sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

CARTA DE ESCLARECIMENTO AOS MUITOS COMPATRIOTAS MOÇAMBICANOS,

ZECA CALIATE, VOZ DA VERDADE - CARTA DE ESCLARECIMENTO AOS MUITOS COMPATRIOTAS MOÇAMBICANOS, COM ESPECIAL RELEVO PARA OS CIDADÃOS A SUL DO RIO ZAMBEZE NA PROVÍNCIA DE TETE, QUE VIVENCIARAM TODAS AS PERIPÉCIAS DA LUTA DE LIBERTAÇÃO, NAQUELE 4º SECTO

Zecacaliate_8Caríssimos Compatriotas,
Através desta carta, quero esclarecer algumas dúvidas e rotulagens que me são imputadas por pessoas pouco informadas,  não por culpa das mesmas, mas sim pela mão da grande delatora máquina propagandista, da maior e mais suja organização criminosa partidária jamais vista em solo Moçambicano, que dá pelo nome de FRELIMO-(Frente de Libertinagem de Moçambique). Nos últimos tempos têm me chegado diversas notícias pouco abonatórias em relação à minha conduta ética, moral e NACIONALISTA, vindas das longínquas terras de Moçambique, especialmente das zonas onde eu mais contribui no combate ao colonialismo Português. Por um lado insinuações apelidando-me de traidor, desertor, fugitivo ´´WATIDZA`` em Chichona, enquanto no meu dialeto da Zambézia apelidamos de ´´UTAWA``,  enquanto outros acham que eu fiz a coisa mais acertada, fintando a morte que a Frelimo do Kichwa ya Maji Samora, tinha preparado para mim.
A todos os Moçambicanos, e de uma vez por todas, gostaria que soubessem da minha participação na luta armada de libertação, que levaria a Frelimo a receber do estado Português a Independência Nacional em 1975. Sem dúvida que sou veterano e parte integrante dessa mesma guerra, pois durante uma década da minha vida, com início em 1963, lutei fervorosamente pela libertação, Independência e pensava eu pela DEMOCRACIA do meu País.
Infelizmente, viria a ficar pelo caminho durante aquele longo percurso, pois descobri que haviam algumas pessoas recém-chegadas e integradas na Frelimo no início dos anos 70, que iriam tentar o meu aniquilamento.
Quero deixar bem claro que a Frelimo de Samora Machel, pôs em confronto a velha guarda e fundadores do movimento que tinha dado inicio a luta armada, e a corja gananciosa liderada por ele.
A vinda de António Hama Thai e João Facitela Pelembe para o 4º sector, visava o meu aniquilamento físico, e a tentativa desses carrascos porcos, viria a dar-se em julho de 1973, quando escapei a morte planeada pelo próprio Samora Machel e seus canalhas acólitos Joaquim Chissano, Sebastião Mabote, Mariano Matsinhe, José Phailane Moiane entre outros.  
José Moiane foi quem nomeou o grupo de carrascos executores da minha suposta morte. O trio de assassinos era composto por João Facitela Pelembe, Tomé Eduardo e António Hama Thai, e chegados ao terreno, viriam a aliciar um conterrâneo meu também Zambeziano de nome Manuel Mendes, para os ajudar no plano.
Para que seja de conhecimento público, as coisas começaram-se a complicar contra mim verdadeiramente, desde o campo de Nachingwea no Tanganyika, quando o então novo Presidente da Frelimo assaltada, Samora Machel, tomou a liderança da organização em 1969, numa  altura em que eu já era bastante considerado e respeitado pela maioria da população assim como dos nossos militares espalhados pela Província de Tete.
Nunca liguei aos elogios que me faziam, pelo facto de eu ter sido quem líderou ao lado de outros camaradas, a abertura daquela frente militar que nos levaria à victória final,  pois o meu objectivo era nobre e em prol da libertação do nosso Povo e não a título pessoal. Fui gravemente ferido no meu primeiro ataque, melhorei e voltei a combater até 1969, quando fui para Nachingwea estagiar, onde viria a participar num curso de altos estudos militares, para a liderança das Forças Populares de Libertação de Moçambique, “FPLM” dado por Instrutores Chineses.
