terça-feira, 15 de maio de 2018

QUEM PÁRA OS DESMANDOS QUE CLARAMENTE SUGEREM FRAUDE EM PREPARAÇÃO EM NAMPULA?



Sobre o que se passa com o recenseamento eleitoral em Nampula, o silêncio das autoridades a todos os níveis e esferas é evidência de que se trata de algo que está a ser deliberadamente orquestrado com o fim de frustrar a participação dos nampulenses nas próximas eleições e disso tirar vantagem. As pessoas vão múltiplas vezes e de cada vez ficam horas nas bichas e não são atendidas. As pessoas são cobradas dinheiro à porta dos centros para serem atendidas. Pessoas há que chegam e são imediatamente atendidas sem razão evidente ou plausível, quando outras ficam horas nas bichas sem atendimento. Agentes das brigadas de recenseamento e polícias protagonizam estes desmandos.Tudo isto conforme já foi denunciado pelas vítimas, com rostos e vozes na televisão (para não mencionar inúmeras denúncias nas redes sociais). Eu vi tudo estando aquí em Maputo, já vai mais de uma semana e a situação continua. As pessoas não estavam a murmurar nas suas casas, estavam a falar nos recintos dos centros de registo, prova de que estavam a denunciar factos reais e sem receio. Mas não estão a ser assistidas.
Aonde está o Estado de direito?
Não se justifica que atos que configuram crimes sejam reportados na rádio e na televisão (para além desta e outras plataformas socials) e nem sequer a Procuradoria Geral da Republica, nem a Policia da Republica de Mocambique ponham cobro a situação. No mínimo já devia haver detidos e processos remetidos a tribunal e até julgados sumariamente. As vítimas e testemunhas dos desmandos denunciaram com vozes e rostos gravados. O que fazem as autoridades (provinciais e do Governo Central) não agirem?
ENGANAM-SE OS QUE PENSAM QUE COM FRAUDES PODEM INDEFINIDAMENTE ACORRENTAR TODO UM POVO!
Um Recenseamento que testa e atesta a nossa resiliência como cidadãos
Eu não preciso de ninguém para lhe amarrar com arame e bater. Nem precisa a Beatriz se demitir porque não faz nada com aqueles smooth criminals das dívidas, e que nada faz com os combatentes pela democracia... e da amnistia.
Preciso sim do director geral do STAE, Dr Felisberto Naife e seu comparsa da CNE, Sheik Abdul Carimo. O que esses dois estão a fazer com o recenseamento eleitoral merece sim arame e chamboco, e se seguido de estágio em Mangunde a guarnecer a campa do herói por uns dias, akuna matata.
Então, eu ja consegui recensear, só hoje, mas definitivamente este processo não esta católico nem maziónico. Politiquices à parte, mas boa parte do que se diz sobre este recenseamento sao verdadeiras, e alguém devia toma-las sérias, se de facto aquele lema "vai recensear, pois, o teu voto conta" for sério.
É que não se justifica que duas instituições que se querem sérias, e que querem que este processo seja também sério, o mesmo seja caracterizado por coisas e relatos não sérios. Ora, eu devia estar feliz, mas vejamos: só consegui recensear na minha quarta ida ao Posto de Recenseamento (a penúltima das quais foi ontem, que tive de requisitar almoço lá mesmo, pois havia decidido a não sair sem cartão, mas foi debalde).
Como instituições que decretam que o processo a partir de dado momento iria se prolongar até 18h, porem, em alguns Postos os recenseadores fecham as 16h, alegando que "não ha iluminação", ou que "não vimos essa notícia de que agora vamos até 18h"? Sério que o STAE e CNE se comunicam com seu pessoal de campo via Tv, Rádio, Whatsapp? Não ouvi dizer, vivi isso ontem. 
Como instituições que se querem sérias, podem alocar uma máquina para um Posto que se prevê recensear milhares de potenciais eleitores? Veja-se que das três vezes anteriores que lá fui, marquei bicha de pedras, ainda dava tempo de ir trabalhar, ir dormir ou ir fazer coisas de Adão e Eva até stock da Jeito bazar, e mesmo assim voltar encontrar a bicha como se estivesse a começar. E essa estória de recensear agora e ir dar uma volta ou ir para casa para voltar no fim do dia ou dia seguinte para levar o cartão? Porque não se pode imprimir logo logo? Do tempo que la estove, deu para perceber que essa coisa de "volta levar o cartão depois" vai arranjar outra guerra, pois, num país cheio de malandros, quando o recenseador faz chamada de cartões, e qualquer um responde "é minha esposa, recenseou de manhã" e basta, lhe dão o cartão, o que se espera? E se por ventura um outro dono voltar, o que farão? Emitir outro cartão? E esses que saiem com dois cartões impressos, e o recenseador diz "haammm, é tua sorte, vai la", é serio isso? E no dia de votação, como será?
Não, não estamos a ajudar as pessoas que decidiram responder aos apelos para se recensearem. Não estamos a calcular o dinheiro e tempo gastos pelas pessoas que deixam seus afazeres para irem ao Posto, para nada. As pessoas estão a madrugar, estão a correr risco de assaltos, as pessoas estão a gastar dinheiro com chapa, estão a deixar de trabalhar, as pessoas estão a mudar de rotina só e só para se recensearem.
So de exemplo, ha alguns dias, tive papo com meu empregado, se ele ja havia conseguido recensear, dado que ultimamente só chegava ao job cerca de 9h. Respondeu que não, embora, segundo ele, ja tenha acordado por duas vezes cerca de 3h de madrugada para com seus amigos irem ao Posto de Recenseamento... para nada. Ontem, quando as pessoas estavam a reclamar que chegaram 12h mas nada, um dos recenseadores disse "senhor, as pessoas que vieram as 5h ja recensearam". Sério, tenho de madrugar para ir recensear? 
Assim, é para fazer como? Eu ja pensei em ir recensear noutro bairro, sob risco de ser confundido com esses que dizem que viajam de Maningue Nice de uma zona para outra menos densa, e correr risco de apanhar arame por ser "infiltrado". Outra coisa que pensei nela foi sair de casa com escova, lençol, marmita e toalha e ir acampar no posto de recenseamento até dia seguinte.
Era muita coisa na logística, que me recordei que numa das três vezes, cimo moçambicano "kankala buruto" (voces sampecianos podem escrever bem isso), um jovem "empreendedor" se ofereceu para servir como minha "pedra viva na bicha", e que bastava eu dar uma voltinha e retornaria encontrar a pedra bem a frente... a troco de um "agradecimento" na moeda dalgumas moedas. Eu naquela minha confusão, disse-lhe que sou de Inhambane, e lá a gente se pudesse contar até as gotas de água que gasta para o banho, contava na boa, pelo que eu não ia pagar pela desorganização de alguém que deve organizar. Mas a dado momento percebi que essa bolada tinha razão de ser: Somos um país desorganizado, um pais de gente desorganizada, um país que bola tudo, ate bicha de recenseamento.

