terça-feira, 9 de dezembro de 2014

A INDEPENDÊNCIA QUE NÃO FOI DADA, E A DESCOLONIZAÇÃO QUE NÃO FOI REALIZADA!

MÁRIO SOARES, OU A AMÁLGAMA DE UM BASTARDO!

OS CRIMES:
INSTIGAÇÃO AO GENOCÍDIO; TRÁFICO E LAVAGEM DE DINHEIRO ILEGAL; 
 OFERTA DOS TERRITÓRIOS DE PORTUGAL PELA OBTENÇÃO DE LUCROS INDEVIDOS; TRÁFICO DAS RIQUEZAS DE ANGOLA; PREVARICAÇÃO;  ABUSO DO PODER; DESFALQUE DOS COFRES DO ESTADO; ENRIQUECIMENTO ILÍCITO: 


Fotos dos Arquivos da Polícia, data de 1962.
 O Crime fez sempre parte da índole deste infame Sociopata desprovido de consciência ou moral.


   IDEÁRIO DE UM CRIMINOSO:
                             Lisboa, 1975. Sede do PS, no Largo do Rato. É caso para se dizer;
                                  Nunca um nome de local seria tão adequado a uma realidade!
                              


SOARES, O MAIOR IMPOSTOR POLÍTICO. 
 - Nado e criado em Portugal quase sempre de barões, burgueses, militares, salteadores e governantes. 
Mário Soares - Do "Mito" à Realidade: 
Mário Soares, «imposto» ao PS pelo seu secretário-geral e proclamado pelo partido como seu representante efectivo e único no certame eleitoral de Janeiro, próximo, com largas semanas ou meses de antecedência em relação à sua declaração formal de que pretendia ou aceitava candidatar-se, depois de uma «mise-en-sene» ridiculamente empolada e prolongada, com a qual pretendeu, infantilmente - porque aos oitenta começa o inelutável regresso do adulto à «segunda meninice» iludir os portugueses, fazendo-lhes crer que só ao cabo de longas meditações, dolorosas dúvidas e inúmeras consultas tomaria (ou não) a «heróica decisão» de oferecer o corpo alquebrado e a alma inquieta à imolação final no altar da Pátria - que ninguém prejudicou e traiu tantas vezes como ele; 

Mário Soares, o maior impostor político, talvez nado e criado em Portugal, quase sempre a saque de barões, burgueses, militares, salteadores e governantes; Mário Soares, «o português que mais ganhou com a revolução de Abril», na opinião expressa por Rumsfeld, Secretário de Defesa dos Estados Unidos, e também, no campo político, admito eu, antes e depois do golpe; Mário Soares, que é, acima de tudo, o «fenómeno teratológico» de duas grandes frustrações: a de não ter conseguido Oliveira Salazar se dignasse ter-lhe mandar-lhe dizer por um contínuo que já dera pela sua existência mas nem olhara para a sua cara, e (a segunda, algo semelhante à primeira), quando o outro ídolo da época, Álvaro Cunhal, o tratou coma mesma indiferença e desprezo, recusando-lhe um lugar de destaque na sua organização, não obstante o «menino-prodígio se haver inscrito nela». 

Mário Soares, que toda a vida sonhou com a glória de participar na destituição do «tirano de Santa Comba», ou na sua eliminação física, mas deixou-o fugir-lhe das mãos (das dele e dos demais comparsas, tão canhestros como ele) para um sítio onde nunca poderão alcançá-lo, a terceira grande frustração, geradora de novos ódios, rancores «perseguições, agora contra tudo o que «o outro» amara, prestigiara e engrandecera, especialmente a Pátria; Mário Soares, porventura o político português que mais amigos e camaradas traiu, como único e ruim propósito de conquistar para si próprio os lugares e os poderes que almejava, como aconteceu com Salgado Zenha, Sousa Tavares, Rui Mateus e, agora mesmo, Manuel Alegre a quem interesse mais detalhada lista das vítimas da insaciável avidez política do ex-PR, recomendamos a leitura de «Acuso» e «Contos Proibidos», respectivamente, de Henrique Cerqueira e Rui Mateus. 

