quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Um dos nazis mais procurados morreu em 2001 e aconselhou a família Assad


Brunner foi acusado pela morte de mais de 128 mil judeus. Nova investigação diz que morreu de forma "miserável" em Damasco e depois de ter vivido sob protecção do regime de Assad.
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Alois Brunner foi, nas últimas décadas, o alto dirigente nazi mais procurado do mundo. Muito se especulou sobre o local e data da sua morte, ou se esta teria mesmo ocorrido. Historiadores concluíram primeiro que o dirigente austríaco das SS nazis teria morrido em 1992 e, mais tarde, apontou-se o ano de 2010. No entanto, uma revista francesa desenvolveu mais uma investigação e diz que Brunner perdeu a vida aos 89 anos, em 2001, na capital síria, Damasco.
Nascido em Abril de 1912, no Império Austro-Húngaro, Brunner foi o braço-direito Adolf Eichmann, considerado o arquitecto da “Solução Final” para a questão judaica lançada por Adolf Hitler, durante a Segunda Guerra Mundial, Eichmann terá mesmo considerado o austríaco como o seu “melhor homem”.
Brunner foi acusado de estar directamente envolvido na morte de mais de 128 mil judeus, como um dos responsáveis pelas deportações para campos de concentração. Em concreto, liderou o campo de deportação de Drancy, nos arredores de Paris. Calcula-se que entre as vítimas estariam pelo menos 345 crianças.
Depois da derrota do Terceiro Reich na Segunda Guerra Mundial, sabe-se que Brunner fugiu da Alemanha Ocidental em 1954, rumo ao Egipto e, depois, para a Síria onde terá permanecido até ao fim da vida, diz a recente investigação da revista francesa Revue XXI. Nesse ano foi condenado à morte em França, in absentia (expressão jurídica para uma condenação aplicada a alguém que não está presente fisicamente).
A revista gaulesa publica relatos de três membros dos serviços de segurança sírios e que terão sido responsáveis pela protecção de Alois Brunner. Estes relatam que o nazi viveu sob alçada e protecção da família Assad e que morreu em sofrimento e em condições “miseráveis”.
Segundo contam os entrevistados, o pacto com os Assad deu-se em 1966,  com Hafez al-Assad. Nesse ano, o pai do actual Presidente da Síria, Bashar al-Assad, assumia a pasta da Defesa de um Governo saído de um golpe militar. O novo ministro recorreu a Brunner para aconselhamento aos serviços de segurança sírios, em troca da sua própria protecção.
Em 1971, Hafez al-Assad chega definitivamente ao poder e começa, logo de início, a desenvolver estratégias e planos repressivos. Para isso contribuiu novamente Brunner com aconselhamento.
Durante todos estes anos, e mesmo depois da morte de Hafez, em 2000, e da chegada ao poder de Bashar al-Assad, o Governo sírio negou qualquer ligação com o antigo dirigente nazi, que viveu no país sob identidade falsa.
Depois de ter sido deixado de lado pelo regime, que lhe oferecia residência, Brunner, segundo os testemunhos recolhidos pela Revue XXI, viveu os últimos anos praticamente confinado em casa, tendo passado para um sótão, nos finais dos anos 1990, por “motivos de segurança”. E nunca mais de lá saiu.
Mantendo-se nazi durante toda a vida, dizem os responsáveis pela sua segurança, Brunner morreu de “forma miserável”: “Estava muito cansado, muito doente. Sofria e gritava muito. Toda a gente o ouvia”, diz um dos guardas ouvidos que se identifica com o pseudónimo Omar. Depois de morrer, foi enterrado na capital síria com “total discrição”.
Será desta que se desvendou o mistério em torno do paradeiro do braço-direito de Adof Eichmann, o "arquitecto" da "solução final"?
Brunner foi acusado pela morte de mais de 128 mil judeus. Nova investigação diz que morreu de forma…
PUBLICO.PT
Comentários
Miguel Araujo
Miguel Araujo e isto e o jornalismo que temos???? banda de vendidos ...para nao dizer outra coisa ....se nao ...sou bloquedo pela .....ja perdi a conta....e o que me indigna e que pagam bem a estes cordeiros para desinformar!!!
Isabel Sousa Lobo
Isabel Sousa Lobo Mas qual é o espanto? os neo-nazis e a extrema-direita apoiam o regime sírio e são visitas regulares em Damasco. Basta estar informado...
Miguel Araujo
Miguel Araujo claro que sim.....e estados unidos faz feiras de armamento na jordania cada seis meses ......basta estar INFORMADO!!!!
Miguel Araujo
Miguel Araujo enquanto os meninos se matam entre eles ......os predadores sacam os recursos......africa ...meio oriente....etc
Miguel Araujo
Miguel Araujo e parece que sofre do sindroma da frustaçao...angola
Miguel Costa
Miguel Costa Qualquer pessoa que não seja totalmente ignorante sabe que os Nazis sempre financiaram e armaram o nacionalismo Árabe e em particular o Sírio desde o tempo de Hitler. Os Americanos vendem armas aos Jordanos? Olha a novidade! Só um cretino total põe os Árabes todos no mesmo saco: uns são apoiados pelo Ocidente outros hostilizados.
Gosto · Responder · 19 h · Editado
Miguel Araujo
Miguel Araujo nao vendem armas aos jordanos....usam jordania para fazer feiras de armamento para desestabilizar e controlar o meio oriente....isso sim que os meios de comunicaçao sempre manipulados por estados unidos e israel...nunca dizem salvo raras excepçoes que nao gostam de desinformar e manipular....
Gosto · Responder · 1 · 17 h
Miguel Araujo
Miguel Araujo isto faz-me lembrar de uma frase de um discurso de sadam hussein que dava uma paulada a bush.....nos ja eramos uma civilizaçao....quando voces ainda estavam na idade da pedra!!!!......siria foi e sera uma grande civilizaçao que nao vai ser comida pelos predadores dos ultimos anos!!!
Artur Silve
Artur Silve soluções finais ja vivemos algumas nos ultimos 30 anos e mesmo previsiveis aconteceram talvez a unica que alguem impediu de acontecer foi a solução final foi a dos Sirios Alauitas
Gosto · Responder · 11 h
Alexandra Pereira
Alexandra Pereira Eh pá, acho que depois de expostas todas as mentiras sobre o apoio aos "rebeldes moderados" na Síria, vocês podiam parar de desenterrar esqueletos inventados e começar a deixar a família Assad em paz..... não lhes chegam 6 anos duma guerra civil que destruiu todo o país e que não se sabe quando terminará? Não vi notícia nenhuma no Público sobre o envenenamento da água de Damasco com diesel, promovido por rebeldes moderados há tão pouco tempo.....
Gosto · Responder · 17 · Ontem às 1:53 · Editado
José Bolotas
José Bolotas Mostra então as tuas fontes confiáveis...queremos ver
Alexandra Pereira
Alexandra Pereira olha um punk do pctp-mrpp a falar de fontes confiáveis... :-D isto está mais para comédia...
Gosto · Responder · 7 · Ontem às 2:04 · Editado
João Miguel Pelica
João Miguel Pelica José Bolotas as fontes confiáveis dos trumpistas é a cartilha da propaganda do poupas😅
Alexandra Pereira
Alexandra Pereira Mas quais trumpistas, você está parvo? Agora não ser anti-Rússia é ser trumpista... Ainda estamos na Europa, que eu saiba.
Gosto · Responder · 18 h
José Bolotas
José Bolotas Mostrar as fontes está quieto....
Gosto · Responder · 16 h
Alexandra Pereira
Alexandra Pereira Eu pensava que os punks do mrpp sabiam usar o google.... pode encontrar múltiplas fontes.
Gosto · Responder · 16 h
Andre Saraiva
Andre Saraiva Muitos nazis aconselharam também vários governos ocidentais (+ Rússia) após a segunda guerra mundial, nomeadamente os EUA.
Vítor V C Vieira
Vítor V C Vieira O Werner Von Braun também ajudou o Assad?
Zé Salvado Correia
Zé Salvado Correia Foi o Assado que organizou a operacao paperclip, toda a gente sabe disso
Machado Capela
Gosto · Responder · 1 · 22 h
Samuel Paixao
Samuel Paixao Se isso fosse verdade a mossad ficava mal na fotografia! Ou será que não ?
Gosto · Responder · 8 h · Editado
Miguel Araujo
Miguel Araujo mentira!!!!!!desimformaçao.......que vergonha nao sabem do que estaam a desinformar!!!!
Hugo Freitas
Edson Mesquita de Carvalho
Edson Mesquita de Carvalho Esta história está igual ao do outro nazi Joseph Mengele, que traballhou como médico no Brasil por quase 10anos.
Carlos Lopes
Carlos Lopes Esse era dentista e morreu de indigestão enquanto tomava uma banhoca numa praia paradisíaca! Creio que morreu com 70 e tal anos de idade, mas esta notícia do Assad creio que seja mentira!
Nuno Caetano
Nuno Caetano É? E quantos foram usados como agentes pela CIA nos tempos da guerra fria? 

