Caixa Geral de Depósitos
Tal como uma andorinha não faz a primavera, dois homens
competentes – António Domingues e Paulo Macedo – não garantem só por si
que o ADN do sistema deixa de ser o que é. Como se tem visto até agora.
Foi na sexta-feira passada, poucos terão reparado. Numa das muitas
entrevistas que deu a propósito do primeiro aniversário do seu Governo,
António Costa repisou a ideia de que todos os problemas do sistema
financeiro são culpa do anterior Governo, e concretizou: “Por sua
responsabilidade, destruiu um banco como o Banco Espírito Santo”.
Escusam de esfregar os olhos para ver que aquilo que leram foi mesmo o que António Costa disse: não só foi, como não o desmentiu nem corrigiu (e recomendo que leiam o Fact Check que o Observador realizou logo nesse dia). Ou seja, num daqueles momentos raros em que deixou escapar o que realmente lhe vai no fundo do coração, o primeiro-ministro disse-nos que a destruição do BES não foi obra de Ricardo Salgado e da restante liderança do Grupo Espírito Santo, não decorreu de actos de gestão não apenas inconscientes como provavelmente criminosos e que estão por isso a ser alvo de investigação judicial. Não, nada disso: para António Costa foi Passos Coelho que destrui o BES. Como? Não explica. Mas o que sabemos é que Passos Coelho apenas teve uma intervenção decisiva nesse processo: no momento em que disse não a Ricardo Salgado quando este lhe pediu para pressionar a Caixa Geral de Depósitos a fazer um empréstimo de milhares de milhões ao GES – um empréstimo como aquele que levou para o fundo a Portugal Telecom.
Já o escrevi preto no branco e volto a repeti-lo: se Passos Coelho tivesse feito tudo mal nos seus quatro anos de governação, aquele “não” ao antigo “dono disto tudo” teria sido suficiente para eu lhe estar agradecido. Agora é altura de dizer, também preto no branco: aquela frase de António Costa é aterradora pelo que revela sobre os seus instintos como governante, e é também profundamente reveladora sobre o porquê de o processo da Caixa Geral de Depósitos estar submerso na trapalhada em que está.
Ter “salvo” o BES para este salvar o GES, pelo que sabemos hoje sobre o imenso buraco do Grupo Espírito Santo, teria sido fatal para a Caixa (como foi para a PT) e teria custado aos contribuintes uma quantidade indefinida de “BPN’s”. Ter “salvo” o BES teria representado também prosseguir com o tipo de interferências políticas que, ao longo de décadas mas com o seu apogeu nos anos de José Sócrates, fizeram com que a Caixa desse empréstimos ruinosos e, cúmulo dos cúmulos, perdesse centenas de milhões em empréstimos destinados a permitir um assalto ao poder num banco privado, o BCP, sob o alto patrocínio do “animal feroz”.
O que sabemos dos resultados da comissão de inquérito parlamentar ao caso BES (cujas conclusões o OS votou favoravelmente), o que já começámos a perceber da comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos e aquilo que podemos ler em livros recentes e bem investigados como A Vida e Morte dos Nossos Bancos de Helena Garrido não permite senão uma leitura: nos anos que precederam o pedido de ajuda externa e a intervenção da troika bancários, empresários e políticos envolveram-se numa “grande farra de dívida” que teve o seu paroxismo nos tempos de negação da realidade de 2009, 2010 e 2011.
Mais: quando se negociou o resgate com a troika (e quem o negociou ainda foi um governo do PS, o de Sócrates) não se conseguiu um pacote financeiro que permitisse limpar definitivamente o nosso sistema financeiro (como bem se explica nesse mesmo livro, pp. 81 a 91). O resultado (pág. 98) foi que “o único modelo de abordagem do problema que ficou disponível foi o de ir limpando as perdas à medida que elas iam aparecendo”.
No que diz respeito à Caixa Geral de Depósitos, os últimos anos (como se pode ler a pp. 157 a 166) foram em boa parte ocupados a afastar o banco público da multiplicidade de negócios ruinosos para que fora empurrado por sucessivos governos, a resistir a pressões para entrar em novas megalomanias (por exemplo: a PT e Ricardo Salgado tentaram tudo para que a Caixa entrasse, enterrando mais umas centenas de milhões, no desastre da fusão com a brasileira OI, o que só não aconteceu porque a administração de então se opôs e Pedro Passos Coelho também disse não, pp. 157 a 159). No final o balanço de Helena Garrido é claro: “estes últimos anos da Caixa interromperam uma década e meia de captura do banco pelos interesses políticos dos governos que protegeram empresários e negócios numa lógica de poder”.
