«Até quando, ó néscios, amareis a NECEDADE? E vós, escarnecedores desejareis escárnio? E vós loucos, aborrecereis o conhecimento?» Pv 1:22
É crença generalizada cá da terra, principalmente por parte de casais jovens, de que um nome dum familiar ascendente dado a uma criança, vulgo “xará”, pode trazer problemas a essa criança, principalmente se o ascendente em causa tiver «desencarnado». Daqui proliferarem nomes estranhos á nossa lista onomástica tradicional, fabricados pelos progenitores. “Valdisnei”, «Loussira», «Xanyusa», «Brunya», «Nanuxa», «Fufucho», por ai em diante, são os nomes que agora estão ao de cima! Com efeito, um nome próprio ou antropónimo é o nome dado à pessoa ao nascer, no baptismo, na circuncisão ou noutra ocasião especial, de acordo com a cultura e os costumes de cada povo e pelo qual ela é conhecida e chamada. Olhando para História dos nossos «Antigos Patrões», encontramos nomes como «AFONSO» e «ANTÓNIO» em grande destaque e a fazer furor, desde o daquele «AFONSO» que foi o fundador de Portugal e parando no do «Afonso v»,12º. Rei de Portugal que cujo ambiente político embora durante a sua regência não tenha sido o mais saudável e não obstante ele pessoalmente nunca ter saído da Península Ibérica (Hispânica), teve no entanto uma chuva de Cognomes, designadamente: «Rei de Portugal e dos Algarves, daquém e dalém mar em África, Senhor da Guiné, da Conquista e Navegação, da Etiópia, da Arábia, Pérsia e Índia». Cá entre nós também o nome «AFONSO» faz sucesso. Afonso Dlakama, «Príncipe do Regulado de Mangunde, General de Cinco Estrelas, Membro Ausente do Conselho do Estado, Pai da Democracia, Líder da RENAMO e da Oposição, Incendiário do Pais, Obama de Moçambique, O Homem mais forte de Moçambique, Fundador do Governo de Gestão», entre vários. O Outro nome é o de «ANTÓNIO». Ainda na senda da História do Reino dos nossos «Antigos Patrões», cruzamos com o nome de vários «Antónios», entre os quais o de Dom António o Priori do Crato. Sendofilho natural (entenda-se, filho Bastardo),do infante D. Luís e neto do rei D. Manuel I, estudou em Coimbra, onde se licenciou em Artes, e estudou também Teologia em Évora, com os Jesuítas. Recebeu as ordens deDiácono, professou na Ordem de Malta e foi-lhe atribuído o Priorado do Crato. Recusou as ordens de Presbítero, passando a levar uma vida muito mundana, o que lhe criou a antipatia do cardeal Infante D. Henrique e da Rainha D. Catarina, vindo a ser suspenso do priorado do Crato pelo papa Pio IV. Foi nomeado governador de Tânger, e participou na Batalha de Alcácer Quibir em 1578, onde foi feito prisioneiro, mas sendo dos primeiros a ser resgatado. Ora o nosso célebre ANTÓNIO cá da Praça, dotado de uma extraordinária erudição, sustenta igualmente vários títulos entre os quais os de «Politólogo, Teólogo, Porta-voz do Líder da RENAMO, Membro do Conselho de Estado, Comentador Televisivo, Conhecedor Profundo da Vida Privada de toda gente, em particular dos Dirigentes do Pais e não só», entre muitos, podemos dizer sem medo de errar, que, tendo em conta o facto de as aspirações dos dois, vislumbrarem-se bem mais remotas, de quererem ser, «Inquilino da Ponta Vermelha» um, e o outro o de «Primeiro-ministro ou Ministro Sem Pasta», é nossa modéstia opinião que deviam virar as suas atenções e aspirações para questões palpáveis e concretas como por exemplo criarem umaFundação, onde um seria PCA e o outro Director ou Administrador Executivo. Continuarem a sonhar com um Governo dirigido pelos dois…mais do que uma utopia me parece uma pura fantasia. Esperemos para ver se Deus nos permitir!
Kandiyane Wa Matuva Kandiya
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