quarta-feira, 9 de maio de 2018

Morreu horas depois de ser 'gozada' por operadora de linha de emergência

Veículo parisiense de serviços de emergência
Naomi Musenga, de 22 anos, ligou a pedir ajuda, mas não conseguiu dar muitos detalhes. Viria a morrer da falência de vários órgãos e hemorragias
A morte de uma mulher de 22 anos horas depois de ter ligado para os serviços de emergência está a causar revolta e polémica em França. Naomi Musenga telefonou para a linha de emergência de Estrasburgo queixando-se de dores abdominais. "Vou morrer", disse. "Definitivamente vai, como toda a gente um dia", responderam-lhe do outro lado da linha.
Numa gravação de três minutos ouve-se a mulher, com voz fraca, de acordo com a BBC, a queixar-se, mas com dificuldades em explicar de forma mais concreta o que se passa. "Se não me disser o que se passa eu desligo", ouve a jovem mãe, de uma voz com um tom mais irritado. Na mesma gravação ouve-se quem atendeu o telefonema a "gozar" com a mulher juntamente com outro colega, explica o ​​​​​​Le Monde.
É então sugerido à jovem que telefone a outro serviço - o SOS Médecins - que envia médicos a casa. Naomi Museng fê-lo e, cinco horas depois, foi levada ao hospital.
Acabaria por morrer devido à falência de vários órgãos e hemorragias, na sequência de um ataque cardíaco.
A situação já levou à abertura de uma investigação, a pedido do ministra da Saúde francesa.
O caso remonta a dezembro, mas só agora veio a público depois de a gravação ter sido obtida pela família da vítima e ter sido divulgada por um site de informação local. A operadora em questão já foi suspensa, de acordo com a televisão francesa BFMTV.
A ministra da saúde francesa, Agnès Buzyn, reagiu com indignação ao caso e prometeu que a família vai receber "toda a informação".

Sem comentários: