Tudo começa quando uma jovem de aparentemente 21 anos de idade encomendou um hamburgers à vendedeira Tânia que minutos depois viria a dizer que não tinha dinheiro “cash” para pagar e pediu a referida cozinheira que a acompanhasse para o ATM para o levantamento do montante.
Segundo explicações da vendeira, a “miúda” levou quase uma hora no interior do banco o que de certa forma criou um certo desconforto a Tânia, uma vez que teve que parar o seu trabalho para atender a filha da psicóloga.
A referida miúda queixou-se à sua mãe alegando que a vendedeira tinha a maltratada o que levou a progenitora a exigir explicações sobre o sucedido, mas com um ar de agressividade, o que levou muitas pessoas a solidarizar-se com a Tânia.
Durante o programa “Big Box Show” (17) o apresentador Emerson Miranda, entrou em contacto com a dona “Isa” para saber da Versão dela.Veja Video abaixo
Vale a pena pagar o mal pelo mal?!
Em que estou a pensar?...
Bem... já vi muito da onda de "solidariedade" para com a Tânia, a jovem senhora trabalhadora do 'take away' "Tchova Food", que foi agredida por uma outra senhora, esta supostamente uma psicóloga apologista da não-violência.
Tenho que concordar com as pessoas que dizem que, longe de visar confortar a Tânia, a "ofendida", a campanha de "solidariedade" de que esta mulher está sendo alvo visa fazer precisamente o que pretensamente se condena, nomeadamente humilhar a dita psicóloga, a ofensora. Tratar-se, no fundo, de uma falsa solidariedade (daí o uso de "..."); é uma campanha para mostrar à dita psicóloga que ela é ninguém, é nada. Por outras palavras, trata-se de uma campanha de violência psicológica contra a tal psicóloga; e a senhora Tânia, presumo que inocentemente, está a deixar-se usar para a prática dessa violência contra a sua agressora.
Outrossim, trata-se da exploração de um acto de violência praticado contra a pobre Tânia, em praça pública, para fins egoístas...
É caso para perguntar: vale a pena pagar o mal pelo mal, e pior, usando a vítima? Ou é correcto usar vítimas da violência para a prática de violência ou para a promoção de interesses particulares ou de grupos? Não bastava confortar a Tânia, a vítima, com palavras e em privado? Enfim, o que é que se pensa que esta campanha de solidariedade para com a Tânia ensina a quem?
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Ps: Reflexão inspirada num 'post' recente do meu amigo Juma Aiuba.
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