Na Frelimo, havia sempre muita inveja contra aqueles que ´´SABIAM FAZER`` e no meu caso por causa da fama que me tinha atribuído na frente de Tete, por parte de alguns camaradas meus, em especial os conterrâneos Zambezianos. Um dia em Nachingwea, pequei ao dar confiança a mais ao Bonifácio Gruveta Massamba, que me lançou a isca e me convenceu a falarmos e discutirmos sobre o que eu faria ou não, no avanço da luta armada na frente Zambeziana, através da Província de Tete.
Eu na boa fé e um quanto ou tanto ingénuo, mordi a isca que me lançava não imaginando que era um truque porco combinado com Samora, seu grande amigo INTIMO de OUTRAS BRINCADEIRAS, para me derrubar e incriminar de eu me querer sobrepor às lideranças. O canalha deturpou e manipulou tudo quanto tínhamos conversado, quando da sua conversinha com o ajudante de enfermeiro Machel, e este último ficando em brasa comigo, convocou de imediato e no mesmo dia uma reunião de emergência do seu ´´novo`` Comité Central da Frelimo, que ele acabava de criar, para substituir o velho “CC”, que ele viria a desmantelar à revelia de outros dirigentes fundadores, expulsando-os da Frelimo.
Aquele suposto julgamento à boa moda COMUNISTA, foi testemunhado pelos vários dirigentes delatores e Gangsters, alguns deles ainda vivos, como Joaquim´´TZOM``Chissano, Marcelino dos Santos, Alberto ´´OBTUSO`` Chipande, Rafael Maguni, Sérgio ASSASSINO Vieira, Dinis Moiane, Joaquim Munyepe, Francisco Manyanga entre outros, sendo a reunião secretariada pelo Focas Aciculava, makonde e escrivão pessoal de Samora Machel,  AINDA SE RECORDAM DISTO ?? Terminada aquela palhaçada, Samora mandou-me refletir sobre aquele episódio...próprio de comunas básicos sem horizontes.
Terminados os cursos de formação no centro de Nachingwea, fui nomeado instrutor do Destacamento Feminino e regularmente orientava palestras com o “TEMA”, sobre a luta armada na frente de Tete e o seu avanço para as outras Províncias do Sul, sem excluir também na ajuda à luta de libertação do povo Zimbabweano, contra Ian Smith. O povo Moçambicano viria a pagar uma factura  elevadíssima às mãos desse senhor.
Em outubro de 1970, fiquei surpreendido quando Samora Machel e Joaquim Chissano, me destacaram como comandante de batalhão que se destinava ao Sul da província de Tete, e não podia de todo recusar, pois se o fizesse o meu destino mais certo era ser enviado de imediato para Cabo Delgado, onde provavelmente me assassinariam. Cumpri aquela missão integralmente, levando aquele batalhão a atravessar pela primeira vez o Rio Zambeze para Sul até ser criada aquela frente que passaria a ser o 4º sector.
De referir que um grupo de desordeiros e desertores makondes, que teriam na altura fugido da guerra em Cabo Delgado para Tanganyika, e mais tarde capturados pela polícia Tanzâniana, foram incluídos nesse mesmo batalhão que me teria sido confiado, e tinha ordens expressas de Samora, para não lhes dar qualquer tipo de armas, e qualquer suspeita de tentativa de fuga, eu Zeca Caliate, estava autorizado a fuzilá-los sem ter que consultar qualquer dos meus superiores.
O Joaquim ´´DELATOR`` Chissano, presenciou todas essas recomendações e ordens vindas de Samora, mas fuzilamentos!!!...comigo NÃO...nunca fui um assassino e por isso não tinha intenção de cumprir tal exigência. Quando chegámos à fronteira da Zâmbia com Moçambique, alinhei-os a todos e distribui as armas sem excluir ninguém. Os homens que viriam a ser fuzilados sucumbiram ás mãos do carrasco déspota José Phailane Moiane, e os que continuaram comigo, alguns nomeei-os para assumirem postos de responsabilidade dentro do batalhão. Um makonde de seu nome Atanásio que desempenhava o papel de meu secretário pessoal,  mais tarde fugiu e entregou-se ao exército Português em Chicôa, o que me levou a arranjar outro secretário, mas desta vez um shangane de nome José Chivite.
