terça-feira, 15 de maio de 2018

Suspeito de escrever tese de Sócrates avalia candidatos a magistrados


Domingos Farinho integra júri do Centro de Estudos Judiciários, noticia a revista Sábado.


Domingos Farinho
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Domingos Farinho DR

O professor da Faculdade de Direito de Lisboa suspeito de ter sido o verdadeiro autor da tese de mestrado do ex-primeiro-ministro José Sócrates vai fazer parte do júri das provas orais dos candidatos a magistrados do Centro de Estudos Judiciários, noticia a edição online da revista Sábado.
Quando foi interrogado, o professor universitário garantiu ter apenas efectuado “o trabalho normal de uma revisão formal de uma tese e uma espécie de orientação”,  pois era a primeira vez que o antigo governante “fazia um trabalho académico”. Sócrates, referiu, “escrevia em bruto” e Farinho “dizia como fazer”. Porém, refere a Sábado, segundo o relatório final da Autoridade Tributária que consta dos autos da Operação Marquês, “pela análise da caixa do correio electrónico do arguido José Sócrates, identificou-se algumas conversas onde se indicia que Domingos Farinho não fazia apenas trabalho de revisão, mas também de investigação e de redacção de texto, que posteriormente era revisto e analisado” pelo estudante de Paris.Domingos Farinho está a ser investigado por peculato no âmbito de uma certidão extraída da Operação Marquês, uma vez que a colaboração remunerada que prestou ao antigo governante pode colidir com a exclusividade que esperava vir a ter na universidade – o que fez com que tivesse sido em nome da sua mulher que ficou o contrato de prestação de serviços com José Sócrates.
A tese sobre tortura e democracia acabaria por dar origem ao livro A Confiança no Mundoapresentado numa cerimónia no Museu da Electricidade, em Lisboa, em Outubro de 2013, que contou com a presença de Lula da Silva, ex-presidente do Brasil entretanto preso no âmbito da Operação Lava-Jato
Foi o próprio director do Centro de Estudos Judiciários, João Silva Miguel, quem, através do Aviso 5091/2018, fixou a composição do júri para as provas da fase oral e da avaliação curricular do 34.º Curso de Formação de Magistrados, escreve a Sábado.
  1. João Silva Miguel, um homem sensato, ponderado e correto. Um nome a reter: "Foi o próprio director do Centro de Estudos Judiciários, João Silva Miguel, quem, através do Aviso 5091/2018, fixou a composição do júri para as provas da fase oral e da avaliação curricular do 34.º Curso de Formação de Magistrados"
  2. Grande vigarista. Como é que este homem pode avaliar candidatos a juíz? Está tudo subvertido.
  3. É tudo farinha do mesmo saco.

  4. 4a República
      República Bananeira da Tugalândia 
    Nada de surpreendente, Quando mais de 20 destes futuros magistrados, são apanhados a copiar no exame, e em vez de serem liminarmente expulsos e banidos para sempre da carreira, é-lhes permitido repetir o exame para de futuro julgarem a falta de honestidade de outros, está tudo dito. Isto é, quem vai aplicar a justiça, a lei e exigir comportamentos éticos aos cidadãos, são eles próprios uma escória corrupta. Coisa que é comprovada consecutivamente com as sentenças escandalosas e aviltantes, e completa impunidade dos juízes. Com toda a naturalidade, de alguma forma e por alguém eles têm que ser escolhidos para encaixar nos padrões acima mencionados, bem como nas futuras promiscuidades com os endinheirados e partidos políticos.
  5. "Domingos Farinho não fazia apenas trabalho de revisão, mas também de investigação e de redacção de texto, que posteriormente era revisto e analisado" em vez de ser o domingos a orientar o socrates, era o socrates a orientar o domingos ahah
    1. Sem querer, denunciei o seu comentário, peço desculpa. Como professor universitário aposentado, com longa experiência de orientação de teses, não posso estar mais de acordo. O revisor revisto é a versão académica de L'arroseur arrosé dos irmãos Lumière. Haja vergonha.
    2. Não tem problema :
      )

      Sócrates junta muitos ex-ministros e antigas figuras do topo da justiça

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      O ex-primeiro-ministro José Sócrates juntou nesta quarta-feira na apresentação do seu livro, no Museu da Electricidade, muitos dos ministros dos seus governos e figuras que estiveram no topo da justiça, casos de Pinto Monteiro e de Noronha Nascimento.
      José Sócrates chegou para a apresentação do seu livro, intitulado A confiança no mundo, sobre a tortura em democracia (editado pela Babel) pelas 19h, acompanhado pelo ex-chefe de Estado brasileiro Lula da Silva e pelo fundador do PS e ex-Presidente da República Mário Soares.
      Da esfera empresarial, mereceram destaque as presenças de Henrique Granadeiro, António Mota (Mota Engil) e António Almeida (ex-presidente da EDP).Entre as muitas centenas de pessoas presentes, que se distribuíram por dois pisos (um deles sem acesso directo à sessão), sentaram-se nas primeiras filas personalidades da justiça portuguesa como o ex-Procurador Geral da República Pinto Monteiro, o ex-presidente do Supremo Tribunal de Justiça Noronha Nascimento, e o advogado Proença de Carvalho.
      Entre as dezenas de figuras que têm ou tiveram responsabilidades PS, assinalaram-se as participações do ex-líder Ferro Rodrigues, do ex-presidente da Assembleia da República Jaime Gama, do ex-presidente do Governo Regional dos Açores, Carlos César, do presidente honorário dos socialistas, António de Almeida Santos, e de Pedro Silva Pereira, ex-ministro da Presidência (considerado o braço direito de José Sócrates nos dois últimos executivos).
      Nas primeiras filas estiveram ainda os eurodeputados socialistas Vital Moreira e Edite Estrela, ex-ministros como Isabel Alçada, Jorge Lacão, Jorge Coelho, Mário Lino, Alberto Costa, Vera Jardim ou Gabriela Canavilhas.
      O ex-candidato presidencial Manuel Alegre falou aos jornalistas à entrada para a sessão para dizer que leu o livro de José Sócrates mesmo antes de ser publicado.
      Partindo do tema do livro do anterior primeiro-ministro, Alegre deixou também uma crítica ao Governo, sustentando que "a austeridade, tal como está a ser feita, também é uma forma de tortura".
      Do Secretariado Nacional do PS, compareceram Jorge Lacão, Idália Serrão e João Proença - os três entraram neste órgão de direcção na sequência da abertura do último congresso.
      O secretário-geral do PS, António José Seguro, esteve ausente, com os elementos próximos do líder socialistas a dizerem que não foi convidado e os elementos próximos de Sócrates a negarem.
      Dos membros do PS próximos de Sócrates estiveram João Galamba, Renato Sampaio, Fernando Serrasqueiro, Isabel Santos, Manuel Pizarro e Rui Santos (agora presidente da Câmara de Vila Real).
      Da parte dos históricos socialistas, do tempo das lideranças de Mário Soares, destacaram-se Edmundo Pedro e António Campos
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