quinta-feira, 20 de novembro de 2014

Renamo exige partilha de efectivos na FIR e Guarda Fronteira


Moçambique: 




A 85ª ronda do diálogo político entre o Governo e a Renamo, que teve lugar última segunda-feira, em Maputo, terminou sem consenso quanto ao modelo de integração das forças residuais do maior partido da oposição em Moçambique nas Forças de Defesa e Segurança (FDS), no âmbito do acordo de cessação das hostilidades.

O chefe da delegação do Governo, José Pacheco, disse não se tratar de divergências entanto que tal, mas de problemas de interpretação dos dispositivos referentes à integração das forças residuais da Renamo.

Para uma integração correcta, o Governo continua a privilegiar a entrega de uma lista exaustiva dos militares da Renamo beneficiários deste processo, de acordo com a patente que cada um ostenta.

Sobre esta matéria, o chefe da delegação da Renamo no diálogo, Saimone Macuiane, disse que o seu partido exige que ao nível das FDS haja uma partilha de responsabilidades no comando, “o mesmo que dizer onde o comandante vem da parte do Governo, o vice deve vir da Renamo e vice-versa. O mesmo deve acontecer em relação à polícia”.

O País (mz)

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Na Zambézia, Moçambique, organizações religiosas juntam-se aos movimentos de solidariedade para com as vítimas das cheias que se encontram desde ano passado em centros de refugiados no distrito de Namacurra.

A época das chuvas aproxima-se a passos largos, mas ainda há muitas famílias, vítimas das cheias do ano passado, que continuam sem casa.

Na província da Zambézia, no centro de Moçambique, a organização humanitária religiosa Cáritas está preocupada com o estado de vulnerabilidade das vítimas. Por isso enviou ajuda para o centro de reassentamento de Ronda, no distrito de Namacurra, que alberga mais de 100 famílias.

A Cáritas deu redes mosquiteiras para travar o aumento do número de casos de malária. Segundo António Ramane, que é gestor de programas na organização, foi também disponibilizado material de construção para ajudar as famílias a erguerem suas próprias casas: "Estes bens que distribuímos no Forquia é um apoio que veio da Alemanha, que tem também contribuído com ajudas às comunidades carenciadas. Refiro-me a chapas de zinco, ferros, barrotes, ripas, pregos, etc."

Saúde também constitui preocupação

O gestor da Cáritas conta que a sua organização deu ainda outro tipo de apoio: "Entregámos também redes mosquiteiras de modo a tentarmos ver se podíamos minimizar a situação desta epidemia, que é a malária, que também tem assolado a população."

As tendas em que as vítimas das cheias vivem estão parcial ou totalmente destruídas. Ao entardecer, quando o vento sopra, há muitos mosquitos. Por isso, os beneficiários estão gratos pela oferta.

Um dos desalojados não esconde a satisfação: "Estou contente, porque as tendas que antes recebemos aquecem muito. Atualmente estamos a receber material de construção e isso é um grande benefício para nós."

Outro prevê momentos mais confortáveis: "Combater, por exemplo, a malária, eu e a minha família vamos nos sentir bem em casa."

Alvo da ajuda bem definido

António Ramane, da Cáritas, diz, no entanto, que só foram distribuídas redes mosquiteiras a algumas pessoas: mulheres grávidas, chefes de família e crianças órfãs.

O colaborador da Cáritas recorda a sitaução de penúria em que vivem os desalojados: "Estas famílias perderam os seus bens, as casas, machambas, utensilios domésticos. Praticamente ficaram sem nenhum bem, não têm a quem recorrer para questões de sobrevivência."

A partir de dezembro, o Instituto Nacional de Gestão de Calamidades, INGC, na província da Zambézia prevê a ocorrência de ciclones tropicais nas zonas costeiras. A situação deverá prolongar-se até abril de 2015.

Marcelino Mueia (Quelimane) – Deutsche Welle

terça-feira, 18 de Novembro de 2014

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