Apenas como lamiré, ou como aperitivo, transcrevemos, do primeiro as seguintes frases: «Á carreira política do sr. Soares esta cheia de sacanices» e «o comportamento daquela polícia (a PIDE, de má memória, obviamente, esclarece o autor) é, apesar de tudo, bem mais decente que o dele», (pag. 197 e 198, «Editorial Intervenção»). E basta de citações. Que fique só o cheirinho... a enfim e em suma, a merda de gato mal tapada. Mário Soares, enfim e em suma, para encurtar razões, que tem a «coragem» de se apresentar ao País, numa cerimónia participada por algumas centenas de convidados especiais e de uma fidelidade a toda a prova (só os microfones, que por duas ou três vezes se negaram a transmitir a voz do «festejado», é que não. 
Não andará por ali sabotagem ou cabala?), como o «candidato da união nacional e o futuro «Presidente de todos os portugueses», será capaz de imaginar a enormidade das distâncias que o PS e ele próprio cavaram e continuam a cavar, todos os dias, entre os que tiverem a dita ou a desgraça de nascer e viver neste pais? 

Alfredo Farinha, Jornalista.
Do Jornal, O DIABO - 13 de Dezembro de 2005.
 Oswald Le Winter, ex-agente da CIA na Europa, garante a "O DIABO".



"SOARES É UM OPORTUNISTA"
De, António Azevedo, irmão do chefe da Casa Militar da Presidência da República.
                                               

INSTIGAÇÃO AO GENOCÍDIO, EM ANGOLA

"Sobre Angola, Mário Soares, em entrevista ao Spiegel, "Os militares vão intervir pela força das armas. Se necessário atiraremos sobre os colonos Brancos"


o Título
"Notfalls auf weiße Siedler Schießen" P 60
Traduzido: "Se necessário atiraremos sobre os colonos Brancos"

 O enriquecimento fácil, era o seu sonho, para o realizar, ele seria capaz de matar. O roubo e tráfico das riquezas de Angola torna inequívoca a causa à "Instigação ao Genocído" em Angola.



Pela Gravidade do  Crime desta afirmação, a  notar que no SPIEGEL colocaram o ponto de interrogação na frase:  "Notfalls auf weiße Siedler Schießen? S. 60"
"Se necessário atiraremos sobre os colonos Brancos? S. 60" S. de Soares.
(Na altura, este indivíduo era Ministro dos Negócios Estrangeiros)


Nr. 34/1974
Do  "DER SPIEGEL-Nr.34/1974", a entrevista completa no Blog 
"LONGE É A LUA".


ENTREVISTA AO "O ESTADO DE S. PAULO", JORNAL DO BRASIL:


Se um fotógrafo é capaz de captar a "índole" de um indivíduo desprezível, sem dúvida, alguma, que o autor desta foto é um excelente profissional. A foto espelha o retrato de um néscio (mestre no tráfico, e lavagem de dinheiro), de um torpe de baixa condição moral, que viveu às custas de outrem para obter lucros indevidos ou de forma ilícita, e que se aproveitou de todos os portugueses contribuintes:


                        JUNHO, 1975.  TRÁFICO E LAVAGEM DE DINHEIRO ILEGAL: 

Na VPRO, uma emissora de televisão holandesa, a Maio de 2013, passou uma reportagem onde desenha o tráfico do dinheiro para Mário Soares/PS, com origem na CIA e na Máfia da China. 


Entrada da NPO, onde a  sua associada, VPRO, transmite as reportagens.
Andere Tijden o responsável pelo documentário, na altura deslocou-se a Lisboa para entrevistar o homem que recebeu dinheiro negro, ilegal,  “Mário Soares”,  para comprar o poder.


Na Esteira da Revolução dos Cravos em 1974, com origem na destruição e venda de Portugal ao estrangeiro, Mário Soares viajou à Holanda, a 31 de  Junho de 1975, em causa estava dinheiro que recebeu da CIA, esse dinheiro "Ilegal" era para o elevar ao poder.