Esta análise é em tudo contraditória com o discurso político do actual Governo quando surgiu a necessidade de mobilizar mais de 4 mil milhões de dinheiro público para a CGD. Este manteve-se fiel ao guião de que tudo o que estava mal era fruto dos últimos quatro anos, um guião que, percebemos agora, corresponde ao pensamento profundo de António Costa, ao que realmente sente o PS e está na massa do sangue dos socialistas: a banca é um terreno onde os governos devem intervir, tal como bancos amigos – como foi durante muitos anos o banco de Ricardo Salgado – devem ser salvos, custe isso o que custar aos contribuintes.
Mais: ao optar por uma gestão política confrontacional do dossier da Caixa, o Governo cortou deliberadamente as pontes para qualquer solução que pudesse ter um apoio mais alargado. Talvez o sinal mais claro do que estava para vir foi a intervenção, no início de Julho, de Mário Centeno na Comissão de Economia e Finanças da Assembleia quando falou de um “desvio de três mil milhões” na CGD. O tom da sua intervenção foi tão incendiário, a recusa a prestar esclarecimentos tão radical, que depressa o “desvio” se transformou em “buraco” e o alarme propagou-se como fogo numa pradaria ressequida, levando a que fossem recebidos no Banco de Portugal telefonemas alarmados de outros bancos centrais a perguntar o que se passava. Confrontado com a gravidade das suas declarações pela oposição, Centeno não teve pejo em dizer que se tratava de uma declaração “política”, sem perceber que estava a lidar com matéria explosiva.
É neste quadro que tudo o que tem a ver com a Caixa passa a ser tratado também pela oposição, e pelo PSD em particular, como arma de arremesso política, até porque a sucessão de inabilidades e disparates que acompanharam o processo de escolha e nomeação da nova administração lhe proporcionaram essa oportunidade.
Agora que António Domingues acabou por se demitir – e só tenho pena que tenha levado tanto tempo a perceber o cinismo e a duplicidade daqueles que o desafiaram para a CGD, tal como só lamento o grau de hipocrisia de quem sabia há muitos meses das condições colocadas pelo gestor (António Costa) e, mal percebeu que o tema era explosivo, tirou o corpo fora fingindo que nada era com ele –, é curioso ver lamentos sobre a “traição” do Bloco de Esquerda, como os de Paulo Trigo Pereira.
Na verdade as dificuldades agora existentes não deviam surpreender ninguém. A estratégia do Governo e de António Costa foi sempre a de ostracizar e demonizar a oposição, acreditando porventura que à sua esquerda não lhe levantariam problemas de maior. Devia ter percebido, logo em Dezembro do ano passado, com o Banif, que não seria assim. Aprendeu agora com a Caixa, e falta saber o que isso custará a nós todos.
Não deve de resto alimentar ilusões. A sombra tutelar do Bloco, Francisco Louçã, já veio dizer que nas decisões sobre a banca o Governo não deve contar com seguidismo, pois elas não estão abrangidas pelos compromissos da maioria, sendo necessários “novos acordos” não só relativos à CGD, como ao Novo Banco (que o Bloco quer nacionalizar) e ao chamado “banco mau”. Ou seja, anunciam-se novas divisões no bloco de apoio ao Governo no que respeita ao sistema financeiro, dossier que continua a ser um dos mais críticos da governação.
Será de resto curioso seguir os episódios dos próximos capítulos se se confirmar que é Paulo Macedo o escolhido para presidente da Caixa. Vão Catarina e Jerónimo aceitar de bom grado uma figura importante da anterior maioria, o ministro que acusaram quatro anos a fio de estar a destruir o Serviço Nacional de Saúde? E poderá Costa manter o seu registo confrontacional com PSD e CDS no dossier Caixa quando escolhe para a dirigir um ex-ministro da anterior maioria?
