BRASIL
Um motim numa prisão do Amazonas fez pelo menos 60 mortos. Entre as vítimas registaram-se mutilados e decapitados, naquele que já é considerado o "maior massacre do sistema prisional" de Amazonas.
Um motim na maior prisão do Amazonas, que durou mais de 17 horas, fez pelo menos 60 mortos. De acordo com o secretário de Segurança Pública do Amazonas, Sérgio Fontes, este já é considerado o “maior massacre do sistema prisional” do Estado. Durante os confrontos, registaram-se várias decapitações e alguns corpos foram queimados e mutilados.
Os conflitos tiveram início durante a tarde de domingo, no Complexo Penitenciário Anísio Jobim, depois de um confronto entre a fação criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC), com sede em São Paulo, e a Família do Norte (FDN), que domina as prisões do Estado do Amazonas. Este parece ser mais um episódio sangrento da guerra entre narcotraficantes.
De acordo com a rede Globo, durante a madrugada de domingo, foram feitos vários reféns, entre presos, agentes prisionais e outros funcionários. Houve presos que conseguiram deixar a penitenciária, embora a polícia brasileira não revele quantos. Os restantes presos acabaram por se render e entregar as armas que tinham em sua posse.
As autoridades brasileiras acreditam que este caso está intimamente relacionado com a fuga de 87 presos de uma outra cadeia do Estado do Amazonas, o Instituto Penal Antonio Trindade (Ipat), a 5 km da prisão onde aconteceu o motim. De com a informação prestada por Sérgio Fontes à comunicação social, 40 dos prisioneiros que conseguiram escapar das duas unidades prisionais foram recapturados.