Bom, antes de eu ir ao Posto hoje, pedi a um amigo se tinha maneira de conseguir número de Muchanga, para lhe pedir endereço de la onde tem comprado arame, porque se nao conseguisse recensear hoje, ou o Naife ou Carimo vinham me recensear pessoalmente (assim como o fazem com Nyusi e seus comparsas, que lhes procuram mesmo que estejam numa WC qualquer), ou era arame com eles.
Somos um povo muito mas muito resiliente, mas quando se usa até a última instancia possível da resiliência, se abre espaço para ebulição da desesperança, e viramos um povo sem esperança.

***Assim que escrevo, como aqui na cidade onde estou não ha energia hoje, o pequeno gerador que alimenta as maquinas acabou gasosa. Parou. Também se foi a esperança de ter o tal cartão hoje, que fica para amanha, pois a impressora não tem como funcionar sem energia. Umas senhora saiu com um galão vazio de agua, diz-se que vai para as bombas. Sério? Certo é que vou ter meu cartão de eleitor no quinto dia de minha ida ao Posto!
________
Ja que não posso ser tão mauzinho, devo agradecer aquela agente da polícia que com seu sorriso (ai ai ai ai) me recebeu e perguntou "porque não vieste de manha?", e antes que eu respondesse se estava com saudades minhas, tratou de me direccionar para dar dentro e recensear, afinal, eu tinha direitos históricos de ocupação (mas ela ontem também bebeu minha água de almoço, haaaaa, uma mão lava a outra).

