91% dos pilotos que responderam ao inquérito referem já terem cometido erros de pilotagem devido à fadiga.
Mais de metade dos pilotos portugueses admite ter adormecido involuntariamente em voo, indicou um inquérito realizado por investigadores apoiados pelo Instituto Nacional de Aviação Civil, que contou com as respostas de 456 profissionais.
De acordo com a coordenadora do inquérito, Cátia Reis, estas são situações que consistem em “micro-adormecimentos, em que os pilotos perdem a cognição, ‘desligam’ e o piloto que está ao lado pode ou não aperceber-se da situação”.
Da parte da direcção do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), Nuno Queiroz destaca que o fenómeno da fadiga dos pilotos está em cima da mesa numa altura em que está a ser discutida a uniformização da legislação europeia sobre horas de voo pela Agência Europeia de Segurança Aérea.
A ideia da uniformização é positiva na teoria, explica Nuno Queiroz, mas o que está a acontecer é que se “está a andar para trás”, uma vez que o proposto “vai permitir trabalharem-se mais horas e repousarem-se menos”.
De acordo com o inquérito, realizado em maio do ano passado e distribuído a 1.500 pilotos de linha aérea portugueses (com 31% de respostas), a prevalência de fadiga foi de 89%, com 53% dos participantes a responderem que já adormeceram sem querer durante um voo.
Ao mesmo tempo, 91% dos pilotos que responderam ao inquérito referem já terem cometido erros de pilotagem devido à fadiga.
“Estamos a falar de erros que podem não ser erros com grande impacto na segurança. Estão lá dois pilotos já por causa disso. Mas são erros que em junção com outros podem ser graves”, explicou Nuno Queiroz.
A situação dos adormecimentos “torna-se um fenómeno particularmente preocupante quando um piloto involuntariamente e sem combinar com o colega adormece”, o que leva o SPAC a considerar que a agência europeia “não está a fazer bem esse trabalho”, agravando o problema em vez de o mitigar.
Segundo Cátia Reis, para quem os resultados são os esperados por estarem em linha com outros estudos europeus, os pilotos de médio curso apresentam níveis de cansaço mais elevados do que os do longo curso, algo que é explicado por Nuno Queiroz através da pressão a que são sujeitos os profissionais pelo aumento da concorrência entre companhias.
“Os voos estão a sair cada vez mais cedo e a chegar cada vez mais tarde”, afirmou. E se não fossem os próprios horários dos aeroportos, que fecham três ou quatro ou cinco horas porque têm de cumprir com a parte nocturna em que os aviões não podem descolar, “o médio curso estaria a voar 24 horas por dia”, disse o elemento do SPAC.
Da parte da direcção do Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), Nuno Queiroz destaca que o fenómeno da fadiga dos pilotos está em cima da mesa numa altura em que está a ser discutida a uniformização da legislação europeia sobre horas de voo pela Agência Europeia de Segurança Aérea.
A ideia da uniformização é positiva na teoria, explica Nuno Queiroz, mas o que está a acontecer é que se “está a andar para trás”, uma vez que o proposto “vai permitir trabalharem-se mais horas e repousarem-se menos”.
De acordo com o inquérito, realizado em maio do ano passado e distribuído a 1.500 pilotos de linha aérea portugueses (com 31% de respostas), a prevalência de fadiga foi de 89%, com 53% dos participantes a responderem que já adormeceram sem querer durante um voo.
Ao mesmo tempo, 91% dos pilotos que responderam ao inquérito referem já terem cometido erros de pilotagem devido à fadiga.
“Estamos a falar de erros que podem não ser erros com grande impacto na segurança. Estão lá dois pilotos já por causa disso. Mas são erros que em junção com outros podem ser graves”, explicou Nuno Queiroz.
A situação dos adormecimentos “torna-se um fenómeno particularmente preocupante quando um piloto involuntariamente e sem combinar com o colega adormece”, o que leva o SPAC a considerar que a agência europeia “não está a fazer bem esse trabalho”, agravando o problema em vez de o mitigar.
Segundo Cátia Reis, para quem os resultados são os esperados por estarem em linha com outros estudos europeus, os pilotos de médio curso apresentam níveis de cansaço mais elevados do que os do longo curso, algo que é explicado por Nuno Queiroz através da pressão a que são sujeitos os profissionais pelo aumento da concorrência entre companhias.
“Os voos estão a sair cada vez mais cedo e a chegar cada vez mais tarde”, afirmou. E se não fossem os próprios horários dos aeroportos, que fecham três ou quatro ou cinco horas porque têm de cumprir com a parte nocturna em que os aviões não podem descolar, “o médio curso estaria a voar 24 horas por dia”, disse o elemento do SPAC.
Sem comentários:
Enviar um comentário