O dinheiro foi enviado de os EUA para o SPD alemão de Willy Brandt, presidente da Internacional Socialista entre 1976 e 1992, através de Harry van den Bergh do PvdA (Partido Trabalhista) holandês, o dinheiro foi levado para uma pequena subsidiária do Banco Holandês, em Amsterdam, onde, em várias vezes o levantava, e passava, clandestinamente, nas várias viagens que realizava a Lisboa, as notas em maletas que eram entregues no Hotel Ritz, em Lisboa. Van den Bergh fez isso a pedido de Willy Brandt. Harry van den Bergh na entrevista à VPRO, em Maio de 2013, respondeu sobre a divulgação de Arthur Hartman: "Se era dinheiro da CIA, no momento desconhecia a sua proveniência, se algumas pessoas pensam agora que eu era um agente da CIA, não  é o caso."

Arthur Hartman, diplomata americano, em 1974 foi nomeado secretário de Estado adjunto para os Assuntos Europeus e Canadenses, confirmou que o dinheiro era da CIA.

Mas, nesta reportagem da VPRO em Maio de 2013, foram mais longe, também, fizeram referência aos milhões de dólares americanos que Mário Soares recebeu dos chineses pela entrega de Macau.


( As fotos com os envolvidos neste tráfico estão anexas em uma das páginas no Blog "LONGE É A LUA").

A VPRO, na transmissão de Maio de 2013, também, fez referência aos milhões de dólares de Macau recebidos por este homem. Numa das passagens desta reportagem, constava, ele com os chineses na entrega das malas, a sua entrada para o avião carregando as respectivas malas, acompanhado pela  sua trupe.



O TRÁFICO DE DIAMANTES E MARFIM, DE ANGOLA:
“LIGAÇÕES PERIGOSAS” DE MÁRIO SOARES E JOÃO SOARES.

*Acácio Barradas, sobre Mário Soares, no Jornal oficioso de Angola publica um artigo intitulado: 

“LIGAÇÕES PERIGOSAS” DE MÁRIO E JOÃO SOARES;
 «Um boelo» [burro, em kimbundo]. No qual Mário Soares é injuriado: «É mesmo um boelo esse bochechas. Nem vergonha tem naquela kalanga [cara] por tão grandes desavergonhices que estampam o seu mau carácter e maldade». Ainda no Jornal de Angola o escritor angolano António Francisco Adão Cortez ( Chicoadão ), referiu-se a João Soares, como «um gatuno comprovado das riquezas de Angola». O ministro angolano da Comunicação Social, Hendrick Vaal Neto, que acusou Mário Soares e seu filho João (na altura presidente da Câmara de Lisboa) de «beneficiarem do tráfico de diamantes». 
A UNITA chamou «criminosos de guerra» a Almeida Santos, António Guterres, Jaime Gama e Durão Barroso. "A amizade e a admiração que durante muitos anos aproximaram os Soares, pai e filho, de Jonas Savimbi, estão na origem de vários episódios que ensombraram as relações entre Angola e Portugal. Lisboa - A guerra de palavras que por vezes se verificou entre Angola e Portugal teve em Mário Soares e no seu filho João Soares dois destacados protagonistas. O folhetim teve início logo em 1975, na data da independência, pois Mário Soares, então ministro dos Negócios Estrangeiros do VI Governo Provisório, seria considerado co-responsável pelo regresso a Lisboa de um avião que levava a bordo uma representação (não oficial) portuguesa. 

Tal avião foi impedido de atingir Luanda, sob pretexto de que a capital angolana estava debaixo de fogo e não havia condições para aterrar, o que se provou ser uma falsidade. Recordando mais tarde, numa entrevista ao Diário de Lisboa, o clima que então se vivia nas altas esferas lisboetas, Álvaro Cunhal afirmou que, durante uma reunião do Conselho de Ministros em que participavam os líderes dos principais partidos e a Comissão de Descolonização, esta – constituída por militares do MFA – «propôs o reconhecimento, no dia 11, do Governo que se formasse em Luanda. Mas Sá Carneiro e Soares opuseram-se energicamente a tal solução. Entravam e saíam da sala. Interrompiam a reunião para “informarem” que as tropas sul-africanas pelo Sul, e da FLNA, pelo Norte, estariam em Luanda dentro de poucas horas. Diziam que Luanda estava já a ser bombardeada». E Cunhal concluiu: «Com toda a evidência, Mário Soares e Sá Carneiro jogaram, nesse momento, em cheio na invasão de Angola». 

