Homens armados mataram três pessoas e queimaram cem casas numa aldeia da província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, no domingo, anunciaram hoje observadores no local.
Militares num dos postos de controlo criados na província de Cabo Delgado, na sequência de ataques a povoações isoladas da região, António Silva/Lusa
O ataque aconteceu na aldeia de Minhanha, distrito de Meluco, segundo foi divulgado pela rede de observadores eleitorais do Centro de Integridade Pública (CIP), organização não-governamental (ONG) moçambicana.
A rede está a fazer a observação do processo de recenseamento eleitoral que decorre desde abril e até 30 de maio, com vista às eleições gerais (presidenciais, legislativas e provinciais) de 15 de outubro.
Além dos crimes cometidos e do rasto de destruição, cinco dos 38 postos de recenseamento do distrito de Meluco estão hoje paralisados devido aos ataques.
De acordo com os mesmos observadores, este foi o quarto ataque registado nos últimos quatro dias.
O primeiro aconteceu em Nacate, distrito de Macomia, na sexta-feira, com material de registo de eleitores vandalizado, mas sem vítimas no posto de recenseamento, dado que "os brigadistas já haviam fugido depois de ouvir disparos", descreveu o CIP nas redes sociais na Internet.
No entanto, os observadores dão conta de que houve seis homicídios na aldeia e várias casas queimadas.
Os observadores do CIP relatam ainda ter havido ataques às aldeias de Ntapuala e Banga Velha, com morte de quatro pessoas: um professor abatido enquanto conduzia uma mota e outras três queimadas dentro de casa.
Fontes ligadas à assistência humanitária no distrito de Macomia - após a passagem do ciclone Kenneth, em abril - tinham confirmado à Lusa, durante o fim-de-semana, quatro das mortes relatadas.
Desde outubro de 2017, os ataques de grupos armados não identificados com origem em mesquitas já provocaram, pelo menos, 150 mortos em Cabo Delgado.
Militares num dos postos de controlo criados na província de Cabo Delgado, na sequência de ataques a povoações isoladas da região, António Silva/Lusa
O ataque aconteceu na aldeia de Minhanha, distrito de Meluco, segundo foi divulgado pela rede de observadores eleitorais do Centro de Integridade Pública (CIP), organização não-governamental (ONG) moçambicana.
A rede está a fazer a observação do processo de recenseamento eleitoral que decorre desde abril e até 30 de maio, com vista às eleições gerais (presidenciais, legislativas e provinciais) de 15 de outubro.
Além dos crimes cometidos e do rasto de destruição, cinco dos 38 postos de recenseamento do distrito de Meluco estão hoje paralisados devido aos ataques.
De acordo com os mesmos observadores, este foi o quarto ataque registado nos últimos quatro dias.
O primeiro aconteceu em Nacate, distrito de Macomia, na sexta-feira, com material de registo de eleitores vandalizado, mas sem vítimas no posto de recenseamento, dado que "os brigadistas já haviam fugido depois de ouvir disparos", descreveu o CIP nas redes sociais na Internet.
No entanto, os observadores dão conta de que houve seis homicídios na aldeia e várias casas queimadas.
Os observadores do CIP relatam ainda ter havido ataques às aldeias de Ntapuala e Banga Velha, com morte de quatro pessoas: um professor abatido enquanto conduzia uma mota e outras três queimadas dentro de casa.
Fontes ligadas à assistência humanitária no distrito de Macomia - após a passagem do ciclone Kenneth, em abril - tinham confirmado à Lusa, durante o fim-de-semana, quatro das mortes relatadas.
Desde outubro de 2017, os ataques de grupos armados não identificados com origem em mesquitas já provocaram, pelo menos, 150 mortos em Cabo Delgado.
Atualmente, centenas de pessoas fazem parte das equipas de ajuda humanitária que estão no terreno naquela província depois da passagem, a 25 e 26 de abril, do ciclone Kenneth - o primeiro a atingir o Norte de Moçambique, desde que há registos e que foi classificado com um grau de destruição de categoria quatro (numa escala de um a cinco, do mais fraco ao mais forte).
A tempestade matou 43 pessoas e afetou cerca de 250.000 pessoas, segundo o mais recente levantamento provisório das autoridades.
Os ataques armados levaram os responsáveis pelas operações de assistência humanitária a avaliarem, durante o fim-de-semana, a situação na zona atacada - uma das que recebe apoio - e a distribuição de ajuda continua.
No total, o PAM já forneceu assistência alimentar a quase 50.000 pessoas em Cabo Delgado desde que o ciclone Kenneth atingiu a província, disse hoje à Lusa fonte da agência.
Moçambique foi pela primeira vez atingido por dois ciclones na mesma época chuvosa (de novembro a abril), depois de em março o ciclone Idai, de categoria três, ter atingido o centro de Moçambique, onde provocou 603 mortos.
LUSA – 06.05.2019
os ataques de grupos armados não identificados
com origem em mesquitas
já provocaram, pelo menos, 150 mortos em Cabo Delgado.""
Estou a pedir ajuda.
Muito obrigado.
Na luta do povo ninguém cansa.
FUNGULANI MASSO
A LUTA É CONTÍNUA