***EDITADO: Quando ja estava a ir embora, ouvi assobios e gritos; estavam a me chamar, pois, um dos recenseadores chamou dizendo aquele de apelido dele.onde esta, cartão dele está ja aqui. Voltei, e levei, e vi que estava mal imprenso, estando cortadas as primeiras letras do lado esquerdo. Me dirigi ao recenseador, e ele respondeu "deixa, nao é nada". Olhei para as caras dos que estavam sentindo inveja de mim, que nao se importavam de ter um cartão sem foto (assim como a mamã Mutoropa) e tive de me encolher, bazei, e o quinto dia sera mesmo de NOS VEMOS EM OUTUBRO!
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6 comentários
Comentários
Elias Matsinhe Hawena. 
Resiliência ao mais alto nível.
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Guedes Caetano Kkk...deixa estar...kkk
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Cristina Lorenso Certo bem falado
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Maria Feliciana Velemo Dambo Triste perceber que muitas manas não vão conseguir ter tempo para gerir os "vai vem" com xidjumbas de tarefas que tem de acautelar que são todas feitas. Essa desorganização bem que parece muito bem organizada. Muito triste.
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Ser - Huo Ja, isso de "vai vem" é o que estou a pensar? 😜👊🏃
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Maria Feliciana Velemo Dambo "Ama uwe unanivetissa" é ir e voltar e ir de novo para depois dizerem para voltar outra hora. Ahhh se você teu "vai vem" chegou no nível 4, até as manas chegarem nesse nível já muitas coisas desandaram, malta coisas de negócio, limpeza, cozinha, machamba, ah...
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Ser - Huo "Ama uwe unanivetissa" . Hahahahhhhhhh
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Chande Paulo E olha que essa situacao varia de regiao/local para local. Por mim aqui em Montepuez, sinto ate falta de potenciais eleitores, ja que atingi a meta
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Jose Henrique Lopes A " Tocha " para iluminar os trilhos de Libertação do Homem está acesa em Moçambique ( Nampula ). . . Marcha irreversível. . . à Paz e Bem!
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Edwin Hounnou Eu não tenho dúvidas de que o STAE está a preparar uma megafraude eleitoral que, claramente, convém ao partido no poder, por isso, o silêncio das autoridades gkvernamentais.
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Afifa Taquidir Concordo. Tenho posto nesta plataforma e já fui a estruturas da minha zona de residência uma questão que ninguém responde. Vivo na zona da mozal e quando ha recrnceamento nos nos recenceamos mas no dia do acto eleitoral para as autárquicas não há mesas de voto. Nos pertencemos a autarquia de boane. E só se vira até Belo Horizonte, daí em diante até a n4 tanto do lado da matola Rio como do lado da fabrica da mozal não se vota. No último acto eleitoral boane teve mais votos que inscritos. Porque temos que nos recensear para as autárquicas de não iremos votar?
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Agostinho Nhampossa Na minha cidade num dos postos de recenseamento, uma senhora afirmou categoricamente em frente do Governador que estavam sendo cobrados dinheiro para poderem recensear, na hora o Governador pediu a senhora para apontar o individuo que cobra o dinheiro ou alguém que tenha pago dinheiro, feliz/infelizmente não conseguiu apontar alguém nem saiu alguém a afirmar ter pago alguma coisa. Por isso às vezes nos basear em ditos populares ou senso comum para afirmar assuntos sensiveis como estes podem não ajudar a nossa jovem Democracia que precisa de cada um de nós para sua solidificação. É verdade um pouco por todo o país o processo é lento, precisamos de questionar o que está errado, fraco dominio da tecnologia por parte dos usuários? O que se pode fazer para reverter a situaçao? estes são os questionamentoa que um cidadao de bom senso devce fazer, não lançarmos culpas sem provas a quem quer que seja.
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1 dia(s)Editado
Roberto Julio Tibana Agostinho Nhampossa sendo um cidadão de bom senso por que razão está aquí a contar uma história que quer que nós acreditemos sem dar factos concretos? Eu falei de Nampula e o senhor fala de uma cidade que somente identifica de "minha cidade". Qual foi essa cidade e qual a dificuldade que tem em identificá-lá com nome? E QUEM foi o governor que protagonizou tal incidente, não têm nome? Eu teria algumas perguntas a fazer-lhe! E Aonde está registado o incidente de que fala? Eu falei de coisas que têm estado a ser testemunhadas por todo o país porque foram registadas e divulgadas em Televisão com caras e vozes das pessoas queixosas. Quem das autoridades competentes foi investigar para se fôr o caso desmentir aquelas pessoas? Pois que em si, se fôr verdade que aquelas pessoas estão a mentir como o senhor Nhampossa sugere, essa investigação ao desmascará-las estaria a prestar um serviço útil à nação e aí seriam essas pessoas a serem levadas a justiça por denegrirem o governo nas suas atividades? Porquê que o governo se sente confortável em ser denegrido num processo tão importante como este? Não será isso um ato de sua conivência com a sabotagem do processo se o próprio governo deixa propalar em televisão acusações que desmobilizam outros potenciais eleitores de participar no processo de recenseamento? Essa sua insinuação de que as pessoas que denunciam esses atos e apelam a justiça são insensatas pode lhe caber muito bem a si próprio meu Caro Sr. Agostinho Nhampossa! Por isso não confuda o meu dedinho com alguma aprovação do seu comentário. Só foi para dizer que tomei nota!
