Tem sido tremendo o esforço do governo de Moçambique no campo da educação com massivos investimentos na área ,assim como o esforço de brigadas nacionais de alfabetização financiadas do governo, e organizações não governamentais, para levar a cabo campanhas de alfabetização de organizações , mas mesmo assim quase 48.1 por cento da população continua por alfabetizar.
A pobreza absoluta inerente à situação de subdesenvolvimento, é um desafio para os actores políticos, que acreditam na justiça social e económica, como permeiro de satisfação ao estado ideal.
É política rasteira e de um oportunismo barato, o recurso à etnicidade ,ao regionalismo, e ás assimetrias regionais, como ferramenta de combate político e ideológico, contra o governo central.Nesta fase de desenvolvimento as assimetrias regionais devem ser corrigidas, combater-se a exclusão social, e investir-se mais na construção de infraestruturas económicas.A ideologia apenas pode ser entendida se utilizada como utensílio, que nos amarra à terra , e que nos leva a extrair do melhor da convicção política de cada um, colocando-a ao serviço da Pátria Amada.Devemos fazer o uso do conjuntode idéias, pensamentos, doutrinas, ou de visões do mundo, e orientá-la a uma acção social e política, de acordo com os desafios do Moçambique actual.
Se evocarmos a ideologia em estado bruto, segundo a dicotomia direita esquerda,,dividimo-nos sem ao menos equacionar a necessidade de uma reconciliação apelativa na família nacional, de forma a que no curto espaço de tempo o espectro de pobreza e subdesenvolvimento sejam exorcizadas como lembranças do pesadelo indesejável colonial fascismo.
O primado da discussão deve ser a unidade nacional, a injustiça social e económica; a sustentabilidade da economia com a inclusão de todos os quadrantes da grande diversidade cultural, que nos identificam.Das localidades, passando pelo distritos, a provincias, os vectores da economia devem ser accionados, priorizando espaços desprotegidos com os jovens , as mulheres,idosos, crianças e pobres na linha da frente.
O cerne da discussão e o campo onde vive a maioria dos vulneráveis e esquecidos, local idealizado para projectos económicos de desenvolvimento, locais comunitários com participação do estado, esector privado.Ser pobre não é uma opção de vida.
A herança colonial foi a pobreza absoluta,mais de 98 por cento de analfabetismo, mas pior do que isso, a falta de dignidade e alguma mentalidade de cipaio e nholwenis,herdada e cimentada em alguns quadrantes, contudo, temos sabido recuperar essa falta de auto-estima que o colonialismo incutia no nacional.
A unidade nacional nao é uma utopia, é uma realidade tangível e que dada a sua natureza, esta encrostada no povo, por ser também palpável.Concordo com o senhor Dr.Lourenço do Rosário, quando este diz que a mesma deve ser reforçada com tónicos de reconciliação.Concordo tambem com a asserção referente aos défices de cultura de reconciliação, e o seu efeito antagónico capaz de levar-nos a um beco de ruptura sem saída.No entanto nada se obtém pelo caminho da ruptura e da destruição, mas do diálogo moderado, saudável e inteligente.Cumpre-nos lutar para eliminar o uso da etnicidade, para fins politicos, fazendo da premissa uma acção política permanente.Somos um povo orgulhoso de pertencer a uma Nação que é afinal uma família de 19 línguas nacionais, e 24 milhões de vozes.E quando ouço Afonso Dlhakama afirmar que vai falar aos seus correligionários sobre a fraude eleitoral, ou que em Janeiro vai formar um governo, retenho o cepticismo, quanto à mudança do paradigma recorrente a que nos habitou é mais uma chantagem do vasto reportório do nosso Kony, e desta para pressionar o parecer do Conselho Constitucional, e o governo a ceder na questão do dito governo de gestão, cuja proposta da Renamo ainda esta semana foi chumbada pelo parlamento nacional.
A democracia não é um governo de homens, mas um governo de regras, mas para o líder da Renamo é tarde para aprender.O partido Frelimo ganhou as eleições, e deve formar um governo e nada mais.
A democracia moçambicana deve resistir a pressões exteriores.Muitas democracias aparentemente consolidadas são melhores que a nossa apenas no papel, mas não faz delas superiores à moçambicana.Contudo acho embaraçoso para os nossos sentidos, que a contínua narrativa de rebeldia sem causa, nos seja servida de bandeja quando o que mais desejamos é a paz e o desenvolvimento.
Moçambique rumo ao progresso
Inácio Natividade
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Inácio Natividade
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