Em Moçambique não se aplicam as pretensas 48 leis do poder, assim chamadas e publicadas por Robert Greene. Doravante, só política honesta, não maquiavélica, pode garantir a nossa longevidade no poder neste país.
É preciso voltar às bases e pedir desculpas ao povo, pelos erros cometidos aos longo dos anos, em vez de continuarmos arrogantes, hipócritas e mentirosos desenvergonhados, confiando no poder que fortuna ilicitamente acumulada parece que nos confere. Tal poder é falso e uma nova revolução para o desmontar está a despontar.
Não é mentira dizer-se que, por causa da sua própria ganância, os líderes que sucederam a Samora Machel desvirtuaram o ideal iriginal da FRELIMO, transformando este partido político de massas num cartel de outros gananciosos, mentirosos, nepotistas e ignorantes arrogantes.
Nas nossas hoste apregoamos a crítica e auto-crítica como um valor que o militante da FRELIMO deve inculcar em si e nos outros militantes. Porém, o que sucede é que, com tanto ganancioso e tanto mentiroso ignorante e arrogante, praticar a crítica e auto-crítica tornou-se impossível. A crítica passou a ser vista como inveja e a auto-critica como auto-flagelação. Resultado: na FRELIMO ninguém critica ninguém e ninguém se auto-repreende; tipo todos são bons e ninguém comete erros.
É por causa disto que, hoje, a FRELIMO está progressivamente a ser vista como insensível para com os problemas do povo. Os dirigentes da FRELIMO são vistos como simplesmente estando MUITO ocupados com a acumulação de riqueza pessoal de forma ilícita, aproveitando-se das posições que ocupam no aparelho do Estado e do seu partido. Verdadeiras ou não, estas percepções estão progressivamente a generalizarem-se e a criarem um sentimento de ódio silencioso do povo moçambicano pela FRELIMO. É assim que progressivamente há cada vez menos pessoas que, sendo militantes da FRELIMO, já temem identificar-se como tal em lugares públicos, pois suspeitam que podem ser vaiados, e até linchados.
Claramente, para nós que vivemos no seio do povo, a imagem da FRELIMO está em progressiva degradação. Há uma tensão popular sensível e crescente, mas silenciosa, contra a FRELIMO. Mas quem não convive com povo não se apercebe disto, e se ilude com as "multidões" dos comícios populares e showmícios de propaganda políticaca.
Os órgãos da FRELIMO devem orientar os seus militantes para abandonarem o elitismo, a intolerância política, o nepotismo, a ganância e a arrogância. Ser da FRELIMO não deve ser condição para se ter mais privilégios que os demais cudadãos moçambicanos. Ser da FRELIMO deve apenas ser uma opção livre, que não dá outros privilégios excepto o de ser militante deste partido político histórico moçambicano. Foi um erro crasso o Estado moçambicano privilegiar os militantes da FRELIMO, mormente os veteranos, na atribuição de licenças de exploração dos recursos naturais. Foi esta prática que fez com que a FRELIMO ficasse infestada por ganaciosos, oportunistas e ignorantes arrogantes.
É preciso corrigir isto, orientando o Governo e a Bancada Parlamentar da FRELIMO na Assembleia da República para que sejam intolerantes à arrogância e corrupção. É preciso incutir e lembrar sempre aos servidores públicos, que a FRELIMO está no poder para servir o povo moçambicano, e não para se servir desta povo. É preciso dar liberdade aos órgãos da administração da justiça e demais órgãos de soberania do Estado moçambicano, para que funcionem guiados só pela Constituição e pela lei, e não pelos Estatutos da FRELIMO. Os órgãos da FRELIMO, mormente a Comissão Política, devem parar de emitir comunicados lacónicos, que nada dizem sobre a situação política, económica e social do país. O povo quer comunicados que não só enaltecem o que está sendo bem feito, mas também apontam o que não está sendo bem feito e as medidas a tomar para a devida correção. Os órgãos da FRELIMO devem denunciar publicamente os comportamentos desviantes dos seus militantes em serviço no Estado e instar o Estado a aplicar a lei, sem prejuízo do procedimento disciplinar interno. Só assim a FRELIMO reabilitará a sua imagem e reconquistará os corações dos moçambicanos ora desiludidos com este partido político histórico na génese da nacionalidade moçambicana.