Já todos vimos porcos a andar de bicicleta e muito sapo a ser engolido, mas mais do que nos divertirmos com os futuros números deste circo em que estamos mergulhados, é bom tomarmos consciência de duas coisas, ambas centrais para avaliar o que se vier a passar neste processo. A primeira é que a reforma do sistema financeiro devia estar a ser feita na base de um grande consenso entre os partidos europeístas, e não com base nos equilibrismos necessários para manter o apoio de partidos (PCP e Bloco) que têm deste sistema uma visão em tudo oposta às regras europeias e ao funcionamento de uma economia de mercado. A segunda é que essa reforma está a ser dirigida por alguém que não foi capaz de esconder a sua nostalgia pelo tempo em que o banco de Ricardo Salgado medrava à custa de cumplicidades governamentais e fraudes internacionais.
Por mim, este é um quadro não dá para dormir descansado. Tal como uma andorinha não faz a primavera, dois homens competentes – António Domingues e Paulo Macedo – não garantem só por si que o ADN do sistema deixa de ser o que é. Como tudo o que se passou nos últimos meses tem vindo a demonstrar à exaustão.
Escusam de esfregar os olhos para ver que aquilo que leram foi mesmo o que António Costa disse: não só foi, como não o desmentiu nem corrigiu (e recomendo que leiam o Fact Check que o Observador realizou logo nesse dia). Ou seja, num daqueles momentos raros em que deixou escapar o que realmente lhe vai no fundo do coração, o primeiro-ministro disse-nos que a destruição do BES não foi obra de Ricardo Salgado e da restante liderança do Grupo Espírito Santo, não decorreu de actos de gestão não apenas inconscientes como provavelmente criminosos e que estão por isso a ser alvo de investigação judicial. Não, nada disso: para António Costa foi Passos Coelho que destrui o BES. Como? Não explica. Mas o que sabemos é que Passos Coelho apenas teve uma intervenção decisiva nesse processo: no momento em que disse não a Ricardo Salgado quando este lhe pediu para pressionar a Caixa Geral de Depósitos a fazer um empréstimo de milhares de milhões ao GES – um empréstimo como aquele que levou para o fundo a Portugal Telecom.
Já o escrevi preto no branco e volto a repeti-lo: se Passos Coelho tivesse feito tudo mal nos seus quatro anos de governação, aquele “não” ao antigo “dono disto tudo” teria sido suficiente para eu lhe estar agradecido. Agora é altura de dizer, também preto no branco: aquela frase de António Costa é aterradora pelo que revela sobre os seus instintos como governante, e é também profundamente reveladora sobre o porquê de o processo da Caixa Geral de Depósitos estar submerso na trapalhada em que está.
Ter “salvo” o BES para este salvar o GES, pelo que sabemos hoje sobre o imenso buraco do Grupo Espírito Santo, teria sido fatal para a Caixa (como foi para a PT) e teria custado aos contribuintes uma quantidade indefinida de “BPN’s”. Ter “salvo” o BES teria representado também prosseguir com o tipo de interferências políticas que, ao longo de décadas mas com o seu apogeu nos anos de José Sócrates, fizeram com que a Caixa desse empréstimos ruinosos e, cúmulo dos cúmulos, perdesse centenas de milhões em empréstimos destinados a permitir um assalto ao poder num banco privado, o BCP, sob o alto patrocínio do “animal feroz”.
O que sabemos dos resultados da comissão de inquérito parlamentar ao caso BES (cujas conclusões o OS votou favoravelmente), o que já começámos a perceber da comissão de inquérito à Caixa Geral de Depósitos e aquilo que podemos ler em livros recentes e bem investigados como A Vida e Morte dos Nossos Bancos de Helena Garrido não permite senão uma leitura: nos anos que precederam o pedido de ajuda externa e a intervenção da troika bancários, empresários e políticos envolveram-se numa “grande farra de dívida” que teve o seu paroxismo nos tempos de negação da realidade de 2009, 2010 e 2011.
Mais: quando se negociou o resgate com a troika (e quem o negociou ainda foi um governo do PS, o de Sócrates) não se conseguiu um pacote financeiro que permitisse limpar definitivamente o nosso sistema financeiro (como bem se explica nesse mesmo livro, pp. 81 a 91). O resultado (pág. 98) foi que “o único modelo de abordagem do problema que ficou disponível foi o de ir limpando as perdas à medida que elas iam aparecendo”.
