terça-feira, 14 de março de 2017

QUEIMAR A MADEIRA: O luxo que não nos devemos dar

QUEIMAR A MADEIRA: O luxo que não nos devemos dar
Parte II
É verdade que ficamos chocados quando vemos uma árvore derrubada para dar lugar a negócios obscuros entre os Mambas e o Dragão. O mais agravante nessas verdades é que não há plantio de novas árvores e as florestas a cada dia estão se tornando desertas.
Não é menos verdade que nos entristece ver a floresta moçambicana cada vez mais desprotegida, o que em parte abre espaço para que haja confronto directo entre homem animal, uma vez que a floresta fica cada vez mais aberta. Tudo em nome da venda da madeira. Mais ainda, sentimo-nos chocados quando vemos que as nossas relações com os nossos vizinhos nomeadamente Tanzania, Malawi Zimbabwe ficam minadas quando jovens destes países levam bala por conta da madeira. O episódio da queima de “troféus” que assistimos no ano passado chocou-nos muito e não gostaríamos de assistir de novo mais um cenário idêntico. Ou Seja, não queremos ouvir sobre a queima da madeira que a Associação dos Madeireiros (AMOMA) tanto defendem em nome do moralismo internacional e sem pernas para andar. Honra-nos bastante diante de gente que, tendo satisfeito as suas necessidades básicas, não mais precisa se preocupar com o pão e o peixe do dia seguinte, mas sim com as coisas que fazem da natureza, um espaço completo. Pela forma como os MADEIREIROS associados defendem as suas convicções parece que MADEIRA chega a ter mais importância que uma criança que estuda em Bunhiça ao relento. A “OPERAÇÕS TRONCO”, deve ser realizada dentro dos moldes locais. Não precisamos de dar exemplo ao mundo para tratar um assunto localizado quanto este. Tenhamos muito cuidado. Problemas locais, recomenda-se soluções locais.
Portanto, não é para menos, é que um país do terceiro mundo pretende colocar no “fogo” bons Milhões de Dólares em nome do combate a um mal que enferma as nossas florestas. Parece mais fácil colocar muitos “milhões” no fogo em nome da exemplaridade simbolica e tentando disciplinar pessoas que já não existem, afinal foram abatidas pelos “Rangers” no meio da jornada de tráfico da madeira. Parece ainda mais fácil chamar atenção ao mundo com actos de glória quando mais da metade da população consome água imprópria devido a falta da fontes melhoradas de abastecimento daquele líquido precioso. Ao executar este “acto glorioso” iremos perder a oportunidade de mostrar ao mundo como se combate um mal sem ter em conta as especificidades locais. Esta prática nociva não é combatida através da tentativa desenfreada de buscar protagonismo “junto das organizações nem associações” que lidam com questões ambientais e florestais, mas de forma responsável, colocando os interesses do estado em primeiro. O combate a esta prática faz-se com a POLÍCIA E GUARDAS FLORESTAIS BEM TREINADOS, EQUIPADOS E SUPER NUTRIDOS. O combate ao crime não é feito através da “queima” dos produtos roubados, mas da detenção dos que semeiam a tal desordem. O que é roubado ao Estado deve ser devolvido ao Estado para que este coloque no devido lugar. E por que não vender a “madeira” e com o dinheiro comprar SEMENTES E ADUBOS PARA TERMOS MAIS EUCALIPTOS? É esta polícia e guardas prisionais famintos e estas associações em conexão que “volta e meia" está nos armazéns a “subtrair” a madeira apreendida para vende-la mais uma vez no mercado negro. Por quê? Simplesmente porque faz um trabalho de honra e ganha misérias. Parece-me que neste momento, com toda a sinceridade, não é interesse nobre da AMOMA e muito menos de MITADER acabar com a mão criminosa que dizima floresta moçambicana. Quando um traficante de madeira, lesa o Estado deve ir as celas. Não é o estado que, ao recuperar o seu bem, devia destruir o bem roubado. Nesta lógica estaríamos a dizer que as vitimas de roubo, ao recuperar os seus bens, devem destruí-los. Se assim fosse melhor seria deixar nas mãos do “ladrão” do que recuperá-lo para depois destruí-lo. Com esta situação, colocamos duas questões que julgamos serem importantes:
- Se podemos queimar boa quantidade da madeira porque são frutos do tráfico ilegal da madeira, por que não podemos queimar as bebidas contrabandeadas nas nossas fronteiras?
