Isso é referido no relatório anual da Comissão de Supervisão de Segurança e Economia EUA-China do Congresso dos EUA. A ameaça é bastante real, se bem que algo exagerada, consideram os peritos russos.
Os generais estadunidenses exageram abertamente a ameaça chinesa para fazerem suas próprias jogadas. Normalmente a isso se seguem orçamentos militares adicionais. Entretanto, a afirmação do relatório que a presença de submarinos chineses da classe Jin nas águas a ocidente do Havaí torna vulnerável o território de todos os 50 estados, provavelmente corresponde à realidade. Essa é a opinião de Pavel Zolotarev, vice-diretor do Instituto dos EUA e do Canadá:
“Neste caso isso pode corresponder à realidade, essa atenção redobrada dos norte-americanos é completamente justificada. Os mísseis de baseamento terrestre da China normalmente não se encontram em estado de prontidão permanente para lançamento. Os mísseis com essa capacidade irão, provavelmente, aparecer na versão naval. Ou seja, eles não alteram radicalmente as antigas componentes terrestres, mas antes criam uma tríade nuclear completa.
“É precisamente esse o objetivo da China – ter as componentes terrestre, aérea e naval. Ela tem portadores aéreos e terrestres e está preparando sua componente naval. Esta está sendo preparada com base em tecnologias mais modernas. Se trata de mísseis que serão intercontinentais e, o que é mais importantes, estarão em prontidão de lançamento. Nesse contexto a China desenvolve ogivas múltiplas para os mísseis balísticos. Naturalmente que isso é feito tendo em consideração os planos dos EUA para a criação de um sistema regional de defesa antimísseis.”
Entretanto, os submarinos chineses da classe Jin não possuem características técnicas impecáveis. Isso chamou a atenção do perito militar e capitão de mar e guerra na reserva Konstantin Sivkov:
“Esse submarino possui um nível elevado de ruído, por isso pode ser rapidamente detectado e destruído. Ou seja, ele não poderá atuar fora dos limites de um sistema de proteção seguro. Mas o alcance de seus mísseis é de 8-9 mil quilômetros e por isso ele poderá desempenhar funções de contenção nuclear dos EUA. Mas só poderá fazê-lo patrulhando as áreas costeiras da China, em áreas protegidas por defesa antissubmarino e por defesa antiaérea. Foi isso que levou os norte-americanos a se preocuparem tanto com essa ameaça.”
Segundo fontes externas, as forças de submarinos da China incluem três navios da classe Jin. Outros dois são esperados entrarem ao serviço até 2020. Cada submarino tem capacidade para transportar até 12 mísseis intercontinentais.
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