No que diz respeito à Caixa Geral de Depósitos, os últimos anos (como se pode ler a pp. 157 a 166) foram em boa parte ocupados a afastar o banco público da multiplicidade de negócios ruinosos para que fora empurrado por sucessivos governos, a resistir a pressões para entrar em novas megalomanias (por exemplo: a PT e Ricardo Salgado tentaram tudo para que a Caixa entrasse, enterrando mais umas centenas de milhões, no desastre da fusão com a brasileira OI, o que só não aconteceu porque a administração de então se opôs e Pedro Passos Coelho também disse não, pp. 157 a 159). No final o balanço de Helena Garrido é claro: “estes últimos anos da Caixa interromperam uma década e meia de captura do banco pelos interesses políticos dos governos que protegeram empresários e negócios numa lógica de poder”.
Esta análise é em tudo contraditória com o discurso político do actual Governo quando surgiu a necessidade de mobilizar mais de 4 mil milhões de dinheiro público para a CGD. Este manteve-se fiel ao guião de que tudo o que estava mal era fruto dos últimos quatro anos, um guião que, percebemos agora, corresponde ao pensamento profundo de António Costa, ao que realmente sente o PS e está na massa do sangue dos socialistas: a banca é um terreno onde os governos devem intervir, tal como bancos amigos – como foi durante muitos anos o banco de Ricardo Salgado – devem ser salvos, custe isso o que custar aos contribuintes.
Mais: ao optar por uma gestão política confrontacional do dossier da Caixa, o Governo cortou deliberadamente as pontes para qualquer solução que pudesse ter um apoio mais alargado. Talvez o sinal mais claro do que estava para vir foi a intervenção, no início de Julho, de Mário Centeno na Comissão de Economia e Finanças da Assembleia quando falou de um “desvio de três mil milhões” na CGD. O tom da sua intervenção foi tão incendiário, a recusa a prestar esclarecimentos tão radical, que depressa o “desvio” se transformou em “buraco” e o alarme propagou-se como fogo numa pradaria ressequida, levando a que fossem recebidos no Banco de Portugal telefonemas alarmados de outros bancos centrais a perguntar o que se passava. Confrontado com a gravidade das suas declarações pela oposição, Centeno não teve pejo em dizer que se tratava de uma declaração “política”, sem perceber que estava a lidar com matéria explosiva.
É neste quadro que tudo o que tem a ver com a Caixa passa a ser tratado também pela oposição, e pelo PSD em particular, como arma de arremesso política, até porque a sucessão de inabilidades e disparates que acompanharam o processo de escolha e nomeação da nova administração lhe proporcionaram essa oportunidade.
Agora que António Domingues acabou por se demitir – e só tenho pena que tenha levado tanto tempo a perceber o cinismo e a duplicidade daqueles que o desafiaram para a CGD, tal como só lamento o grau de hipocrisia de quem sabia há muitos meses das condições colocadas pelo gestor (António Costa) e, mal percebeu que o tema era explosivo, tirou o corpo fora fingindo que nada era com ele –, é curioso ver lamentos sobre a “traição” do Bloco de Esquerda, como os de Paulo Trigo Pereira.
Na verdade as dificuldades agora existentes não deviam surpreender ninguém. A estratégia do Governo e de António Costa foi sempre a de ostracizar e demonizar a oposição, acreditando porventura que à sua esquerda não lhe levantariam problemas de maior. Devia ter percebido, logo em Dezembro do ano passado, com o Banif, que não seria assim. Aprendeu agora com a Caixa, e falta saber o que isso custará a nós todos.
Não deve de resto alimentar ilusões. A sombra tutelar do Bloco, Francisco Louçã, já veio dizer que nas decisões sobre a banca o Governo não deve contar com seguidismo, pois elas não estão abrangidas pelos compromissos da maioria, sendo necessários “novos acordos” não só relativos à CGD, como ao Novo Banco (que o Bloco quer nacionalizar) e ao chamado “banco mau”. Ou seja, anunciam-se novas divisões no bloco de apoio ao Governo no que respeita ao sistema financeiro, dossier que continua a ser um dos mais críticos da governação.