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1 dia(s)Editado
Agostinho Nhampossa Primeiro afirmar que o que estou falando aconteceu no Posto de Recenseamento de Sanjala, cidade de Lichinga, onde o Sr. Arlindo Gonsalo Chilundo é Governador. A informaçao veiculou nos orgão de comunicação, quanto a minha cumplicidade na sabotagem do processo, felizmente ja tens pistas para accionar os mecanismos legais para responsabilizar os infractores. Eu não estou preocupado, porque os cidadão atentos já conhecem a agenda que estão a cumprir, força.
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Roberto Julio Tibana Agostinho Nhampossa, Dois pontos: Primeiro, nao/nao falei falei de nemhuma cumplicidade sua! Segundo: O Governador Chilundo devia saber que existem protocolos proprios para investigar denuncias, em que um cidadao deve ter todas as garantoas de que nao sofrera represalias e dara todos os detalhes em seguranca. Essa tecnicas de interrogar pessoas em publico podem ser intimidatorias para certas pessoas. De qualquer modo, depois dessa convrsa o que aconteceu? O referido cidadao foi provado ter caluniado os agenrtes do governo envolvidos? E se foi provado o que lhe aconteceu? Pois que caluniar agentes do governo para desacreditar este deve ser tambem crime! O Governador Chuilundo deixou isso ficar assim?
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Carlos Edvandro Assis Agostinho Nhampossa Porque toda esta lentidao em Nampula num municipio com pouca gente, relativamente a cidade de Maputo onde as coisas correm tao bem e sem muitos sobresaltos? Municipalmente Maputo eh mais habitada que Nampula. As pessoas vao aos postos em conta gotas e sem abalo de qualquer especie como o que esta a acontecer em Nampula.
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22 hEditado
Charles Brown "agenda que estão a cumprir "! Qual? A sociedade civil já não pode fazer crítica do que está correr mal, porque será vista como estando a cumprir uma "AGENDA"? Que agenda? Acorde caro Agostinho Nhampossa, Moçambique de hoje não é o mesmo de ontem, cada momento tem seus desafios e o nível de alfabetização cresce em cada momento . Ninguém cumpre agenda de ninguém.
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12 hEditado
Dany Mandlaze Não mais vão nos acorrentar esses senhores, o povo fará da justiça no seu devido momento ninguém mais vai nos parar desta vez o povo chegará na terra prometida mesmo sem o nosso Moisés.
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Aziza Throne O STAE por si não é culpado. Quem dirige e comanda o STAE?
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Roberto Julio Tibana Ponto bem colocado Aziza Throne. Foi uma falha estratégica colossal a RENAMO não ter nem aceite a participação de outros atores no diálogo com o governo da FRELIMO, e nem ter tido a clarividência de colocar o ponto da lei eleitoral e da reforma do STAE na agenda, mesmo quando insistentemente lhes chamamos a atenção dos perigos disso. É estranho que o sistema eleitoral (Lei e Organizações - STAE e CNE) não tenham sido considerados prioridade pela RENAMO, quando no fundo são a mãe de todos os problemas que levam a conflitos pós- eleitorais! De qualquer modo isto não justifica que as autoridades competentes não actuem agora para pôr fim aos desmandos descarados e de natureza criminal que claramente denunciam uma fraude eleitoral. Esse é outro crime que está a ser cometido pelos que têm a obrigação de agir agora para parar com essas irregularidades e punir os seus atores. Mas a arrogância deste governo é monumental! E assim estamos mais uma vez a caminhar a passos largos no caminho de mais uma tragédia!
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1 dia(s)Editado
Aziza Throne A relação de desconfiança não é só entre a Frelimo e a Renamo e no meio de desconfiança cometem-se erros colossais. A desconfiança regista-se entre os vários intervenientes/partes da vida política em Moçambique. Até nós, os simples cidadãos desconfiamos da troca de batinas, turbantes e balalaicas por entre partidos e tendiencias. Não sabemos se vao ou nao vender a alma como aconteceu com um cotado jornalista da Sociedade civil que tanto barafustava nos jornais e TVs que quando chegou a hora do vamos ver na CNE optou por validar resultados mesmo sem tre visto um edital. Lembra-se prezado Tibana. Ou de outros que preferem o feudo familiar por aí ... Uma coisa é certa!!! De entre todos as partes temos o Aldrabão mor que se julga no direito de organizar, ditar, supervisar e mandar ganhar eleicoes. É o que se vê. Eu por mim incinerava a máquina toda e solicitava a ONU para corrigir a batota que ajudou a implementar.
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20 h

