quinta-feira, 11 de dezembro de 2014

Não houve encontro Guebuza/Dhlakama “porque nunca esteve agendado” Presidência


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QUE HAVIA SIDO PUBLICAMENTE ANUNCIADO POR ANTÓNIO MUCHANGA
O propalado encontro entre o Presidente da Repú­blica, Armando Guebuza, e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, que supostamente deveria se ter realizado na manhã desta quarta-feira em Maputo (Cm N.º 4468, pág. 2) não se realizou “porque nunca esteve agendado”, conforme fonte da Presidência da República de Moçambique.
“É possível que ocorra fu­turamente, mas esta quarta­-feira não aconteceu nenhum encontro entre o Presidente da República e o líder da Re­namo porque nunca esteve agendado”, disse ao Correio da manhã Marlene Magaia, adida de Imprensa do Presidente da República de Moçambique.
António Muchanga, porta-voz do presidente da Renamo, havia dito na terça-feira aos jornalistas que Guebuza e Dhlakama se encontrariam esta quarta-feira em Maputo, hipótese pronta­mente desmentida pela Presi­dência da República.
Já em declarações ao Cor­reio da manhã esta quarta­-feira Muchanga foi evazivo e disse que “talvez os dois po­líticos falaram ao telefone”.
Acrescentou que Dhlakama interrompeu a digressão que há duas semanas vinha efec­tuando pelas regiões Centro e Norte de Moçambique, preci­samente para “cumprir uma agenda com certas perso­nalidades na capital”.
Conversas informais
O próprio Dhlakama afirma que tem mantido “conversas informais” com o Presiden­te moçambicano, Armando Guebuza, e admitiu pedir uma “reunião oficial” para “discutir seriamente o futuro do país”.
Temos falado por telefone como irmãos, não posso esconder”, disse Dhlakama, acrescentando que “antes de ir para o norte falei com ele – ‘como está irmão e tal’. Mas estamos ainda pendentes do pronunciamento do Conse­lho Constitucional”, apontou, referindo-se à validação dos re­sultados pelo órgão competen­te e que espera ser o momento de dar um carácter oficial aos contactos com Guebuza.
Depois, Dhlakama admite novas conversas para “falar seriamente acerca do futuro de Moçambique”, insistindo que, após a “roubalheira” das eleições gerais de 15 de Ou­tubro, o candidato da Frelimo, Filipe Nyusi, não pode ser declarado Presidente da Re­pública, porque seria o mesmo que “neocolonizar o povo”.
O presidente cumpre esta quarta-feira uma agenda com certas personalidades e na quinta-feira retoma a sua digressão e na sexta­-feira vai dirigir um comício popular em Lichinga, capital do Niassa, durante o qual anunciará os passos se­guintes”, anunciou António Muchanga.
CORREIO DA MANHÃ  – 11.12.2014

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