Será de resto curioso seguir os episódios dos próximos capítulos se se confirmar que é Paulo Macedo o escolhido para presidente da Caixa. Vão Catarina e Jerónimo aceitar de bom grado uma figura importante da anterior maioria, o ministro que acusaram quatro anos a fio de estar a destruir o Serviço Nacional de Saúde? E poderá Costa manter o seu registo confrontacional com PSD e CDS no dossier Caixa quando escolhe para a dirigir um ex-ministro da anterior maioria?
Já todos vimos porcos a andar de bicicleta e muito sapo a ser engolido, mas mais do que nos divertirmos com os futuros números deste circo em que estamos mergulhados, é bom tomarmos consciência de duas coisas, ambas centrais para avaliar o que se vier a passar neste processo. A primeira é que a reforma do sistema financeiro devia estar a ser feita na base de um grande consenso entre os partidos europeístas, e não com base nos equilibrismos necessários para manter o apoio de partidos (PCP e Bloco) que têm deste sistema uma visão em tudo oposta às regras europeias e ao funcionamento de uma economia de mercado. A segunda é que essa reforma está a ser dirigida por alguém que não foi capaz de esconder a sua nostalgia pelo tempo em que o banco de Ricardo Salgado medrava à custa de cumplicidades governamentais e fraudes internacionais.
Por mim, este é um quadro não dá para dormir descansado. Tal como uma andorinha não faz a primavera, dois homens competentes – António Domingues e Paulo Macedo – não garantem só por si que o ADN do sistema deixa de ser o que é. Como tudo o que se passou nos últimos meses tem vindo a demonstrar à exaustão.
Mais opinião
Um ditador é um ditador. Ponto final, parágrafo
O balanço de quase 57 anos de castrismo é trágico. Inimigo das
liberdades, apenas ofereceu ao povo uma pobreza resignada. Por isso é
intolerável a duplicidade moral com que avalia o legado de Fidel.
Comentários
A Caixa e o Costa (mais o coitado do Ricardo Salgado)
Mais votados2
Todos34
QUANDO
ANTONIO COSTA ACUSA PASSOS COELHO DE DESTRUIR O BES....AGORA DIZ -SE
PRECISA DE TER LATA....COSTA PODIA ANTES TER DITO QUE O PS DE SOCRATES
E DE COSTA QUE FOI NR DOIS DE SOCRATES DESTRUI O PAIS ,LEVOU-O PARA A
BANCA ROTA,,,,..DEVIA ESTAR CALADO
a
verdade é que o que o António Costa fazia referência à modelo usado
pelo Passos Coelho, por muitos empréstimos toda a gente sabe que o
problema não iria ficar resolvido!!!
Bom racocinio!
É
por aqui sabido que gosto pouco de Passos Coelho mas, neste concreto
caso, fez o que tinha a fazer. A História irá registar as cumplicidades
havidas entre o governo do Socras e o BES. Talvez o Dr. Costa sinta uma
certa nostalgia disso mesmo. E se o BES ainda existisse o mais provável é
que o o PS não estaria com a dívida monstruosa que tem. E a respetiva
falência não fosse um facto mesmo ali ao virar da esquina. Pode ser só
isso que o Dr. Costa condena no Passos. Se assim fosse faria todo o
sentido!...
José
Manuel Fernandes, cada vez mais me convenço que só com a cobertura
incondicional do Presidente da República se pode fazer compromissos ilegais e
sair ileso, ao mesmo tempo que se fazem afirmações como esta do BES, para
responsabilizar Pedro Passos Coelho pela sua coragem em acabar com a
promiscuidade entre a Banca e os Políticos. Estou até convencido que tudo isto
é até do agrado do PR, por razões que a razão bem conhece.
Mais do que “pena” pelo tempo que demorou até “perceber
o cinismo e a duplicidade daqueles que o desafiaram para a CGD”, tenho muita
dificuldade em perceber como se pode acreditar em tal gente. Se for verdade que
Paulo Macedo aceitou o lugar, só posso concluir que a Caixa vai deixar de
responder ao Governo, para começar a responder ao BCE através do BdP, enquanto
o governo se ocupa de manter a ilusão de que continuamos a ter um Banco do
Estado.
De
quem era a responsabilidade da supervisão da banca durante o governo
PPC? Onde estava o dito Governo? Talvez a ver o DDT a fazer o que não
devia, mas cobardemente caladinhos!
A
libertação da CGD dos captores que sequestraram durante 25 anos ( ver
observador 2.3 mil milhões em risco) faz-se em 3 fases: 1. Derrotar a
privatização e aprovar a recapitalização 100% pública.