Roberto Julio Tibana Nem mais Aziza Throne! Totalmente de acordo em tudo isso! E se não me lembro?! Os fatos da última, as batinas, os turbantes e as balalaicas que passaram por alí e outros lugares críticos no processo eleitoral, e o que fizeram e fazem! Oh!... A facilidade com que se vendem causas neste pais é extraordinária! E ainda vamos assistir mais. Olhe, e já agora, minha cara, eu até desconfio da minha própria sombra, nem sei se é minha, e de mim próprio nem falo, não sei se sou eu! Puxa! Ali passaram Professores Doutores, Padres, Reverendos, Jornalistas da “sociedade civil”… e todos eles foram premiados pelos seus bons feitos ao regime, menos ao povo Moçambicano. O regime é muito, muito afinado nessas coisas de cooptar e comprar almas! Não se pode estar dos dois lados ao mesmo tempo. Nisso a Frelimo não brinca com serviço. Há sacrifícios que o sistema impõe aos que se querem manter verticais e íntegros. Esses senhores apertam-te o cerco e o pescoço bem mesmo e se não tens fibra moral ou se já tens pré-disposição dás-lhes tudo o que querem. E os dois casos podem ter-se passado. Falta de fibra moral que leva ao fraquejo, pré-disposição, ou a combinação das duas coisas. E assim se vão vendendo as causas. Assistimos a isso todos os dias. E sabemos quão longa e espalhada essa mão está mesmo numa boa parte da dita “sociedade civil”. E ainda não falamos dos carrascos que vão lá como agentes assumidos do sistema com a missão incumbida. 
E claro, por isso a máquina está toda podre. E o mal começou exatamente quando a comunidade internacional permitiu aquela batota toda que aconteceu nas primeiras rondas de eleições multipartidárias. E os atores pensaram que tinham carta-branca. 