O grupo dos makondes que resistiram ao meu lado, os mais capazes nomeei-os para comandantes de destacamento, foi o caso de Fernando Napulula, que ao início era comandante do 2º destacamento em Mocumbura, mas mais tarde troquei-o por Jackson Sandramo Banda (“Kalulu Sapezeka”) para o 5º destacamento na zona de Marara.
Nomeei Dúnia Nkunda, também makonde para comandante da base de Instrução que se denominava de Nova Nachingwea, localizada  próximo de monte Chimandawe e mais tarde transferi-o para comandante do 6º destacamento na zona de Makombe. Raimundo Dalepa, nomeei-o para comandante do 8º destacamento próximo ao rio Luenha, e foi ele que viria a provocar os desacatos com os comandos do exército Português que viriam a queimar a povoação de Wiriamo.  Alguns dos makondes foram usados em trabalhos sujos pois era a única forma de se manterem vivos, esta forma de actuar era apanágio das chefias sem escrúpulos desse gangue de comunas malfeitores, e próximo da Independência de Moçambique, mal sabiam eles que José Phailane Moiane os iria mandar fuzilar.
Nunca fui amigo de Samora Machel, pois ele sempre procurou vingar-se de mim desde o campo de Kongwa, onde foi chefe do campo. Ele sabia que eu, Zeca Caliate, não era um dos seus amigos e sua raiva e despeito aumentou quando se deu conta da minha amizade com Filipe Samuel Magaia, chefe de “DSD” o seu primeiro grande inimigo dentro do movimento, e sobretudo quando Magaia me destacou para chefiar um pequeno grupo que foi fazer guarnição na residência de Eduardo Mondlane, em Oyster-Bay em Dar-és-Salaam entre 1965/66. Mais tarde Samora ficou surpreendido quando soube que eu estava incluído no grupo clandestino na República da Zâmbia em 1966/67 e em 1968 reiniciei a luta armada na frente de Tete.  
Quanto a vinda de António Hama Thai e João Facitela Pelembe, para o 4º sector, não foi surpresa para ninguém dentro do circulo dos canalhas, a cúpula dos marginais já sabia que a entrada dessas tristes figuras naquele sector só tinham como missão, assassinar o comandante sectorial Zeca Caliate.
Felizmente eu também tinha amigos de muita consideração desde Nachingwea, que me iam fornecendo informação secreta alertando-me de possíveis perigos à minha vida. Esses Marginais assassinos Frelimistas pensavam que eu era ingénuo, até os quadros a nível Provincial e sectorial, bem como os comandantes dos destacamentos, os combatentes e o próprio povo residente no sector, pressentiam e sabiam que no sector ia acontecer algo desagradável atentando á minha vida.
Há pessoas até hoje na Província de Tete, em especial na região do 4º sector, que se recordam bastante bem de mim e são solidários com a opinião de um internauta de nome ´´António J.`` , que veio em minha defesa e que publicou um interessante comentário sobre Zeca Caliate na página do Gomes Zapata, no dia 26/12/16.
Felizmente ainda há pessoas que sabem que o comandante Zeca Caliate, foi injustiçado e o seu nome posto na lama pelo gangue Frelimista. Recordo-me quando nasceu a minha 1ª filha, o povo de Mocumbura abateu duas cabeças de gado para festejar o seu nascimento ao meu lado e da mãe da minha filha e restantes familiares. Nessa altura eu tinha abandonado o comando do 4º sector.
Também o povo de Marara e Mocumbura, jamais se esquecerão do comandante do 5º destacamento na zona de Marara, e do 3º destacamento na zona de Mocumbura, Fackson Sandramo Banda, o tal “KALULU SAPEZEKA” que foi um dos heróis injustiçados, grande combatente e um temível comandante nas zonas onde operou, para mais tarde morrer assassinado por António Hama Thai, quando o capturou em colaboração com alguns COMUNAS complexados, soldados do exército Português afectos ao ´´MFA``, após o 25 de Abril de 1974 em Portugal. António Hama Thai, mais tarde como prémio, viria a ser nomeado (des)governador da Província de Tete.
