quinta-feira, 31 de maio de 2018

Presidente sírio ameaça uso da força contra curdos para recapturar território


Bashar al-Assad afirmou ainda que um confronto direto entre a Rússia e os Estados Unidos foi evitado na Síria, um país devastado pela guerra em que as duas grandes potências estão envolvidas.
Bashar al-Assad controla a cidade de Deir-Ezzor, capital da província de mesmo nome, mas também toda a margem ocidental do rio Eufrates, enquanto as FDS estão estacionadas na costa oriental.
SANA / HANDOUT/EPA
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  • Agência Lusa
O Presidente sírio, Bashar al-Assad, ameaçou usar a força contra os combatentes curdos, apoiados pelos Estados Unidos, para recapturar as áreas que controlam no norte do país.
Numa entrevista ao canal de televisão Russia Today, transmitida esta quinta-feira, Al-Assad disse que favorecia as negociações com as Forças Democráticas da Síria (FDS), mas “se isso não funcionar, vamos libertar os territórios pela força”.
No final de abril, iniciaram-se confrontos entre as forças do regime sírio e os combatentes das FDS na província de Deir-Ezzor, rica em petróleo, que esteve anteriormente nas mãos do grupo Estado Islâmico (EI).
A província havia sido objeto de uma corrida entre as forças do regime de Al-Assad, apoiadas pela Rússia, e as FDS, apoiado pela coligação internacional liderada por Washington, cada um tentando superar o seu rival.
Hoje, Bashar al-Assad controla a cidade de Deir-Ezzor, capital da província de mesmo nome, mas também toda a margem ocidental do rio Eufrates, enquanto as FDS estão estacionadas na costa oriental.
Bashar al-Assad afirmou ainda que um confronto direto entre a Rússia e os Estados Unidos foi evitado na Síria, um país devastado pela guerra em que as duas grandes potências estão envolvidas.
Estivémos perto de um confronto direto entre as forças russas e norte-americanas e, felizmente, isso foi evitado”, declarou al-Assad, que falou inglês durante a entrevista.
Desencadeado em 2011 pela repressão do regime às manifestações pacíficas pró-democracia, o conflito na Síria tornou-se mais complexo ao longo dos anos com o envolvimento de países estrangeiros e grupos extremistas, resultando hoje num território fragmentado.
O conflito já matou mais de 350.000 pessoas e gerou milhões de deslocados e refugiados.

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