REUTERS/BAZ RATNER
Shukri Abdullahi, de 30 anos, foi acusada por vizinhos de ser adulterada. A região luta por impôr uma interpretação dura da lei islamica na sociedade.
Uma mulher foi apedrejada até a morte, esta quarta-feira, na Somália, depois de ter sido acusada por várias pessoas, de ter muitos maridos.
Quem a acusou foram os moradores da cidade de Sablale, na região de Lower Shabelle, que se reuniram para testemunhar o apedrejamento da mulher, Shukri Abdullahi, de 30 anos, que alegadamente tinha 11 maridos.
"Shukri Abdullahi e nove maridos, incluindo seu marido legal, foram levados à corte, cada um dizendo que ela era sua esposa", disse à Reuters Mohamed Abu Usama, governador do al Shabaab para a região de Lower Shabelle.
Al Shabaab luta para impor a sua própria interpretação da lei islâmica na Somália. Uma interpretação dura que implica punições brutais e cujos tribunais, criados pelos militantes, não permitem representação legal ou recursos.
O apedrejamento de suspeitos adúlteros é um desses castigos. O acusado é enterrado até ao pescoço e depois morto por pedras atiradas pela multidão.
De acordo com a lei islâmica, a poliandria - união que ligada uma mulher a mais de um marido - é ilegal. Porém, os homens podem ter até quatro casamentos.
Os divórcios são permitidos, mas enquanto um homem pode separar-se da mulher facilmente, as mulheres devem ter o consentimento dos maridos.
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