2. Período de transição com pessoal do sistema mas novas orientações.
3. Mais limpas para a netoiyage correr contra o vento da história..não resulta
Ainda
me lembro deste sujeito tecer rasgados elogios ao Salgado pela oposição
a Sócrates, considerando-o até como o catalisador para a queda deste.
Talvez por isso Coelho, com medo de traição, lhe tenha dado a nega que
não deu ao Banif. Mais, Coelho não quis meter-se com a banca, com o
sistema financeiro. O sonho, o objectivo era liberalizar: a
economia, os mercados, o trabalho, mais nada. Para ele no sistema
financeiro não se devia intervir, chegando ao ponto de praticamente
destruir a Caixa com o objectivo de a despachar baratinho e rapidamente.
O cronista era e é um fervoroso adepto da desdita. E
hipocritamente (ele escreve hipocritamente crónicas sobre a hipocrisia)
ataca o actual governo pela situação do sistema financeiro. É preciso
não ter vergonha na cara.
É um sabujo...lambe botas
o coelho tinha de arranjar a saída limpa....se mexesse na banca ....lá ia limpeza...tanta nodoa que nem tide, Omo, Nem Skip
e deixou uma borrada arrastar durante anos..
Decadente...então agora o Domingues já é bom e competente?
Os culpados disto tudo estão identificados, são dois e o seu acólito: poucochinho, catavento e mentes!
muito mente este Jmf..
paulo
Macedo vai ser avaliado pelo pcp como administrador da caixa . Como
ministro da saúde já foi avaliado e contestado a seu tempo e eu levou a
UEFA do governo em que era ministro. Podes tirar o cavalinho da chuva
que o pcp não vai contestar a nomeação do Paulo Macedo só por si. Quando
tu vais JMF já o PCP vem.
Já
vários posteiros deste jornal, entre os quais eu próprio, garantiram
que Costa fez um acordo com os banqueiros ao abrigo do qual ofereceu o
Banif de borla ao Santander e vai fazer os contribuintes pagarem o
resgate da Caixa.
Depois arranjará maneira
de não ser o sistema bancário a pagar os prejuizos da venda do Novo
Banco. Vão ser os contribuintes a aguentar com a penada, se o deixarem à
solta.
O sistema é o que é e o PS é o que
sempre foi. Um partido íntimo do capitalismo de compadrio. O seu papel
na política é semelhante ao da comunicação social esquerdista em
Portugal. Servem para dar uma cobertura de boas intenções ao capitalismo
de compadrio e à corrupção do aparelho de Estado.
Defendi
essas ideias há precisamente um ano, quando tentava entender o porquê
da oligarquia se ter juntado para afastar do poder o justo vencedor das
eleições, Passos Coelho!
Nem mais ...
O partido da bancarrota no seu melhor ...
Essa do banif sera para pagar a divida do PS!
Um dia iremos saber a verdade.
Este desgracado não dorme com medo que a recapitalizacao publica da caixa seja um sucesso.
Com o dinheiro dos contribuintes,
Eu tambem seria um successo.
e o BES vai ser com dinheiro de quem ?
o
que fez o governo inglês com o loyds ? não injectou dinheiro dos
contribuintes britânicos ? Não o nacionalizou e colocou lá o Horta e
Costa ? não fez com que o banco gerasse lucros para pagar o empréstimo
do estado ? E agora não o vai privatizar novamente sem perder um tostão
dos contribuintes ? O que vai acontecer ao novo banco ? quantos milhões
vão os contribuintes perder porque aquilo vai ser vendido por tuta e
meia ?
Sao duas realidades totalmente diferentes!
Os Britanicos tem uma economia Forte, em que o proprio estado e todo poderoso.
Eles resgataram 6 ou 7 bancos sem problemas e nos?
Nos declaramos falencia e ficamos presos por arames, enquanto eles ajustaram a economia à realidade e foi sempre a acelerar!
Nos estamos a recuperar de uma bancarrota, nao temos dinheiro para mandar cantar um cego.
E eles sempre tiveram taxas de desemprego baixas, com o numero record de pessoas empregadas que atingiu o auge em 2015,
Como ve nao da para comparar.
vamos arranjar-lhe umas massas para o amigo mostrar o que vale ? Diga quanto precisa, para quê?