A cerimónia da independência foi assim privada da presença de representantes portugueses, mas o Presidente Agostinho Neto soube interpretar devidamente essa ausência, dirigindo uma mensagem de amizade e de solidariedade ao povo português e às suas forças progressistas. Em Janeiro de 1976, encontrando-se de visita aos EUA, onde foi recebido pelo secretário de Estado Henry Kissinger, Mário Soares proferiu uma conferência na Universidade de Yale, defendendo para Angola uma solução negociada entre os três movimentos e desmentindo que Lisboa venha a reconhecer o Governo do MPLA. A realidade, porém, encarregar-se-ia de o desmentir logo no mês seguinte. Anos depois (em 1984), Mário Soares encontrar-se-ia em Washington com Alexander Haig, ex-secretário de Estado de Ronald Reagan, depois deste se ter avistado com Savimbi. Tal coincidência foi interpretada pela ANGOP como «uma cruzada de submissão aos mais altos interesses de Washington». 

A partir de 1986, entra na liça João Soares, que na qualidade de proprietário da editora Perspectivas & Realidades foi abordado pelo dirigente da UNITA, Alcides Sakala, para a publicação de um livro com poemas de Savimbi. Na sequência deste contacto, João Soares desloca-se à Jamba, perante os protestos da Embaixada de Angola em Lisboa. Após a visita, João Soares elogia Savimbi: «É um grande líder político contemporâneo na África de hoje». No ano seguinte, a pretexto de interceder pela libertação de dois cooperantes suecos que a UNITA fizera reféns, João Soares volta ao quartel-general da UNITA, na Jamba. E quando, em 1988, o Governo português recusa a Savimbi o visto para entrar em Portugal, João Soares concede uma entrevista ao semanário Expresso, em que afirma: «O MPLA não é o Governo legítimo de Angola». 

Entretanto, no Palácio de Belém, Mário Soares, na qualidade de Presidente da República, agracia com a Ordem do Infante Dom Henrique o empresário Horácio Roque, cuja mulher, Fátima Roque, acompanha Savimbi num périplo por vários países. O ano de 1989 é marcado pelo acidente aéreo de que em Setembro são vítimas, na Jamba, João Soares e outros deputados (Rui Gomes da Silva, do PSD, e Nogueira de Brito, do CDS), que tinham ido assistir ao Congresso da UNITA. O Cessna em que voavam para a Namíbia caiu, segundo alguns, por excesso de carga no tráfico de marfim, o que foi negado pelo respectivo piloto. João Soares ficou ferido e convalesceu em Pretória, em casa do casal Horácio e Fátima Roque. Um mês depois do acidente, por ocasião de uma visita oficial a França, Mário Soares recebeu Savimbi em Paris, acto que constituiu a primeira audiência de um Chefe de Estado português ao líder da UNITA, desde os Acordos de Alvor em 1975. 

Em resposta às críticas que a propósito lhe foram formuladas, declarou: «Savimbi não tem peste e recebi-o como um cidadão do mundo que fala com toda a gente com quem tem de falar». Mário Soares voltaria a receber Savimbi quando o líder da UNITA se deslocou a Portugal em Janeiro de 1990, sendo igualmente recebido por Cavaco Silva. Mas, enquanto Soares o recebeu no Palácio de Belém, na qualidade de Presidente da República, Cavaco Silva não o fez como primeiro-ministro, em virtude de que recebeu o líder da UNITA na sede do PSD, como líder do partido, estando na altura acompanhado por Durão Barroso, também este não na qualidade de ministro dos Estrangeiros mas como membro da comissão política nacional do PSD. Em 1992, João Soares demarca-se pela primeira vez de Savimbi, ao certificar-se de que este mandara fuzilar os dirigentes da UNITA Tito Chingondji e Wilson dos Santos. 

