QUE HAVIA SIDO PUBLICAMENTE ANUNCIADO POR ANTÓNIO MUCHANGA
O propalado encontro entre o Presidente da República, Armando Guebuza, e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, que supostamente deveria se ter realizado na manhã desta quarta-feira em Maputo (Cm N.º 4468, pág. 2) não se realizou “porque nunca esteve agendado”, conforme fonte da Presidência da República de Moçambique.
“É possível que ocorra futuramente, mas esta quarta-feira não aconteceu nenhum encontro entre o Presidente da República e o líder da Renamo porque nunca esteve agendado”, disse ao Correio da manhã Marlene Magaia, adida de Imprensa do Presidente da República de Moçambique.
António Muchanga, porta-voz do presidente da Renamo, havia dito na terça-feira aos jornalistas que Guebuza e Dhlakama se encontrariam esta quarta-feira em Maputo, hipótese prontamente desmentida pela Presidência da República.
Já em declarações ao Correio da manhã esta quarta-feira Muchanga foi evazivo e disse que “talvez os dois políticos falaram ao telefone”.
Acrescentou que Dhlakama interrompeu a digressão que há duas semanas vinha efectuando pelas regiões Centro e Norte de Moçambique, precisamente para “cumprir uma agenda com certas personalidades na capital”.
Conversas informais
O próprio Dhlakama afirma que tem mantido “conversas informais” com o Presidente moçambicano, Armando Guebuza, e admitiu pedir uma “reunião oficial” para “discutir seriamente o futuro do país”.
“Temos falado por telefone como irmãos, não posso esconder”, disse Dhlakama, acrescentando que “antes de ir para o norte falei com ele – ‘como está irmão e tal’. Mas estamos ainda pendentes do pronunciamento do Conselho Constitucional”, apontou, referindo-se à validação dos resultados pelo órgão competente e que espera ser o momento de dar um carácter oficial aos contactos com Guebuza.
Depois, Dhlakama admite novas conversas para “falar seriamente acerca do futuro de Moçambique”, insistindo que, após a “roubalheira” das eleições gerais de 15 de Outubro, o candidato da Frelimo, Filipe Nyusi, não pode ser declarado Presidente da República, porque seria o mesmo que “neocolonizar o povo”.
“O presidente cumpre esta quarta-feira uma agenda com certas personalidades e na quinta-feira retoma a sua digressão e na sexta-feira vai dirigir um comício popular em Lichinga, capital do Niassa, durante o qual anunciará os passos seguintes”, anunciou António Muchanga.
CORREIO DA MANHÃ – 11.12.2014
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