Acho uma certa piada que usem a barbaridade do holocausto nisto. Qual seria o tratamento dado aos judeus por parte dos "rebeldes moderados" que os americanos apoiaram na Síria? 


Porque fugiu este nazi para o médio oriente? Não é óbvio?
Gosto · Responder · 21 h
Pedro Bravo López
Pedro Bravo López 1) A 2 GM conclue em 1945; o Brunner chegaria a um "pacto formal" com o Estado sírio em 1966. 2) Apesar desse "pacto formal", o Brunner morreria duma forma "miserável" (?). 3) O texto, que é um "extrait" afirma ter uma única testemunha "com certificado nominal" (ainda que o extrait não menciona o nome). 4) O texto todo fede à narrativa de Monsieur Hollande.
Alice Sequeira
Alice Sequeira Que jornalismo desastroso, se fossem ajudar a limpar as ruas de Portugal eram muito mais úteis, não sabem o que escrever...
Gosto · Responder · 22 h
Sérgio Loureiro
Sérgio Loureiro Este Público é de mais com a manipulação noticiosa, primeiro pergunta se é desta que se desvenda o mistério do paradeiro depois na notícia afirma que ele morreu em 2001, de que paradeiro falam do homem ou do cadáver? 
E finalmente, tinha de ser, lá vem a família Assad à baila, é fantástico!
Gosto · Responder · 14 h
Miguel Vassallo
Miguel Vassallo Sempre se disse que ele tinha morrido no Tarrafal !
Leandro Reich
Leandro Reich Pan arabismo ,Nazismo socialistas por raça. se merecem.
João Miguel Pelica
João Miguel Pelica Os nazis auxiliarem também as ditaduras fascistas da América latina, os EUA e a Nato.
Carlos Lopes
Rosalia Lopes
Rosalia Lopes Por muito que tenha sofrido não tem comparação com aquele que fez aos outros
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Nuno Gonçalo

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