Mas agora somos nós os moçambicanos que precisamos de tomar a decisão de mudar as coisas. Mesmo as Nações Unidas de que falas, minha irmã, não virão em nosso auxílio nisto. Infelizmente uma boa parte da comunidade internacional também não vê Moçambique como um país com viabilidade para os seus interesses sem a Frelimo no poder. Fala a experiência. Podem dizer tudo, mas quando chega a hora da verdade vão dizer que não podem fazer nada, vão alegar regras diplomáticas, vão alegar não interferência, etc. etc. Verdade ou não, isso tudo vai facilitar as coisas a Frelimo, o animal que conhecem, com quem conviveram durante mais de 40 anos, cujos vícios já conhecem e sabem como alimentar. O resto é grande risco para eles. Vão dar migalhas a "sociedade civil", uma boa parte da qual só vai "fazer de conta" para “humanizar” e colar verniz por cima de tudo o que passamos, mas nunca vão dar o apoio necessário aqueles atores sociais e políticos que podem mesmo fazer uma diferença radical para mudar o status quo. Nunca! Fala a experiência e o conhecimento pessoal. Feliz ou infelizmente nesta luta teremos que contar connosco próprios somente. Esses outros virão quando tivermos feito o “trabalho sujo” para continuar a fazer os seus negócios. Precisaremos deles sim nessa altura, pois o país vai precisar de cooperar com o mundo exterior nos negocios e ainda de muita assistência internacional em outras areas, mas contar com eles agora para assistir na verdadeira mudança que é necessária em Moçambique, esqueça! Podemos tentar, mas eu já sei que isso terá que ser trabalho sujo dos moçambicanos. Teremos que avaliar cuidadosamente o possivel e o impossivel, ir empurrando a linha de fronteira e ajudando irmaos que nao entenderam o jogo ainda. Sera longo, penoso, e se calhar alguns de nos nem sequer vao ver o fim!

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16 hEditado
Jorge Ferreira Roberto Julio Tibana Quanto maior a repressao , mais violenta a queda...nunca ouviu dizer ?
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17 h

Joao Moreno Se fosse só nampula. Já ouvimos de casos na Zambézia e Gaza Inhambane. Um pouco por todo país. Este recenseamento eleitoral deve ser anulado custe o que custar. Isto é uma megafraude. Erros intencionais 
As bancadas da oposição tem direito a reunião de emergência ou não? Quero manifestar meu repúdio por esta tatica . Liga dos direitos humanos onde andas. Alice mabote está fora. Quem está aí. Procuradora geral da República. Grito de socorr . Momade Assife Abdul Satar veja esta situação. Porque és uma força viva da contestação da justiça. Socorro. Injustiça atroz.
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Issufo Issufo Também tenho notado vários zum zuns sobre o assunto. Parece me que estão a reunir ingredientes de modo deliberado e sem qualquer pudor, para outra fraude eleitoral.
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Matavel Mario Jose Matavel Eu desta vez concordo com o sr e fiquei aterraçado de ódio e horror pelos males denunciados e a inercia de quem ja devia ter agido por força da lei.
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Izidro Ractone Ate onde sei, ao nivel de cada Provincia, está destacado um/a Procurador/a para dar seguimento aos casos de denuncias e actos que comfiguram ilicitos eleitorais. 

