O grupo radical islâmico Al Shabaab, ligado à rede terrorista Al Qaeda, afirmou que matou o agente do serviço secreto francês Denis Allex, sequestrado pelo grupo em 2009 na Somália. A morte é anunciada cinco dias após uma operação de resgate frustrada.
Em mensagem no Twitter, os militantes dizem que o homem foi morto na quarta-feira, às 19h30 locais. Nesse dia, os extremistas declararam que a decisão para matar Allex foi unânime e ocorreu mais de três anos depois de «exaustivas negociações».
O porta-voz de operações militares do grupo armado, xeque Abdiasis Abu Musab, confirmou a ação à agência de notícias Reuters. «Deixa que os muçulmanos desfrutem da sua execução e que os franceses chorem», afirmou.
Apesar de terem anunciado a morte, o grupo, no entanto, não deu pormenores sobre como ocorreu a morte, nem divulgaram fotos do corpo do francês. A atitude foi diferente do que ocorreu com os restos mortais de um militar morto no sábado, numa tentativa de resgate frustrado.
O silêncio sobre o modo que ocorreu o assassinato aumentam as suspeitas de que o anúncio da morte seja falso. França acredita que Allex foi morto na operação de sábado e acusou os militantes de manipularem a mídia com as recentes declarações.
Allex foi um dos dois agentes da DGSE, o serviço secreto francês, sequestrado pela Al Shabaab em Mogadício, em Julho de 2009. O seu colega Marc Aubriere escapou um mês depois, mas Allex está preso desde então em condições que o governo francês afirmava serem «desumanas».
Na carta, os rebeldes disseram que conseguiram muita informação sobre o funcionamento do serviço de inteligência francês durante os interrogatórios realizados nos últimos três anos e meio, o que lhes permitiu «um melhor entendimento do funcionamento do aparelho de inteligência da França».
Allex é um dos nove franceses sequestrados na África, dos quais cinco estão no Níger, dois em Mali e outro na Nigéria, e a maioria deles em mãos do grupo terrorista Al Qaeda no Magrebe Islâmico.
Um número indeterminado também está retido por terroristas num campo de gás no sul da Argélia . Ainda não há confirmação sobre o número de cidadãos do país europeu sequestrados na ação.
Sem comentários:
Enviar um comentário