Por seu turno, Savimbi mostra-se desagradado com Cavaco Silva e Durão Barroso e declara que, se ganhar as eleições (realizadas em Setembro desse ano) o seu único interlocutor em Portugal será o Presidente Mário Soares. No ano seguinte, Mário Soares recebe uma delegação da UNITA, chefiada pelo general Ben-Ben. O MNE angolano, Venâncio de Moura, pede explicações. 
Na ocasião, o oficioso Jornal de Angola publica um artigo intitulado «Um boelo» [burro, em kimbundo], no qual Mário Soares é injuriado: «É mesmo um boelo esse bochechas. Nem vergonha tem naquela kalanga [cara] por tão grandes desavergonhices que estampam o seu mau caratismo e maldade». Encontro falhado em Maputo. A posse de Joaquim Chissano como Presidente de Moçambique, em 1994, dá ensejo a que Mário Soares e José Eduardo dos Santos se encontrem circunstancialmente em Maputo. Mas o Presidente angolano só teve tempo para uma audiência com Durão Barroso, falando exclusivamente com este sobre a situação angolana. 

No mesmo ano, o embaixador angolano, Ruy Mingas, a propósito de uma carta dirigida a José Eduardo dos Santos por Mário Soares, acusou este de «interferências incorrectas e abusivas» que teriam comprometido a presença de Angola na Cimeira Lusófona. 
O Governo português foi então alvo de críticas por ter reagido de forma discreta. Durão Barroso protestou junto do seu homólogo angolano, mas recusou-se a fazer qualquer desagravo público. De visita às Seychelles, em 1995, Mário Soares, em conversa descontraída com os jornalistas, após o jantar, falou de Angola (que visitaria oficialmente no ano seguinte) e sobre os líderes em confronto, emitindo esta opinião: «José Eduardo dos Santos é um homem banal. Não provoca a ninguém um virar de pescoço quando entra numa sala. Jonas Savimbi tem uma presença esmagadora. É um verdadeiro líder africano». Não obstante estas afirmações, Mário Soares soube ser diplomata na visita oficial que realizou a Angola em 1996, pois embora tenha recebido em Luanda uma representação da UNITA, recusou-se a ir ao Bailundo encontrar-se com Savimbi, o qual, por outro lado, se recusara a ir a Luanda para ser recebido por Soares. 

A escalada verbal atingiria um nível sem precedentes no ano 2000. Através de um artigo no Expresso, Mário Soares acusou o Governo angolano de graves violações dos direitos humanos na escalada da guerra e no cerceamento da liberdade de Imprensa, com realce para a prisão e julgamento do jornalista Rafael Marques por ter escrito um artigo («O Baton da Ditadura», publicado no semanário luandense Agora) considerado difamatório do Presidente José Eduardo dos Santos. A propósito, Soares enunciou detalhadamente a posição condenatória do regime angolano, em que participara como deputado do Parlamento Europeu reunido em Estrasburgo. 
O ‘fait divers’ de Gama A reacção não se fez esperar, por intermédio do ministro angolano da Comunicação Social, Hendrick Vaal Neto, que acusou Mário Soares e seu filho João (na altura presidente da Câmara de Lisboa) de «beneficiarem do tráfico de diamantes feito pela UNITA», acusação logo corroborada pelo deputado angolano MacMahon. 

Em Portugal, estas declarações inflamaram todos os sectores da opinião pública, pondo em confronto diversos graus de entendimento do caso e da sua gravidade. O Presidente Jorge Sampaio, regressado de uma visita á Roménia, escreveu ao seu homólogo angolano, considerando as declarações do ministro «inaceitavelmente caluniosas». Também o primeiro-ministro, António Guterres, escreveu uma carta ao Presidente angolano, dando conhecimento da mesma a Mário Soares. No entanto, a reacção do MNE Jaime Gama, que considerou o caso um ‘fait divers’, limitando-se a falar com o seu homólogo e a pedir mais contenção, suscitou um coro de críticas, inclusivamente dentro do seu próprio partido. 
O assunto foi a debate na Assembleia da República, onde curiosamente a proposta aprovada não foi a do PS mas a redigida pelo Bloco de Esquerda, em que se repudiavam as palavras do ministro angolano e se manifestava solidariedade, não aos Soares, mas «a todos aqueles que em Angola lutam pela paz, pela defesa dos direitos humanos e das liberdades democráticas». 