- As bebidas e cigarros contrabandeados que semanalmente são apreendidas nas fronteira moçambicanas. Esses sim, deviam mesmo ser incineradas, afinal elas tem um peso destruidor diante das pessoas que, enganadas pela propaganda, os consomem. Por que não incineramos estes causadores de tanta desgraça familiar? Queimar a madeira num momento em que temos dívidas da EMATUM, numa altura em que o Dólar estremece a economia moçambicana, a nossa dívida externa esta acima de 40%? Esse é o tipo de luxo que Moçambique não se deve dar. A pergunta seria porque não ofereceram aos necessitados? Para nós este tipo de medidas representa um orgulho vazio, pois hoje queimamos o produto de um crime que vale milhões e deixamos o criminoso a passear de fatos e gravata, num Mercedez Benz. Somos muitos frágeis para “procurar protagonismo internacional”, colocando dinheiro no fogo. Hoje queimamos uns bons milhões de Dólares, mas amanhã estaremos com a “mão estendida” para aqueles que nos aplaudiram quando queimávamos o nosso dinheiro. Do mesmo jeito que se faz negócio de madeira no mercado formal, não nos custaria levar esta madeira ao mercado formal após a sua purificação pelo Estado. Aliàs os nossos regulos podem desenpenhar muito bem essa função de purificação uma vez que estão ligados ao estado e podemos os ter como nossos “Swikiros”.
-Quantas carteiras podemos comprar com o dinheiro do produto que nos fizemos crescer?
Quantos empregos podemos fomentar?
-Quantas escolas, postos médicos, fontenárias poderiam advir daquele negócio se formos colocar tudo na mão do Estado para a venda. Soberania não significa ser arrogante quando se trata de eventos do interesse exclusivo de um grupo, mas sim defender princípios e actos que exaltem aos mais nobres interesses da nação – saúde para todos, educação para todos, alimentação para todos e habitação para todos.

Euclides Flavio e Hélio Norberto Passe

Comments
Abinelto Bié
Abinelto Bié Bravo! Excelente reflexão, confrades!

Realmente não nos devemos dar ao luxo de queimar a madeira apreendida, seria uma decisão pouco sensata por parte de quem ordenar tal parvoíce. Madeira se difere de pontas de marfim, bebidas (tal como fizestes menção) isso sim pode ser incinerado, com vista a desencorajar a sua pratica ilícita. Com a madeira apreendida podemos fazer muita coisa, para além da sua venda em beneficio do próprio Estado Moçambicano. Nos dias que correm debate-se muito a questão da falta de carteiras nas escolas, penso que é esta a oportunidade de alocar parte dessa madeira para o fabrico das carteiras para as crianças sentarem, para além de outras coisas que podem advir desta madeira. Ora, penso que a sua venda no mercado internacional é muito lucrativa e parte desta (da madeira) poderia ser destinada à venda com vista a fazerem-se outras coisas que, neste momento, são bastante pertinente, algumas das quais aludistes.
Também não vejo necessidade de se incinerar a madeira apreendida.
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Crespim Mabuluko
Crespim Mabuluko É mesmo parte dois recordo-me de teres publicado um as artigo similar no jornal notícias ano passado... Avante o activismo tem varias facetas e a sua tem no papel e caneta uma feramenta. ..
Rose De Carpio Sousa
Rose De Carpio Sousa Euclides Flavio, boa colocação meu caro. Devo reconhecer que é uma das melhores analises que já li no facebook. A relação que fazes entre madeira, Emprego e Educação é outro nível. Eu particularmente não entendo o porque da intervenção da tal associação se eles nem conhecem o real impacto do que dizem. Parabéns para si para a pessoa com quem te associaste para escrever. O que faço para te conhecer ao vivo? Penso que poço aproveitar muita coisa de si.
