UNITA exige pedido de desculpa de João Lourenço
Oposição angolana critica declarações do candidato à
presidência do país. João Lourenço falou, em Maputo, das tentativas dos
“malandros” da oposição para derrubar governos do MPLA, em Angola, e da
FRELIMO, em Moçambique.
As declarações de João Lourenço foram feitas em Moçambique, durante
uma visita ao país (19.03). O candidato pelo Movimento Popular de
Libertação de Angola (MPLA) às eleições deste ano em Angola, citado pela
imprensa de Maputo, referiu-se às tentativas para derrubar os governos
do MPLA e da Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) pelos
"malandros” da oposição.
"A força está na nossa unidade. Se não formos unidos, os malandros vão-nos vencer. Os malandros estão unidos. Quer os de dentro, quer os de fora, estão unidos e não dormem. Andam todos os dias a pensar na forma como derrubar a FRELIMO e na forma de derrubar o MLPA”, afirmou João Lourenço.
"Discurso infeliz”, diz UNITA
As declarações do ainda ministro da Defesa de Angola, levaram a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) a considerar que o candidato do MPLA às eleições gerais, não está à altura para dirigir os destinos de Angola e dos angolanos.
À DW África, o porta-voz do partido do Galo Negro, Alcides Sakala, afirma que, se o MPLA não "controlar” o seu candidato, este poderá pôr em causa os esforços do processo de paz e da reconciliação nacional.
"É um discurso infeliz de alguém que não entendeu ainda muito bem qual é o alcance do processo ou dos processos democráticos. Condenamos nos termos mais enérgicos esta tomada de posição do MPLA, porque entendemos que o cabeça de lista do MPLA fala em nome do seu partido. É nesta perspetiva que a UNITA condena. E que no fundo também é um incitamento aos atos de intolerância política.”
CASA-CE: "Malandrecos são quase o ar que ele próprio respira”
A Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), a terceira força parlamentar do país, liderado por Abel Chivukuvuku, na voz do seu vice-presidente, também condenou as palavras do candidato do MPLA à presidência de Angola.
Lindo Bernardo Tito considera que João Lourenço está a dormir à sombra do monopartidarismo.
"Ele esqueceu-se, claramente, que no seu próprio partido e no Executivo de que faz parte, enquanto ministro da Defesa, existem muitos malandros. Ele não invocou os malandros que fizeram falir o BESA . Ele não evocou os malandros que foram denunciados pela SIC. Ele não evocou os malandros que ficam com o dinheiro de estradas mal feitas. Era só o senhor João Lourenço ver que os malandros, os malandrões e os malandrecos são quase o ar que ele próprio respira”, afirma.
Exigência de um pedido de desculpa
Face
às declarações de João Lourenço, o porta-voz do principal partido na
oposição, Alcides Sakala, considera que “devia mesmo pedir desculpa à
nação angolana”.
“Angola precisa de um discurso mais tranquilizador. Um discurso reconciliador. Um discurso que nos permita trabalhar todos juntos para o aprofundamento da democracia em Angola”, afirma.
"A força está na nossa unidade. Se não formos unidos, os malandros vão-nos vencer. Os malandros estão unidos. Quer os de dentro, quer os de fora, estão unidos e não dormem. Andam todos os dias a pensar na forma como derrubar a FRELIMO e na forma de derrubar o MLPA”, afirmou João Lourenço.
"Discurso infeliz”, diz UNITA
As declarações do ainda ministro da Defesa de Angola, levaram a União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) a considerar que o candidato do MPLA às eleições gerais, não está à altura para dirigir os destinos de Angola e dos angolanos.
À DW África, o porta-voz do partido do Galo Negro, Alcides Sakala, afirma que, se o MPLA não "controlar” o seu candidato, este poderá pôr em causa os esforços do processo de paz e da reconciliação nacional.
"É um discurso infeliz de alguém que não entendeu ainda muito bem qual é o alcance do processo ou dos processos democráticos. Condenamos nos termos mais enérgicos esta tomada de posição do MPLA, porque entendemos que o cabeça de lista do MPLA fala em nome do seu partido. É nesta perspetiva que a UNITA condena. E que no fundo também é um incitamento aos atos de intolerância política.”
CASA-CE: "Malandrecos são quase o ar que ele próprio respira”
A Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral (CASA-CE), a terceira força parlamentar do país, liderado por Abel Chivukuvuku, na voz do seu vice-presidente, também condenou as palavras do candidato do MPLA à presidência de Angola.
Lindo Bernardo Tito considera que João Lourenço está a dormir à sombra do monopartidarismo.
"Ele esqueceu-se, claramente, que no seu próprio partido e no Executivo de que faz parte, enquanto ministro da Defesa, existem muitos malandros. Ele não invocou os malandros que fizeram falir o BESA . Ele não evocou os malandros que foram denunciados pela SIC. Ele não evocou os malandros que ficam com o dinheiro de estradas mal feitas. Era só o senhor João Lourenço ver que os malandros, os malandrões e os malandrecos são quase o ar que ele próprio respira”, afirma.
Exigência de um pedido de desculpa
“Angola precisa de um discurso mais tranquilizador. Um discurso reconciliador. Um discurso que nos permita trabalhar todos juntos para o aprofundamento da democracia em Angola”, afirma.
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- Data 23.03.2017
- Autoria Nelson Sul d'Angola (Luanda)
- Assuntos relacionados Angola, Armando Guebuza, Direitos Humanos em Angola, Direitos Humanos em Moçambique, Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), Moçambique, Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) , União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA), Paz em Angola, Paz em Moçambique
- Palavras-chave UNITA, João Lourenço, FRELIMO, oposição, CASA-CE, eleições, Angola, Moçambique, 2017, candidato, cabeça de lista, malandros, Alcides Sakala, paz, reconciliação nacional
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