O ainda vivo Mateus Simão, que tive o infortúnio de conhecer pessoalmente, assassinou o seu próprio primo e muitas outras pessoas, aprendendo o ofício da matança com António Hama Thai e Fernando Napulula. Caso muito semelhante deu-se com o Manuel Mendes, um sujeito “sujo”, natural da Zambézia, que ficou quase louco de alegria quando Samora Machel, trocou o seu verdadeiro nome por um outro falso batizando-o com nome de Manuel Mendes. Este marginal foi nomeado noutros tempos por mim, comandante da base central do 4º sector e acabou traindo-me e aliando-se ao António Hama Thai e João Facitela Pelembe, na tentativa de me assassinarem. Felizmente esse canalha e um outro traidor makonde de nome Dimaca partiram primeiro que eu, num acidente de viação quando vinham completamente embriagados ao volante de uma viatura.
Quanto à notícia do ainda vivo  Mateus Simão, que com a sua conduta de lacaio dos sulistas continua a servir incondicionalmente a maior organização de marginais do nosso País -FRELIMO- ao ponto de se fazer representar como membro da Assembleia Provincial de Tete, e como se não bastasse, recentemente foi integrado na gangue criminosa Esquadrões da Morte, liderada por Alberto´´Obtuso``Chipande e Joaquim ´´DELATOR``Chissano, nessa mesma Província. QUEM MATA NUNCA ESQUEÇE NÃO É MATEUS SIMÃO??? Tudo o que aprontamos nesta vida mais tarde nos será cobrado, e voçê não fugirá à regra.
Em relação ao makondinho Fernando Napulula, aí a culpa foi minha, porque quando saí de Nachingwea, Samora Machel, tinha me orientado para que não lhe atribuísse qualquer tipo de arma de fogo, pois ele tinha cometido muitos crimes contra a humanidade em Cabo Delgado quando foi o começo da guerra, e quando os seus camaradas quiseram puni-lo, ele conseguiu escapar para o Tanganyika.
Fernando Napulula era um revoltado com graves desiquilibrios emocionais ganhos em Nachingwea e não só, e nem tão pouco gostava de Samora Machel. Tudo quanto lhe surgia pela frente era inimigo a abater, foi o que terá acontecido com senhor José Lopes, esposa e filhos, que foram vítimas deste marginal e todos foram queimados vivos. Esta é, e sempre foi a génese da quadrilha Machelista Frelimista ´´Desde os Tempos``.          
Se a quadrilha de marginais Frelimista desgovernada pelo ´´Gomate Wa Zaurinha``, de facto quer Paz e Democracia para Moçambique, demonstrem ter alguma DIGNIDADE, (se é que sabem o significado desta NOBRE palavra) e aceitem tudo o que vos é exigido, de outra forma arriscam-se a perder tudo num futuro muito próximo.
´´QUEM TUDO QUER TUDO PERDE``
Meus irmãos Moçambicanos, relembro-vos em consciência, a todos os resistentes a este regime sanguinário inconsequente, que enquanto as chefias radicais assassinas desse partido Frelimo não forem capturadas e encarceradas, o povo não terá liberdade e sempre haverá alguém para enviar os ``cães de caça do regime`` para vos perseguir, agredir e eliminar.
FUNGULANI MASSO, lembrem-se bem, QUEM NÃO LUTA PERDE SEMPRE, A LUTA É CONTÍNUA.
Zeca Caliate, General Chingòndo um dos sobreviventes da Teia do mal Frelimo.
Europa, 06 de Janeiro de 2017 
(Recebido por email)
PS: Aqui está a minha caixa de correspondência, basta escrever para ZECA CALIATE, VOZ DA VERDADE, APARTADO Nº 11 LOJA CTT/PC PÓVOA DE SANTA IRIA - 2626-909 PÓVOA DE SANTA IRIA - PORTUGAL
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