2 · 6 hrs · Edited
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Bino Amosse
Bino Amosse É caso mesmo para dizer luxo na miséria. Diferente dos outros casos como o abate e tráfico de cornos de rinoceronte e pontas de marfim o corte da madeira é legal em Moçambique, dai que existe uma associação que zela por essa actividade. Seria oportuno para o governo criar mecanismos como os que os ilustres arrolam neste artigo como de fortificar a segurança, equipar os fiscais florestais em meios circulantes e materiais, boa remuneração e educação em matérias florestais para desencorajar a cooperar com os criminosos que praticam esta actividade. Já ouvimos relatos de muitos casos de corte ilegal de madeira até envolvendo ministros que tutela a área de preservação das florestas que nada lhe aconteceu, o que de alguma forma cria uma ideia de que para o corte ilegal de madeira apesar de ser crime compensa visto que quando encontrado em flagrante apenas apreendem a madeira e o infractor fica impune. Não devemos esquecer que no caso das pontas de marfim e cornos de rinoceronte apreendidas algum tempo atrás viu-se o que aconteceu, uma parte do mesmo sumiu no comando da cidade (se não for numa das esquadras da cidade), porque mesmo o polícia estava ciente que apesar de ser "dinheiro ilegal" estava-se a queimar o que + o país precisa. Precisamos sim disciplinar exemplarmente os infractores para o caso dos cornos de rinoceronte e pontas de marfim queimar mesmo. Para o caso das madeiras o tratamento deve ser outro, estamos a 40 anos livre da dominação colonial e ainda temos escolas sem salas de aulas e as crianças estudam ao relento porque não reverter essa madeira a favor do estado para ajudar o Ministério da Educação a suprir a falta de carteiras que as escolas de todo país tem. Para além de que na verdade nunca iriam incinerar a madeira na íntegra. Nthlá 😡
Pita Fundice
Pita Fundice Isto ja e falta de respeito para com o povo. Afinal ainda brincamos assim! Isso me da vontade de deixar essa patria para nao ver estas brincadeiras. Ha um ano resultante da caca furtiva, queimaram todo marfim em nome de desencorajar este tipo de caca. Mas nao pensaram que akilo leiloado daria muita mola para o Estado. Mas keimar a madeira ja e pior vergonha e n tem outra classificacao senao ''Burrice''.
Euclides Cumbe
Euclides Cumbe Na minha humilde opinião acho que algo apreendido ou "contrabandeado", reverte-se ou devia reverter-se a favor do estado e este por sua vez dava o devido encaminhamento. Acho absurdo dicidir por inceneracao daquela madeira enauanto milhares de crianças estudam ao relento, combatemos um mal procando outro.
Elisioísmo V
Este reparo não é oportuno e revela muita falta de tacto da minha parte. Mas há uma maneira de discutir publicamente que não é boa para os próprios assuntos. É o apelo às emoções. Está aí uma associação, AMOMA, que num comunicado público saúda a apreensão de madeira ilegalmente cortada e aconselha a sua incineração. A reacção imediata de algumas pessoas (e legítima, diga-se de passagem) foi de achar estranho que num país onde não há carteiras suficientes para as crianças (também por causa das dívidas ocultas como sabemos...) alguém tenha o desplante de fazer tamanha sugestão. Postas as coisas desta maneira, não há como voltar a ter uma discussão útil do assunto porque o alvoroço moral e emocional é enorme.
Pessoalmente, acho que o argumento da AMOMA faz muito sentido e merece melhor discussão. Segundo o que o comunicado diz, os operadores de madeira receiam que ao se leiloar a madeira as mesmas pessoas envolvidas em práticas ilícitas adquiram-na e se volte literalmente à estaca zero. Não diminui a força do argumento a existência de alternativas como, por exemplo, o uso pelo Estado da madeira apreendida, pois o problema de fundo que a associação deplora, ainda que não o diga explicitamente, é todo um contexto frágil de controlo e responsabilidade. Quem nos garante que as mesmas pessoas que fizeram a apreensão não vão depois vender ilicitamente o espólio? Para mim é à discussão deste tipo de questões que o comunicado convida, mas onde quase tudo é visto pela vertente emocional é muito difícil abordar assuntos sérios com a frieza necessária.
Lyndo A. Mondlane
Lyndo A. Mondlane eu tambem vi assim, incluso vi desde a perspectiva economica ou seja madeira leiloada, e consequente queda de preços.. mas num estado sério (que o nosso nao é, nao me canso de repetir) se podia confiscar, e garantir que tenha o fim previsto (as famosas carteiras), incluso mobilia portas e janelas a preços preferenciais,, nao sei se a madeira tem traçabilidade, mas bom....em todo caso cheguei a sugerir que se reparta como lenha, porque o que nao tem sentido e ver mos a massa arborea a diminuir, porque as populaçoes a usam como lenha e que tenhamos que ir assistir incineraçao de troncos...
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Rildo Rafael
Rildo Rafael Apesar da AMOMA reconhecer que a medida (incineração) ser uma medida branda dentre outras, não vejo como a única forma de desencorajar os prevaricadores. AMOMA teme que a venda de madeira apreendida em hasta pública pelas autoridades competentes pode propiciar em si a apetência pela exploração ilegal pelos prevaricadores. A incineração também pode estar sujeita a práticas ilicitas! Se todas as opções (mesmo a transformação em carteiras escolares) são susceptíveis de práticas a irregulares, resta a AMOMA acompanhar o destino da madeira confiscada no fabrico de carteiras para as escolas como parte da sua fiscalização e controlo... A Associação Moçambicana de Operadores de Madeira (AMOMA) é parte interessada do processo!