Para o caso de NPL sei que a Procuradora Telma Macaringue é a destacada. Alias, esteve em peso no acompanhamento das recentes intercalares.

É caso para informarmo-nos se na verdade nada foi feito. Na verdade, as denuncias graves a luz do sol pelas vitimas exige uma resposta publica na mesma proporção, para evitar especulações...

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Roberto Julio Tibana Ponto bem colocado Izidro Ractone! Até o Presidente da República se não anda distraído e quer cumprir com as suas funções deveria já ter dado ordens (e repito ORDENS!) à Procuradora Geral da República para intervir na investigação imediata daqueles crimes de violação da lei eleitoral. Pela competência definida na Alínea h do Artigo 159 da Constituição da República de Moçambique ele nomeia, exonera e demite o Procurador Geral da República, e pelo Nr.2 do Artigo 238 da mesma CRM “O procurador Geral da República responde perante o Chefe do Estado”; não há separação de poderes nenhuma! Quando o Tocova andou a fazer falcatruas com a lei eles nem precisaram de enviar uma equipa central. Deram instruções a Procuradoria Geral da República ao nível provincial para agir. Porque razão deixam violações grosseiras da lei eleitoral ocorrerem durante semanas a fio num processo tao limitado no tempo como este?
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Roberto Julio Tibana O cidadão “sensato” Agostinho Nhampossa diz que estamos a nos “basear em ditos populares ou senso comum para afirmar assuntos sensíveis” No caso específico de Nampula de que falo no meu post esses “dittos populares” são coisas que foram registadas e divulgadas em Televisão com caras e vozes das pessoas queixosas. Quem das autoridades competentes foi investigar para se fôr o caso desmentir aquelas pessoas? Pois que em si, se fôr verdade que aquelas pessoas estão a mentir como o senhor Agostinho Nhampossa sugere, essa investigação ao desmascará-las estaria a prestar um serviço útil à nação e aí seriam essas pessoas a serem levadas a justiça por denegrirem o governo nas suas atividades? Porquê que o governo se sente confortável em ser denegrido num processo tão importante como este? Não seria isso um ato de sua conivência com a sabotagem do processo se o próprio governo deixa propalar em televisão acusações que desmobilizam outros potenciais eleitores de participar no processo de recenseamento? Pois que se não estiverem envolvidos e não forem coniventes, devem já mandar uma equipa do governo central investigar o que se passa e parar com aqueles desmandos. Até o Presidente da República se não anda distraído e quer cumprir com as suas funções deveria já ter dado ordens (e repito ORDENS!) à Procuradora Geral da República para intervir na investigação imediata daqueles crimes de violação da lei eleitoral. Pela competência definida na Alínea h do Artigo 159 da Constituição da República de Moçambique ele nomeia, exonera e demite o Procurador Geral da República, e pelo Nr.2 do Artigo 238 da mesma CRM “O procurador Geral da República responde perante o Chefe do Estado”; não há separação de poderes nenhuma! Quando o Tocova andou a fazer falcatruas com a lei eles nem precisaram de enviar uma equipa central. Deram instruções para a Procuradoria Geral da República ao nível provincial para agir. Porque razão deixam violações grosseiras da lei eleitoral ocorrerem durante semanas a fio num processo tao limitado no tempo como este?
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23 hEditado
Celestino Cebu Bom dia Ilustre , tenho acompanhado atentamente os seus post, estas de Parabens, so queria te sugerir nao perder muito tempo em responder alguns comentarios, outros tem objectivos Politicos, neste caso concreto, este cidado nao sabe o papel da procuradoria..,,(para Procuradoria nao deve existir objectos dubios, antes de provalo)..Parabens pela visao das coisas.
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23 h
Carlos Edvandro Assis O cidadao Agostinho deve ter uma fobia por noticias ou se no minimo assiste a noticias, ele so deve arregalar os olhos a televisao e nao percebe nada que passa pelas telas.
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23 hEditado
Jorge Ferreira Esse Nhampossa , nem sabe o que significa "dito popular"...
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21 h
Vanny Nhampoca O problema de alguns compatriotas é de estar com a mente já formatada visto k não conseguem fazer análises imparcias sem desaguar na política.
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19 h
Kuyengany Produções Abaixo à Frelimo
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22 h