Não
temos dinheiro para mandar cantar um cego ? quanto pagamos de juros ?
quanto custou o resgate aos bancos e vai custar ? não temos dinheiro?
todos os dias os fundos nos comprarm dívida a juros usurários , será
porque acham que não temos dinheiros? ó home eu sei que é natal , mas o
pai natal ?
100% de acordo....
Amigo felizmente nao preciso!
Guarde para si.
Parabens JMF.
È sempre um prazer ler os seus artigos, eles sao de uma inteligencia e lucidez fantasticas.
O chefe da geringonca enganou uns quantos, mas nunca me enganou a mim.
Eu nunca dei o beneficio da duvida a Costa,
Porque ele nao è uma pessoa de bem!
Se o fosse, teria feito o mea culpa sobre o governo de que fez parte. Mas ao inves atira as culpas a Passos.
E a populaca ululante salta e grita em apoio do chefe.
Sao os mesmos que desmentem que Portugal nao entrou em bancarrota, nao se passou nada!
Agora quando a factura chegar, ca estarao os mesmos para pagar pelos previligiados.
Quanto a mim so me resta transferir todo o meu guito para Espanha, e por tudo a salvo quanto antes.
Nao pagarei mais impostos em Portugal, para sustentar xuxas aldraboes, vindeirinhos e ladroes. Basta! !!
parabens?
Só confusões...e contradições este lambe botas elogiou até ao tutano
anos a fio o Ricardo Salgado e agora que o homem está em baixo há que
espezinhar..?
Esta enganado!
Isso foi quando o DDT queria levar a caixa ao fundo.
Nao ha confusoes.
Certo,certo ,seriam o Vara,o Galamba e a Mortágua,gente conhecedora dos "dossiers"
Excelente.
A nao perder as cenas dos próximos capítulos da novela:
CGD gerida 'á Costa'.
O país gerido à costa e à catavento!
e bem....apesar de ter de ser assim...cada vez menos felizmente.
e bem....mau para grupetes...
Mais votados2
Todos10
OH NICOLAU,
TEM JUIZO E PÕE-TE A PAU,
NÃO OLHES AS ALFACINHAS,
QUE AS PINTURAS FAZEM BELAS.
OH SRº MACEDO,
VENHA CÁ, NÃO TENHA MEDO.
QUE A "CAIXINHA" DOS SEGREDOS,
ESTÁ AQUI, Á SUA ESPERA.
Afinal
vemos um neoliberal que só tinha defeitos no governo de Passos Coelho, a
ter de vir resolver os problemas que a geringonça criou. As voltas que a
vida dá...
Foi a comissao europeia que bateu com o pe e disse que desta vez tinha de se alguem competente!
Mas os xuxas ja nao conseguem cumprir o requisito com alguem da laia deles.
Entao foram buscar um ex ministro do anterior governo,Caso algo corra mal podem culpar o Passos outra vez.
Desta vez nao vem ninguem das proprios fileiras, porque eles tem medo de nao encontrarem os certificados das licenciaturas. .
Pena
ser agora....Já deveria ter sido indicado há mais tempo e não teríamos a
vergonha de um ministro das finanças e seu secretário de estado a
fazerem LEI para a pessoa X!
As
voltas que a vida dá, ele (Dr Paulo Macedo) esteve sempre ali,
disponível e com provas dadas, parabéns ao atual governo por reconhecer,
desta forma e com a saída dos últimos quadros por falta de
qualificações, que não tem pessoas no aparelho com competência para
liderar o nosso país, é triste que queiram ser governo, comandar os
destinos de Portugal sem pessoas qualificadas para o fazer !
Uma excelente escolha.
A ironia é que seria a primeira escolha de Passos Coelho, não tenho dúvidas.
Quando a coisa fica de pantanas são sempre os mesmos a resolver.
"The man for all the reasons"...tenha cuidado P Macedo, o poder liquidou Thomas More.
Seja feliz...
Afinal o governo de Passos tinha ministros de grande mérito! Pouco a pouco vão regressar todos, até Passos!
No lugar do Paulo Macedo teria mandado o poucochinho à vida...
Porque é que o poucochinho não manda para lá o Galambinha juntamente com a Mortágua?
Se assim for, excelente notícia.