Elisio Macamo
Elisio Macamo li um post interessante de Isalcio Mahanjane esta manhã que dizia coisas interessantes sobre o tipo de madeira. luxo na pobreza também não!
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Isalcio Mahanjane
Isalcio Mahanjane Elisio Macamo, chegou onde muitos "não" chegaram... vemos no horizonte apenas carteiras escolares... porém, não sei é se tal medida será assertiva tendo em conta o valor da madeira em causa...
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Rildo Rafael
Rildo Rafael Isalcio Mahanjane: O Problema não deve estar no valor da madeira! Se assim proceder, queremos garantir que as carteiras escolares devem ser feitas por uma madeira mais relis! Entre incinerar a madeira, dar lugar a carteiras escolares ou ainda vende-la em hasta pública seria mais razoável leiloar por causa do valor da madeira? Nesse caso o "diabo" voltará adquir a mesma madeira!
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Isalcio Mahanjane
Isalcio Mahanjane Alguém falou de madeira relies? Acho que não! Falei sim de de um valor superior de certa espécie de madeira!
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Rildo Rafael
Rildo Rafael Isalcio Mahanjane: Vamos fazer carteiras para demonstrar que o Estado é intransigente para madereiros que a adquirem de forma ilícita! FAZER CARTEIRAS SERIA UM BEM SUPERIOR! Não importa se se qualidade superior se tratar!!!
Isalcio Mahanjane
Isalcio Mahanjane Claro que as carteiras fazem falta e têm um enorme valor... mas há-de convir que divisas nesta altura do campeonato fazem falta!
Rildo Rafael
Rildo Rafael O Estado deve procurar mecanismo (controlo e responsabilidade) para salvaguardar que a madeira apreendida não possa ser incinerada (um desperdício) e ao mesmo tempo criar de forma transparente uma comissão interministerail e multissectorial (e envolver organizações da sociedade civil em prol do ambiente e da educação para fiscalizarem o processo da transformação da madeira apreendida em carteiras escolares! Todas as alternativas (Venda em hasta pública, produção de carteiras e incineração) podem estar propensas a práticas ilicitas! Cabe ao Estado avaliar a alternativa rentável (que quanto amim é a sua transformação em carteiras) e reforçar os mecanismos de controlo e responsabilidade de forma a elevar ainda mais a pertinência da operação "tronco" não permitindo a venda ilícita da mesma e tentando minimizar o problema das carteiras!
Elisio Macamo
Elisio Macamo Rildo, relaxa. feliz aniversário. tu és o exemplo vivo de que há vida depois da eliminação da liga dos campeões.
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Rildo Rafael
Rildo Rafael Elisio Macamo: Obrigado Professor!!! Espero que me deseje o TETRA depois da saída da Champoins! Risos!
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Elisio Macamo
Elisio Macamo não, já chega. desejo ao benfica adversários deste mundo.
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Celso Morane Cumbe
Celso Morane Cumbe Identifico-me com esta posição e já ontem defendia numa discussão em que alguém dizia que o problema é que os prevaricadores voltam a comprar o tronco. Ora essa não é a questão.
Aprecio tb quando o professor Elisio Macamo provoca este debate sobre os
aspectos levantados na carta que só podem remeter-mos para bons resultados se for-mos capazes de reflectir sobre o assunto num todo sob o risco de ter-mos os cérebros incinerados.
Jorge Matine
Jorge Matine Fiquei com os cabelos levantados com o linchamento que AMOMA recebeu. Os madeireiros sabem que aquela madeira "já tem dono" e sabem da força que esses donos tem para manipular o estado. O maior problema é a descrença contra as instituições do estado.
E
xiste um certo eufemismo mas não pode retirar a essência do que o comunicado pede, convoca uma grande parte de nós para uma reflexão importante. E vejo uma prática que cada vez ganha forma, a privatização da justiça, uma cópia racional de uma prática irracional como o linchamento.
