa dele com que direito? Porquê que nós outros quando opinionamos sombre coisas que nos afetam temos que ser sistematicamente ridicularizados por um indivíduo que nem sequer sabemos se tem uma inteligência acima da média dos moçambicanos da idade e educação equiparada a dele e nem sequer ainda nos deu provas suficientes de capacidade elementar de liderança para cegamente hipotecarmos as nossas vidas e dos nossos filhos e netos nele? Com que direito? Só porque tem armas? Que nos matem a todos mas este país é NOSSO e ele é somente um servidor públiclo ELEITO e mal por causa destes comportamentos antidemocráticos da Frelimo e da Renamo que muitas que fazem com que eles todos juntos não consigam levar as urnas de voto sequer 50% de pessoas resenceadas. Onde está a legitimidade deles para nos excluirem de todo o processo e ainda passar o tempo a ridicularizar-nos desta maneira? Só força das armas! Cultura de violência contra os não armados. Não são democratas nenhus, nem a Frelimo nem a Renamo!
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Antonio Gundana Jr. Entristece esta postura. Ainda me recordo dos dizeres "no meu coração cabem todos moçambicanos" e "estamos a lutar pela Democracia". Em parte, ignorância foi nossa em confiar e continuarmos passivamente ignorantes até agora. 

Prestação de contas pacificamente já!
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Carlos E. Nazareth Ribeiro Roberto Julio Tibana EISH! EISH! O Dr. Roberto Julio Tibana, despiu o casaco e colocou as luvas!! Tem mais luvas? A gente também quer!!!
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Carlos E. Nazareth Ribeiro Claro que todos sabemos que não são democratas, nem um nem outro. Fica o MDM, que já nos desiludiu com a forma atrapalhada e confusa que usou para o caso do Município de Nampula. Portanto, não temos qualquer grupo em que votar. Que fazer?
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Roberto Julio Tibana Carlos E. Nazareth Ribeiro, meu caro, não há muito que fazer porque nós não temos armas de fogo nem acreditamos nessa cultura mas estamos a lidar com gente que confia em armas de fogo e têm-nas muitas! Só podemos continuar a consciencializar o cidadão e aguardar que de desilusão em desilusão acabe aprendendo a saber usar a sua cidadania para atacar o status quo. Nem sei se vamos ver o resultado dada as nossas idades e o facto de aexistirem os tribunais da Circular de Maputo e as florestas da Moamba!..
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Carlos E. Nazareth Ribeiro Roberto Julio Tibana Esse é o papel da Sociedade Civil, integrada por pessoas como o Dr. Tibana e outros a que já me referi! Mas, na verdade, não espero ver concretizados os sonhos comuns tão cedo. Talvez os meus netos...
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Ascensao Chauchane Bia abordagem ilustre Roberto Julio TibanaTibana. Espero que antes dia debates façam consultas públicas.
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Elcidio Fernando Grandes questões para reflexão, a vermos vamos nós a maioria sempre assistindo e não agindo para a viragem da página que beneficiará a maioria
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Carlos E. Nazareth Ribeiro Em quase todos os países em que exista uma classe média numerosa, mais ou menos ligada ao Poder, e em que as classes desfavorecidas que incluem dezenas de milhões de pessoas iletradas e sem acesso à Informação, dizia eu que essa classe média "fica assistindo e não agindo" (como muito bem diz o Elcídio Fernando) e os desfavorecidos são facilmente enganados para que o seu sentido de voto seja o do Poder. Daí eu dizer que estou com o Dr. Roberto Julio Tibana, com o CIP, com o IESE, com o ORAM, com o Parlamento Juvenil e com todas as organizações que que possam enquadrar a tal "maioria silenciosa e cúmplice"...
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Roberto Julio Tibana Carlos E. Nazareth Ribeiro um dia essa "classe média" via acordar no fundo do mar! The iceberg is melting!
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Carlos E. Nazareth Ribeiro Roberto Julio Tibana EISH! Isso eu não quero, porque acho que faço parte dessa classe média, pelo menos da classe consciente. Lutemos, lutemos, desde que não nos tratem como o fizeram ao José Jaime Macuane e ao Ericínio de Salema...
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