domingo, 27 de maio de 2018

Colômbia dividida vai às urnas para eleger Presidente da República


Cerca de 49 milhões de colombianos estão inscritos para votar nas eleições presidenciais, num ambiente de bipolarização entre a direita, com Iván Duque, e a esquerda, do ex-guerrilheiro Gustavo Petro.
Mauricio Duenas Castaneda/EPA
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  • Agência Lusa
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Cerca de 49 milhões de colombianos estão inscritos para votar este domingo nas eleições presidenciais, num ambiente de bipolarização entre a direita, com o candidato Iván Duque, e a esquerda, do ex-guerrilheiro e ex-autarca de Bogotá Gustavo Petro.
Nesta eleição, vai pesar fortemente o acordo de paz assinado com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), grupo guerrilheiro de esquerda ativo cerca de 50 anos no país, e cujo futuro dependerá em grande parte do novo chefe de Estado.
O acordo, que atravessa uma crise, é um compromisso do Estado colombiano mas a sua execução dependerá, em parte, da vontade do próximo Presidente de levar adiante o pacto que levou cerca de 7.000 guerrilheiros a abandonarem as armas.
Os colombianos estão divididos entre aqueles que acreditam que o acordo precisa mudar porque é muito generoso com as FARC, agora convertida em partido político, e aqueles que o defendem pela paz que garante.
A dúvida sobre o futuro da paz é real para a coligação de direita liderada por Iván Duque, candidato do Centro Democrático e que lidera todas as sondagens de intenção de voto. Duque tem o apoio dos ex-Presidentes Álvaro Uribe (2002-2010) e Andrés Pastrana (1998-2002), principais opositores ao acordo com as FARC e que já mostraram a sua força no plebiscito de 02 de outubro de 2016, em que lideraram o triunfo do “não” ao pacto com a ex-guerrilha.
O acordo com as FARC só foi aprovado, posteriormente com reformulações, pelo Congresso colombiano em dezembro de 2016.
O concorrente mais forte de Iván dique é Gustavo Petro, do movimento Colômbia Humana e ex-autarca de Bogotá.
Petro, ex-membro do movimento guerrilheiro 19 de abril (M-19) foi desmobilizado graças a um acordo em 1991, afirmou que a paz é mais do que desarmar as FARC.
Gustavo Petro ocupa o segundo lugar em todas as pesquisas com um intervalo variável de apoio.

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