As memórias e os relatos de José Luís de Oliveira Cabaço sobre tempos
de lutas e construções em Moçambique são, sem dúvida, uma fonte de
conhecimento para quem busca entender o processo histórico moçambicano.
Ministro
dos Transportes e Comunicações e posteriormente Ministro da Informação
no governo de Samora Machel, José Luís Cabaço viveu ativamente os
períodos conturbados da História de seu país e, recentemente, defendeu,
na Universidade de São Paulo (USP), a tese de doutorado intitulada Moçambique: identidades, colonialismo e libertação, em que discute as ideologias e políticas identitárias do período colonial até a independência.
Por Avani Souza Silva, Érica Antunes Pereira, Flávia C.
Bandeca Biazetto e Flávia Merighi Valenciano
Revista Crioula —
O senhor, como sabemos, tem vivido parte de seu tempo no Brasil, mais
especificamente em São Paulo, e parte na maior cidade de Moçambique,
Maputo. O senhor diria que a vida em São Paulo e em Maputo, guardadas as
devidas proporções, mantém semelhanças inegáveis quanto à composição
dos ambientes sociais, ou seja, recebimento de migrantes de áreas mais
empobrecidas do país, desigualdades sociais, exploração da mão-de-obra
com baixos salários, trabalhos informais, serviços públicos deploráveis,
insensibilidade das classes mais bem posicionadas, preconceitos sociais
e raciais e uma infinidade de situações que se cristalizaram ao longo
de nossas respectivas histórias?
Leia aqui a entrevista completa Download JoseLuizCabaco entrevista 2007
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