O Fundo
Monetário Internacional (FMI) desmente categoricamente as declarações
veiculadas por alguns órgãos de comunicação moçambicanos afirmando que o
FMI teria acusado o governo de esconder a existência de mais 'dívidas
ocultas'.
Na terça-feira, o jornal 'Correio de Manhã', publicou umas alegacões que foram reproduzidas pelo semanário 'Magazine Independente, afirmando que o seu Director adjunto Sean Nolan teria revelado a existência de mais dívidas ocultas em conferência de imprensa realizada no dia 12 de Janeiro no FMI em Washington.
O FMI imediatamente emitiu um desmentido referindo que Nolan simplesmente fez declarações factuais sobre a ausência de uma tendência generalizada de situações de dívida insustentável em países em desenvolvimento de baixa renda. Ele também apontou que a situação da dívida piorou em alguns países, incluindo Moçambique.
O mesmo documento refere que apesar de o Sr. Nolan confirmar que as prévias dívidas ocultas contribuíram para piorar a situação da dívida em Moçambique, ele não afirmou, como alegado no artigo, que dívidas ocultas ainda existem.
Ele referia-se claramente aos empréstimos com garantias do Governo no valor acima de um bilhão de dólares, contraídos pelo Executivo de antigo Presidente Armando Guebuza, mas que foram mantidos em segredo do público moçambicano e dos parceiros internacionais do governo, incluindo o FMI.
Na terça-feira, o jornal 'Correio de Manhã', publicou umas alegacões que foram reproduzidas pelo semanário 'Magazine Independente, afirmando que o seu Director adjunto Sean Nolan teria revelado a existência de mais dívidas ocultas em conferência de imprensa realizada no dia 12 de Janeiro no FMI em Washington.
O FMI imediatamente emitiu um desmentido referindo que Nolan simplesmente fez declarações factuais sobre a ausência de uma tendência generalizada de situações de dívida insustentável em países em desenvolvimento de baixa renda. Ele também apontou que a situação da dívida piorou em alguns países, incluindo Moçambique.
O mesmo documento refere que apesar de o Sr. Nolan confirmar que as prévias dívidas ocultas contribuíram para piorar a situação da dívida em Moçambique, ele não afirmou, como alegado no artigo, que dívidas ocultas ainda existem.
Ele referia-se claramente aos empréstimos com garantias do Governo no valor acima de um bilhão de dólares, contraídos pelo Executivo de antigo Presidente Armando Guebuza, mas que foram mantidos em segredo do público moçambicano e dos parceiros internacionais do governo, incluindo o FMI.
Estes empréstimos só se tornaram públicos em Abril de 2016. Os dois empréstimos em causa foram para as empresas de segurança Proindicus (622 milhões de dólares) e Moçambique Asset Management, MAM (535 milhões de dólares). O facto de estes empréstimos não terem sido divulgados levaram o FMI a suspender o seu programa para Moçambique e a maioria dos outros doadores e agências de financiamento ocidentais seguiu o exemplo.
Juntamente com o conhecido empréstimo de 850 milhões de dólares concedidos à EMATUM, estes empréstimos com garantias do governo acrescentaram 20 por cento à dívida externa de Moçambique, elevando-a para níveis insustentáveis.
O comunicado daquela instituição multilateral de crédito conclui afirmando que o FMI continua comprometido a trabalhar com as autoridades moçambicanas para manter a estabilidade económica e atingir um crescimento inclusivo.
Pf/sg
AIM – 19.01.2017
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