terça-feira, 29 de maio de 2018

Partido Frelimo intensifica recolha dos números dos cartões de eleitor


Na administração pública 
O STAE diz que está surpreendido.
As instituições públicas em todo o país receberam ordens expressas do partido Frelimo para registarem os números dos cartões de eleitores, os nomes e os locais onde os funcionários públicos foram recenseados, que são preenchidos num formulário com o timbre do partido Frelimo que é distribuído às células partidárias ilegais que funcionam nessas repartições. 
Ainda não está claro para que finalidade são os registos eleitorais que estão a ser solicitados, mas supõe-se que seja para cometer fraude eleitoral. O CANALMOZ apresenta nesta edição mais um desses casos. Está a acontecer na Direcção Provincial de Educação e Desenvolvimento Humano e na Direcção Provincial da Saúde e nos três postos administrativos do Conselho Municipal da Matola, (Matola-Sede, Infulene e Machava), na Escola Primária Completa da T-3, Khongoloti-“A” e Escola Secundária da Machava. 
Segundo contaram os funcionários públicos abordados pelo , as brigadas, quando chegam às instituições, vão conferenciar com os superiores hierárquicos (directores e seus adjuntos, chefes de departamentos), que, de seguida pedem o cartão do eleitor para registar o número, o nome e o local onde o funcionário se recenseou. 
“Alguns colegas não aceitaram entregar os seus cartões. Essas pessoas dizem que querem saber quantos funcionários não se recensearam na província de Maputo”, disseram as nossas fontes.
STAE surpreendido
Leia Mula, do departamento de Imprensa do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral da Matola, mostrou-se surpreendido com a informação e prometeu inteirar-se do assunto na terça-feira. “Não sabemos nada sobre esse assunto. Acabo de despegar. Amanhã vou-me inteirar melhor com os colegas”, disse Leia Mula ao . 
Mas este assunto é do conhecimento do STAE a nível central, porque nos Ministérios e em outras instituições da administração pública a recolha dos cartões continua e de forma obrigatória. (Cláudio Saúte)
CANALMOZ – 29.05.2018

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