MOÇAMBIQUE
Na província de Inhambane, no sul de Moçambique, camponeses afirmam que o Governo distribuiu sementes agrícolas apenas aos quem têm cartão de membro do partido no poder. Os outros serão obrigados a pagar preços altos.
O Governo moçambicano tem distribuído sementes agrícolas aos camponeses. Mas, na província de Inhambane, só quem tem cartão de membro da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO, no poder), beneficia das doações, revela Bernardo Cumbe, um camponês no distrito de Morrumbene.
"Não recebo, nem apoio temos. É precido ter cartão de membro do partido FRELIMO. Se não tem cartão, não pode apanhar nada. Se não é membro desse partido, não recebe", denuncia. Segundo Bernardo Cumbe, "as pessoas estão a sofrer muito".
Outros camponeses serão obrigados a comprar as sementes a altos preços e a produção de alimentos nesta campanha agrícola poderá estar comprometida.
Seca
Inhambane tem sido uma das províncias moçambicanas mais afetadas pela seca. Embora tenha chovido nos últimos dias, a chuva serve de pouco se os agricultores não conseguem comprar as sementes.
José Fernando, camponês no distrito de Homoíne, disse à DW África que, para cultivar alguma coisa, é preciso comprar as sementes nas lojas, a preços altos.
"Posso dizer que há alguns projetos, mas não de doações. É de capital próprio, você vai comprar a semente que quer. A doação não é abrangente. Então, não há uma boa campanha (agrícola)", explica.
Crise económica
Os camponeses também sentem a crise económica em Moçambique no bolso. Zaina Machona vende sementes e tem tido poucos clientes.
"As pessoas entram a perguntar a quanto está. Não sei se ainda estão a apreciar preços, porque este ano está mal. Compram, mas assim a duvidar, a pensar que estamos a aumentar muito o preço", conta a vendedora.
Desde 28 de dezembro de 2016 que a DW tenta contactar a diretora provincial da Agricultura e Segurança Alimentar em Inhambane, sem êxito.
CHEFE DO POSTO ADMINISTRATIVO DE ESTAQUINHA (BANDUA) E SUA ESCUMALHA DESVIARAM MAIS DE 200 SACOS DE ARROZ.
"Boa noite General Nitafa. Espero que você e sua equipe de trabalho estejam bem. Venho por este manifestar uma grande indignação em nome da população do posto administrativo de Bandua, no distrito de Buzi, província de Sofala. Devido às secas que fustigaram as nossas machambas no ano passado, o governo provincial doou mais de 3 centenas de arroz, e este por sua vez, foi entregue aos dirigentes locais e estes tinham que distribui-lo para toda população, mas assim não o fizeram. Os que tiveram a sorte de ter o arroz foram apenas familiares e amigos dos dirigentes locais, bem como os membros da Frelimo. Trata se do Senhor Noé Baicana (Chefe do posto), Luís Tabela, Alberto Mundogara, Senhor Chounwe, Chemane e famoso pai da Sonhane. São esses senhores acima que discriminam os membros da Renamo, e foram os mesmos que desviaram mais de 3 centenas Sacos de arroz, desta feita, prejudicando a maioria. Pedimos aquem é de direito para intervir."
Recebido via Messenger.
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NOTA:
A Frelimo decidiu não apoiar os membros da oposição nesta campanha agrícola. Este problema regista se um pouco mais em todas províncias afectadas pelas secas no ano passado. Para receber um apoio deve apresentar um cartão vermelho. Mas acredito que tudo tem dias contados. Tudo tem seu fim.
A Frelimo decidiu não apoiar os membros da oposição nesta campanha agrícola. Este problema regista se um pouco mais em todas províncias afectadas pelas secas no ano passado. Para receber um apoio deve apresentar um cartão vermelho. Mas acredito que tudo tem dias contados. Tudo tem seu fim.
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