Enfim, eu sou inequivocamente um militante da FRELIMO. É a minha militância na FRELOMO que permite ver os problemas que enfrentamos como psrtido político da maneira que os vejos. Não seremos elegíveis para continuarmos a governar Moçambique, se os nossos órgãos continuaremo maquiavélico, mentirosos, hipócritas e arrogantes. Vamos lá encarar os nossos pecados e confessá-los diante do povo. Vamos lá assumir os nossos erros, para que possamos corrigir. Hoje, já não cola evocar os conflitos internos e externos como a única causa do nosso lento desenvolvimento económico e social, mesmo sendo uma verdade. É verdade também que os erros que cometemos na definição e implementação de políticas públicas sectorias e a nossa relutância em ouvir a crítica e aprender dela, propiciam os conflitos internos que minam a unidade nacional e a integridade territorial do nosso país, e atrasam o progresso da nossa Nação.
Disse o essencial.
Palavra d'honra!
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PS: Ainda não fiz a mjnha leitura de prova.... Peço e agrdeço que me sejam apontados os erros..., mas lá no meu "inbox"....!
Quem não é quem sem quem....?
Alguém alguma vez disse:
"Nyusi não é ninguém, sem a FRELIMO."
Mas agora começa a ficar bem claro que o contrário é que é o caso:
Nos próximos pleitos eleitorais, a FRELIMO não será ninguém sem Nysui.
Orquestrar um acidente contra o Nyusi agora, como equacionam alguns fanáticos da imoralidade em que FRELIMO está entalada, só poderia piorar a nossa (nós da FRELIMO) rejeição pelo povo e propiciar uma expropriação violenta aos camaradas que se enriqueceram ilicitamente.
Vamos lá colaborar com os esforços do Presidente Nyusi na busca da paz efectiva para Moçambique, DESDE QUE NÃO SEJA A QUALQUER PREÇO!
Vamos lá parar com a arrogância política, a incúria, a mentira, o nepotismo e a corrupção!
Vamos lá pedir desculpas honestas ao povo, pelos nossos erros!
É nestes actos de coragem e responsabilidade que reside a nossa boa sorte, doravante.
Eu avisei.
Palavra d'honra!
2 comentários:
Força ilustre
O texto está bem escrito. Mas algusns aspetos por esclarecer.
O Samora machel não foi o melhor, foi o pior e o responsável de toda a distruição de moçambique.
Vejamos.foi Samora quem matou Filipe Samuel Magaia, matou Lasaro Kavandame, Matou O Padre Guengere, matou Urias simango e a esposa, a Celina, exterminou os membros do parttido Coremo.E excorraçou todos os portugueses logo depois da dita independência.O que as Nações Unidas encararam como uma guerra contra a Umanidade, e por isso foi decretado boicote economico contra Moçambique, entre 1976 a 1986. Ele proprio fez-se presidente não eleito.Estava a empurrar o povo muçambicano para aldeias comunais a viverem sem direito a propriedade, a ter que receber refeições numa bicha para cumer em casa como de crianças se tratassem. samora, como muitos da Frelimo, não era inteletual, era um enfermeiro basico.
Não tinha capacidade de previsão, muito nenos capacidade de dirigir um país.
No primeiro Congresso, tinha sido acordado que a frelimo devia ser uma Frente e não um partido e devia deixar de existir logo depois da Independência para os seus bembros formarem partidos para concorrerem nas eleiçoes gerais.POR ISSO NÃO HAVIA NA FRELIMO QUEM TINHA A LEGITIMIDADE DE TRANSFORMAR A FRELIMO NUM PARTIDO E CONSTITUIR UM ESTADO MONOPARTIDÁRIO.
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