Elisio Macamo
Nestor Zante
Nestor Zante Je trouve cette reflexion tres pertinente. Aller au delà de l'analyse émotionnelle des phénomène et chercher a cerner les motifs profondes des actions posées et des décisions qui punissent ces actions. De mon point de vue, la décision d'incinération du bois saisie, voudrait établir le caractère radical de la répression vis a vis de l'acte illégal et ainsi conserver le caractère sacré de l'interdiction. Mais si mon opinion devrait compter j'allais opter pour une utilisation de ce bois et veiller a sa gestion efficiente aux benefices des populationsVer Tradução
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Elisio Macamo
Elisio Macamo oui, Nestor, je préférerais moi aussi utiliser le bois. en fait, même dans le cas de l'ivoire saisi à partir de braconniers, je préfère l'utiliser plutôt que de le brûler. mais ce que je dis ici, c'est que l'association nous invite à discuter d'un problème institutionnel et politique plus important. nous devrions accepter cette invitation.
Eliha Bukeni
Eliha Bukeni No meu entender julgo tratar-se de um comunicado populista. O regime de exploração de madeira envolve 2 tipos de licenciamento. A licença simples atribuída exclusivamente a moçambicanos e a licença de concessão, que para além dos nacionais abrange os estrangeiros. Na licença simples não existe obrigatoriedade de maneio e reposição das espécies nativas. Grande parte da madeira ilegal apreendida na operação tronco está associada ás licenças simples. Grande parte dos membros da Associação Moçambicana de OPeradores de Madeira estão vinculados ás licenças simples. Ora, que trabalho é que a AMOMA faz diante dos seus membros para dissuadí-los do corte ilegal da madeira? O corte ilegal de madeira já é crime em Moçambique. Por acaso a AMOMA já denunciou um membro seu ou qualquer explorador ilegal de madeira junto á alguma Procuradoria Distrital, Provincial ou Geral? ou pelo menos a algum posto policial ou comando da PRM? Sim porque se não confia nos fiscais, no MASA ou no MITADER por estarem envolvidos, poderia denunciar o crime as instituições de justiça!
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Elisio Macamo
Elisio Macamo bom, não sei se é populista. há um debate que precisa de ser feito e não é sobre as crianças sem carteiras. isso desvia a nossa atenção do cerne da questão, incluindo as responsabilidades dos associados, claro.
Mussa Abdula
Mussa Abdula Ainda no princípio deste ano, ao vencedor do concurso foi lhe negado a remoção da madeira em touros, porque os metros cúbicos estabelecidos pelo ministério, estavam a cima do recomendado, desta ilação acabo percebendo que o concorrente foi corrompido, pois não teve informação sobre os moldes de participação ao concurso. Nesta toda gincana que anda em volta da madeira quem sai a perder é a população circunvizinha que em nada se beneficia, tanto por parte do governo assim como dos presumíveis ilegais.
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João Carlos
João Carlos Caro Elisio Macamo. Gosto da tua divergência criativa . No entanto o país não pode optar por desperdiçar recursos devido a fragilidade dos seus sistemas de integridade. Creio que a seriedade e cometimento de todas as partes interessadas e ajuda de outras mais propensas à transparência, como a sociedade civil, é possível assegurar que o produto apreendido seja encaminhado no melhor interesse público. É um custo injustificável incinerar um produto daquela natureza. Madeira não é droga ou produtos perecíveis que representam ameaça directs à saúde pública.
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Elisio Macamo
Elisio Macamo nem sugeri isso.
Rogério Sitoe
Rogério Sitoe Pode ser que sim, Mas... corno de Rinoceronte também nao é perecível nem droga ...
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Elisio Macamo
Elisio Macamo corno até serve para descobrir quem mentiu lá na aldeia...
Eusébio A. P. Gwembe
Eusébio A. P. Gwembe Em que medida a incineraçao pode desencorajar o corte de arvores? Ate porque os que as cortam nem sequer tem acesso aos meios de propaganda. Mais uma falha da fiscalizaçao. Que se cortem as arvores que nos vamos rete-las no ponto de chegada. Na verdade, aquilo que se diz "pescar na rede". Nao resolve o problema, nem melhora o ranking dos proponentes. O argumento que colocam é mais uma desconfiança ao Governo do que uma necessidade de justiça.
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Elisio Macamo
Reginaldo Chissico
Reginaldo Chissico É normal q um grupo de pessoas (autoridade incompetente) nao encontrem uma soluçao ideal ou medidas imediatas dum problema, mas deixar cair no erro num assunto que inquieta uma naçao isso è abismal. Se ha incapacidade q levante se debate pra colher o ideal. Madeira nao tem comparaçao com drogas. Q pegue se nessas madeiras façam carteiras pra escolas, mobilias pra hospitais, esquadras e mais, "come on" estamos a fazer o qê?

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