Perante as vozes inflamadas que se levantaram (Paulo Portas chegou a dizer que «Portugal está a sofrer um vexame diplomático») não faltaram também os apelos ao bom senso, por vezes com perguntas dirigidas à memória dos mais exaltados: quando a UNITA chamou «criminosos de guerra» a Almeida Santos, António Guterres, Jaime Gama e Durão Barroso, alguém tomou posição e manifestou solidariedade? Alguém se lembra da resposta do Governo de Cavaco quando Jonas Savimbi chamou «garoto» ao então ministro Durão Barroso? No auge da contenda – que se arrastou nos media semanas a fio – ouve excessos de linguagem de parte a parte. Assim, por exemplo, um tal Chicoadão referiu-se a João Soares, nas páginas do Jornal de Angola, como «um gatuno comprovado das riquezas de Angola». 

Por seu turno, João Soares, numa entrevista ao semanário Expresso, classificou os dirigentes angolanos como «um bando de cleptócratas». O mesmo jornal resolveu ouvir o ex-dirigente do PS, Rui Mateus, que durante anos fora responsável pelas relações internacionais do partido e que era autor do polémico livro Memórias de um PS desconhecido. Das suas declarações, importa reter esta revelação: «Pela minha parte, o PS nunca recebeu nada, nem do MPLA nem da UNITA. O PS mantinha relações clandestinas com a UNITA, mas não por mim. Eram relações escondidas, que o dr. Soares durante muito tempo manteve confidenciais», em virtude de «não querer que isso fosse do conhecimento da Internacional Socialista, onde o movimento da UNITA não era reconhecido». Esclarecedor. 
*Acácio Barradas é um jornalista português. Trabalhou em Luanda nos matutinos O Comércio e A Província de Angola e foi chefe de redacção do ABC-Diário de Angola e dos semanários Jornal do Congo e revista Notícia. Regressou a Portugal em 1968 e foi chefe de redacção do Diário Popular, Diário de Lisboa e Diário de Notícias. Actualmente, dedica-se a trabalhos de investigação histórica.



"LIGAÇÕES PERIGOSAS" DE MÁRIO SOARES E JOÃO SOARES.

Continuação do Artigo de Acácio Barradas: 
No Portugal Digital, em complemento à série "Angola e Portugal, 30 anos de relações acidentadas", o artigo de Acácio Barradas sobre a família Soares.

Angola e Portugal, as "ligações perigosas" de Mário e João Soares.
Porto, Setembro 1987. Mário Soares, com Eduardo dos Santos, declara que “Portugal não será santuário da UNITA”.
A amizade e a admiração que durante muitos anos aproximaram os Soares, pai e filho, de Jonas Savimbi, estão na origem de vários episódios que ensombraram as relações entre Angola e Portugal.
Lisboa - A guerra de palavras que por vezes se verificou entre Angola e Portugal teve em Mário Soares e no seu filho João Soares dois destacados protagonistas. O folhetim teve início logo em 1975, na data da independência, pois Mário Soares, então ministro dos Negócios Estrangeiros do VI Governo Provisório, seria considerado co-responsável pelo regresso a Lisboa de um avião que levava a bordo uma representação (não oficial) portuguesa. Tal avião foi impedido de atingir Luanda, sob pretexto de que a capital angolana estava debaixo de fogo e não havia condições para aterrar, o que se provou ser uma falsidade.

