Um exemplo vindo da OMM da África do Sul
Na África do Sul há um debate interessante sobre a violência baseada no género. Duas mulheres foram assassinadas na última semana e isto gerou uma onda de indignação, até algumas universidades estão em greve.
O interessante de tudo isto é que a OMM da África do Sul, a Liga Feminina do ANC se posicionou. Convocou uma conferência de imprensa muito concorrida e exigiu do governo medidas, até chegaram a acusar o governo de não adoptar ...medidas que protejam as mulheres e combatam a violência.
Na África do Sul há um debate interessante sobre a violência baseada no género. Duas mulheres foram assassinadas na última semana e isto gerou uma onda de indignação, até algumas universidades estão em greve.
O interessante de tudo isto é que a OMM da África do Sul, a Liga Feminina do ANC se posicionou. Convocou uma conferência de imprensa muito concorrida e exigiu do governo medidas, até chegaram a acusar o governo de não adoptar ...medidas que protejam as mulheres e combatam a violência.
O ponto mais alto da conferência de imprensa foi quando elas exigiram a castração química dos violadores sexuais e apelaram as mulheres a observarem um dia de greve, em silêncio: ficar em casa, não sair, sequer para trabalhar.
Fiquei maravilhada com a coragem e determinação daquelas mulheres e lembrei-me da nossa OMM que não conseguiu sequer se manifestar contra a forma como a polícia respondeu à manifestação pacífica realizada semana passada em Lichinga, em repúdio às mortes de mulheres durante o parto, algumas morreram com os seus bebês, registadas na última semana num total de 11. A OMM nem uma palavra proferiu em relação a evidência clara e preocupante da mortalidade materno-infantil.
As estatísticas são assustadoras, mas isso não indigna à nossa OMM. Outro dia uma deputada, membro da OMM sugeriu que a violação sexual e múltipla, ou seja por muitos homens e bem fortes, é uma forma de correcção do que ela julga ser desvio comportamental. E as mulheres na Assembléia da República e até da OMM mantiveram-se silenciosas como se concordasse com a abordagem.
Quisera eu ter na OMM as mulheres da liga Feminina do ANC, que não se calam, não são coniventes com a violência baseada no género e não disseminam mensagem de ódio e violência contra outras mulheres.
Emancipação da mulher não é só ser chamada para integrar os espaços, dançar para os chefes quando visitam uma província ou durante um evento, mas sobretudo lutar e defender uma agenda clara e justa de avanço e protecção da mulher. A Emancipação da mulher impõe, sobretudo, sororidade, solidariedade perante o sofrimento das mulheres, independentemente de quem seja essa mulher.
FM
Ver maisFiquei maravilhada com a coragem e determinação daquelas mulheres e lembrei-me da nossa OMM que não conseguiu sequer se manifestar contra a forma como a polícia respondeu à manifestação pacífica realizada semana passada em Lichinga, em repúdio às mortes de mulheres durante o parto, algumas morreram com os seus bebês, registadas na última semana num total de 11. A OMM nem uma palavra proferiu em relação a evidência clara e preocupante da mortalidade materno-infantil.
As estatísticas são assustadoras, mas isso não indigna à nossa OMM. Outro dia uma deputada, membro da OMM sugeriu que a violação sexual e múltipla, ou seja por muitos homens e bem fortes, é uma forma de correcção do que ela julga ser desvio comportamental. E as mulheres na Assembléia da República e até da OMM mantiveram-se silenciosas como se concordasse com a abordagem.
Quisera eu ter na OMM as mulheres da liga Feminina do ANC, que não se calam, não são coniventes com a violência baseada no género e não disseminam mensagem de ódio e violência contra outras mulheres.
Emancipação da mulher não é só ser chamada para integrar os espaços, dançar para os chefes quando visitam uma província ou durante um evento, mas sobretudo lutar e defender uma agenda clara e justa de avanço e protecção da mulher. A Emancipação da mulher impõe, sobretudo, sororidade, solidariedade perante o sofrimento das mulheres, independentemente de quem seja essa mulher.
FM
Definitivamente, alguém tem de pôr guiso ao gato. Cyril Ramaphosa foi o grande instigador desse ódio pelos estrangeiros e diga-se, africanos, para se desresponsabilizar da sua incapacidade de implementar políticas públicas inclusivas, da centralização da riqueza num grupo muito pequeno, do qual ele mesmo faz parte.
Shame! Nós que estamos a ser expulsos e mortos da África do Sul temos estado a consentir sacrifícios para aquele país estar no nível em que está. Particularmente..., Moçambique sofreu ataques porque estava a ajudar na luta contra o apartheid.
Shame! Nós que estamos a ser expulsos e mortos da África do Sul temos estado a consentir sacrifícios para aquele país estar no nível em que está. Particularmente..., Moçambique sofreu ataques porque estava a ajudar na luta contra o apartheid.
Nós somos donos da HCB, mas grande parte da energia que produzimos vai para África do Sul e ficamos sem quase nada. O nosso gás de Pande-Temane vai a preço de banana para a África do Sul e ganhamos quase nada em termos de receitas. Mas não vamos à embaixada, nem à empresa Sasol fazer escaramuça, porque estes assuntos dizem respeito à nós e o nosso governo que negociou mal os nossos recursos.
Os sul-africanos precisam aprender a demandar os seus governos, a responsabilizá-lo e não a atacar o elo mais fraco, porque isso é cobardia.
Quem responsabiliza o Cyril, o vice-ministro da justiça e todos os outros dirigentes que acham que os estrangeiros são os culpados pelos problemas dos sul-africanos e merecem ser atacados???
Onde está a SADC? Por onde anda a UA? O silêncio destas entidade é ensurdecedor. Ou eles concordam com o que está a acontecer na África do Sul?
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Quem responsabiliza o Cyril, o vice-ministro da justiça e todos os outros dirigentes que acham que os estrangeiros são os culpados pelos problemas dos sul-africanos e merecem ser atacados???
Onde está a SADC? Por onde anda a UA? O silêncio destas entidade é ensurdecedor. Ou eles concordam com o que está a acontecer na África do Sul?
Liderança!
Que país você quer?
A escolha é individual, mas as consequências são colectivas.
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A escolha é individual, mas as consequências são colectivas.
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