Foram três depósitos de R$ 26,7 mil ao Senado, valor equivalente à remuneração mensal dos congressistas. No total, o tucano repassou R$ 80,1 mil ao Senado. Os comprovantes de devolução estão disponíveis no Portal da Transparência do Senado.
Aécio havia prometido devolver os salários, como a Folha publicou na época, porque optou por manter o mandato durante a campanha. Ao contrário de congressistas que se licenciaram da Casa no período eleitoral, o tucano permaneceu, mas cumpriu a promessa de devolver os vencimentos feita às vésperas do início da campanha.
A permanência de Aécio manteve a estrutura do seu gabinete em funcionamento ao longo da campanha. No período, o tucano continuou recebendo os demais benefícios pagos aos senadores, como o "cotão" de R$ 15 mil para manter o gabinete no Estado, além do valor equivalente a passagens de ida e volta para Minas Gerais.
Os senadores também têm como benefícios gasto ilimitado de celular, carro oficial com motorista, cotas mensais de combustível, Correios e gráfica, além de imóvel funcional do Senado. Aécio ocupa um dos apartamentos do Senado em Brasília.
Pelas regras da instituição, os senadores têm a prerrogativa de tirarem licença para motivos de saúde ou "fins particulares", mantendo o mandato. Quando as licenças são superiores a 120 dias, os suplentes são convocados.
Aliados pressionaram Aécio para manter o mandato durante a campanha porque, na época, consideraram que isso lhe daria liberdade de ocupar o plenário, caso fosse alvo de ataques de governistas. O tucano apareceu poucas vezes no Senado nesse período, assim como todos os congressistas que foram candidatos.
Além disso, tucanos também consideraram na época que o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) poderia ser forçado a licenciar-se seguindo o mesmo modelo de Aécio, o que enfraqueceria o poder da oposição no Senado. Aloysio foi candidato a vice na chapa do tucano.
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