Recordando mais tarde, numa entrevista ao Diário de Lisboa, o clima que então se vivia nas altas esferas lisboetas, Álvaro Cunhal afirmou que, durante uma reunião do Conselho de Ministros em que participavam os líderes dos principais partidos e a Comissão de Descolonização, esta – constituída por militares do MFA – «propôs o reconhecimento, no dia 11, do Governo que se formasse em Luanda. Mas Sá Carneiro e Soares opuseram-se energicamente a tal solução. Entravam e saíam da sala. Interrompiam a reunião para “informarem” que as tropas sul-africanas pelo Sul, e da FLNA, pelo Norte, estariam em Luanda dentro de poucas horas. Diziam que Luanda estava já a ser bombardeada». E Cunhal concluiu: «Com toda a evidência, Mário Soares e Sá Carneiro jogaram, nesse momento, em cheio na invasão de Angola».

A cerimónia da independência foi assim privada da presença de representantes portugueses, mas o Presidente Agostinho Neto soube interpretar devidamente essa ausência, dirigindo uma mensagem de amizade e de solidariedade ao povo português e às suas forças progressistas.
Em Janeiro de 1976, encontrando-se de visita aos EUA, onde foi recebido pelo secretário de Estado Henry Kissinger, Mário Soares proferiu uma conferência na Universidade de Yale, defendendo para Angola uma solução negociada entre os três movimentos e desmentindo que Lisboa venha a reconhecer o Governo do MPLA.
A realidade, porém, encarregar-se-ia de o desmentir logo no mês seguinte.
Anos depois (em 1984), Mário Soares encontrar-se-ia em Washington com Alexander Haig, ex-secretário de Estado de Ronald Reagan, depois deste se ter avistado com Savimbi. Tal coincidência foi interpretada pela ANGOP como, «uma cruzada de submissão aos mais altos interesses de Washington».

A partir de 1986, entra na liça João Soares, que na qualidade de proprietário da editora Perspectivas & Realidades foi abordado pelo dirigente da UNITA, Alcides Sakala, para a publicação de um livro com poemas de Savimbi. Na sequência deste contacto, João Soares desloca-se à Jamba, perante os protestos da Embaixada de Angola em Lisboa. Após a visita, João Soares elogia Savimbi:
«É um grande líder político contemporâneo na África de hoje». No ano seguinte, a pretexto de interceder pela libertação de dois cooperantes suecos que a UNITA fizera reféns, João Soares volta ao quartel-general da UNITA, na Jamba. E quando, em 1988, o
Governo português recusa a Savimbi o visto para entrar em Portugal, João Soares concede uma entrevista ao semanário Expresso, em que afirma: «O MPLA não é o Governo legítimo de Angola».

Entretanto, no Palácio de Belém, Mário Soares, na qualidade de Presidente da República, agracia com a Ordem do Infante Dom Henrique o empresário Horácio Roque, cuja mulher, Fátima Roque, acompanha Savimbi num périplo por vários países.
O ano de 1989 é marcado pelo acidente aéreo de que em Setembro são vítimas, na Jamba, João Soares e outros deputados (Rui Gomes da Silva, do PSD, e Nogueira de Brito, do CDS), que tinham ido assistir ao Congresso da UNITA.
O Cessna em que voavam para a Namíbia caiu, segundo alguns, por excesso de carga no tráfico de marfim, o que foi negado pelo respectivo piloto. João Soares ficou ferido e convalesceu em Pretória, em casa do casal Horácio e Fátima Roque.
Um mês depois do acidente, por ocasião de uma visita oficial a França, Mário Soares recebeu Savimbi em Paris, acto que constituiu a primeira audiência de um Chefe de Estado português ao líder da UNITA, desde os Acordos de Alvor em 1975.
Em resposta às críticas que a propósito lhe foram formuladas, declarou:
«Savimbi não tem peste e recebi-o como um cidadão do mundo que fala com toda a gente com quem tem de falar».

Mário Soares voltaria a receber Savimbi quando o líder da UNITA se deslocou a Portugal em Janeiro de 1990, sendo igualmente recebido por Cavaco Silva. Mas, enquanto Soares o recebeu no Palácio de Belém, na qualidade de Presidente da República, Cavaco Silva não o fez como primeiro-ministro, em virtude de que recebeu o líder da UNITA na sede do PSD, como líder do partido, estando na altura acompanhado por Durão Barroso, também este não na qualidade de ministro dos Estrangeiros mas como membro da comissão política nacional do PSD.
Em 1992, João Soares demarca-se pela primeira vez de Savimbi, ao certificar-se de que este mandara fuzilar os dirigentes da UNITA Tito Chingondji e Wilson dos Santos.
Por seu turno, Savimbi mostra-se desagradado com Cavaco Silva e Durão Barroso e declara que, se ganhar as eleições (realizadas em Setembro desse ano) o seu único interlocutor em Portugal será o Presidente Mário Soares.
No ano seguinte, Mário Soares recebe uma delegação da UNITA, chefiada pelo general Ben-Ben.

