Este senhor chama-se Otto Nicolas Bula, ex-Senador. Foi detido na segunda-feira na Colômbia. Porquê? Ele recebeu dinheiro da empreiteira brasileira Odebrecht. Vai ser acusado de corrupção passiva e enriquecimento ilícito. A justiça colombiana não andou em salamaleques. Bastou um relatório americano onde a Odebrecht reconhece ter pago suborno para obter vantagem em concursos.
Isso aconteceu em 11 países. Em Moçambique também. No nosso caso ainda não se conhece quem foram os beneficiários desse dinheiro corrupto. Nao falta muito que os nomes venham a lume. Os americanos acabam sempre revelando, como aconteceu sabermos do nome do Agente C da operacao Embraer, da LAM.
Mas é certamente gente que tem a garantia do sistema de que não vai ficar presa. Na luta contra a corrupção, a detenção de Otto Bula na Colômbia mostra que sua Justiça está a usar o modelo da “mani pulite” (Mãos Limpas) na Itália, agora replicado pela Lava Jato no Brasil. Basta haver indícios bastantes para prender….isso ajuda no apuramento de mais factos e na identificacao de outros possíveis implicados. Não se trata de violar a presunção de inocência pois a detenção segue os preceitos exigidos pela prisão pré-julgamento, a prisão preventiva.
Conto aprofundar este debate amanha, trazendo factos recentes e nomes implicados em casos de corrupção no nosso contexto e enquadrando a postura do nosso GCCC em comparação a países com uma experiencia mais avançada de reacção penal anti-corrupção, para mostrar que ainda brincamos aos fingimentos.
Senhor Ministro Carlos Bonete. Sabia que existe um acordo entre Mocambique,, África do Sul, Zimbabwe e Suazilândia que estabelece que os nossos vizinhos devem deixar passar para cá 40% da água que corre nos rios comuns? E sábia que em menos de uma semana, recentemente, a Suazilândia conseguiu fazer subir sua reserva de água na bacia comum do Umbeluzi de 10 milhões de metros cúbicos para 30 milhões de metros cubicos, não tendo deixado passar nada para cá? Pois, se não sabia fique sabendo. E faça qualquer coisa...
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