Macuacua Massiquele Roberto O que me preocupa chara é a eventualidade de recenseamentos redundantes das pessoas, sobretudo as que não trazem documentos mais completos em teros de identificação...
É aqui que se nota a grande fragilidade do sistema de registro notariado e as instiuicoes de identificação Civil...
Espero que este recenseamento traga algum aprendizado em.relação ao controle de domicílios dos eleitores...
Há bairros que já ultrapassaram as metas de recenseamento dos eleitores do seu ciclo eleitoral...
As grandes enchentes é o nomadismo do renceseamento dos elitores, alegadamente que nos postos das áreas residenciais a que pertencem há muita morosidade...
Temos que chegar ao nivel de perfeição em que se passa a votar com o Bi ou Nuite...
Mas para isso é necessário criar um.sistema de registro online centralizado, em.que todos os dados de identificação estejam centralizados num único ficheiro do sistema, de tal forma que o.programa rejeite duplicacoes de registro...
Enquanto isso não acontecer os esquemas fraudulento não tem como não acontecer...
Quanto ao compadrio e cunhas, o que as pessoas devem aprender é ir atempadamente fazer o recenseamento e não deixar para o fim...
Mas também, os supervisores e coordenadores, bem.como os partidos devem estipular metas e envolver os estruturas administrativas dos bairros ( Chefes de quarteirão, chefes de 10 casas e secretário e de bairro para testemunhar ou controlar os seus moradores...
Em minha opinião, e para melhor controle, o município deveria exigir ou passar atestados de residência como comprovativo das residências dos eventuais eleitores no adro de recenseamento, cruzando com os dados do Bi ou outro documento usado no acto de recenseamento...
Ou por outra, o recenseamento eleitoral deveria coincidir com o recenseamento geral da população, nos anos em que existe o processo de actualização de dados para as eleições...
Quanto dinheiro vai gastar o estado para o mesmo objectivo? 
Houve recenseamento geral da população, agora está decorrer o recenseamento Municipal e depois vai haver mais um.recenseamento para as legislativas? 
Não será isso um sinal de desorganização e má planificação de despesas?

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18 h

Joao Moreno Estamos a votar desde 1994. E até hoje o sistema não evoluiu? Todas as vezes que há eleições à motivos para reclamações. Sei que não há sistemas perfeitos. Mas o que está a acontecer é intencional. 
Frelimo declarou temos que levar nampula à força.
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17 h
Roberto Julio Tibana E não somente o que bem diz o Joao Moreno. O ponto é que AQUI e AGORA não se trata de ir aos bairros, chefes de quarteirão e essa coisa toda de que o Macuacua Massiquele Roberto fala. Trata-se sim de órgãos de lei e justiça ao nível da cidade, provincial e central atuarem ou não para parar com desmandos que consubstanciam crimes! Ponto. Isto Não é matéria de chefe de dez casas! Não se brinque com as pessoas. Não nos vão agora remeter a isso. Este assunto é muito sério. Isto é assunto para ir até ao c entro do poder neste país!
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16 h
Joao Moreno Roberto Julio Tibana amanhã dizem que em Moçambique não há democracia. Os que podem ter esse poder estão apáticos. É um assunto muito sério, não há espaço para benevolência. Está em causa todo um conjunto de anormalidades que se houvesse boa vontade e lucidez política na primeira hora estaria sanado o problema. Se disserem vamos aguardar, significa que estamos entrar no jogo dos que vão tirar benefício dessa tramóia.
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15 h
Abreu Vicente Todos regimes repressivos e autoritarios tem o seu fim, com votos ou sem eles, a chamada " via popular" que aconteceu recentemente no Burquina Fasso.
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17 h

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