O MNE angolano, Venâncio de Moura, pede explicações. Na ocasião, o oficioso Jornal de Angola publica um artigo intitulado «Um boelo» [burro, em kimbundo], no qual Mário Soares é injuriado: «É mesmo um boelo esse bochechas. Nem vergonha tem naquela kalanga [cara] por tão grandes desavergonhices que estampam o seu mau caratismo e maldade».
Encontro falhado em Maputo.
A posse de Joaquim Chissano como Presidente de Moçambique, em 1994, dá ensejo a que Mário Soares e José Eduardo dos Santos se encontrem circunstancialmente em Maputo. Mas o Presidente angolano só teve tempo para uma audiência com Durão Barroso, falando exclusivamente com este sobre a situação angolana.
No mesmo ano, o embaixador angolano, Ruy Mingas, a propósito de uma carta dirigida a José Eduardo dos Santos por Mário Soares, acusou este de «interferências incorrectas e abusivas» que teriam comprometido a presença de Angola na Cimeira Lusófona. O Governo português foi então alvo de críticas por ter reagido de forma discreta. Durão Barroso protestou junto do seu homólogo angolano, mas recusou-se a fazer qualquer desagravo público.

De visita às Seychelles, em 1995, Mário Soares, em conversa descontraída com os jornalistas, após o jantar, falou de Angola (que visitaria oficialmente no ano seguinte) e sobre os líderes em confronto, emitindo esta opinião: «José Eduardo dos Santos é um homem banal. Não provoca a ninguém um virar de pescoço quando entra numa sala. Jonas Savimbi tem uma presença esmagadora. É um verdadeiro líder africano».
Não obstante estas afirmações, Mário Soares soube ser diplomata na visita oficial que realizou a Angola em 1996, pois embora tenha recebido em Luanda uma representação da UNITA, recusou-se a ir ao Bailundo encontrar-se com Savimbi, o qual, por outro lado, se recusara a ir a Luanda para ser recebido por Soares.
A escalada verbal atingiria um nível sem precedentes no ano 2000. Através de um artigo no Expresso, Mário Soares acusou o Governo angolano de graves violações dos direitos humanos na escalada da guerra e no cerceamento da liberdade de Imprensa,
com realce para a prisão e julgamento do jornalista Rafael Marques por ter escrito um artigo («O Baton da Ditadura», publicado no semanário luandense Agora) considerado difamatório do Presidente José Eduardo dos Santos.

A propósito, Soares enunciou detalhadamente a posição condenatória do regime angolano, em que participara como deputado do Parlamento Europeu reunido em Estrasburgo. O 'fait divers' de Gama.
A reacção não se fez esperar, por intermédio do ministro angolano da Comunicação Social, Hendrick Vaal Neto, que acusou Mário Soares e seu filho João (na altura presidente da Câmara de Lisboa) de «beneficiarem do tráfico de diamantes», acusação logo corroborada pelo deputado angolano MacMahon.
Em Portugal, estas declarações inflamaram todos os sectores da opinião pública, pondo em confronto diversos graus de entendimento do caso e da sua gravidade. O Presidente Jorge Sampaio, regressado de uma visita á Roménia, escreveu ao seu homólogo angolano, considerando as declarações do ministro «inaceitavelmente caluniosas». Também o primeiro-ministro, António Guterres, escreveu uma carta ao Presidente angolano, dando conhecimento da mesma a Mário Soares. No entanto, a reacção do MNE Jaime Gama, que considerou o caso um 'fait divers', limitando-se a falar com o seu homólogo e a pedir mais contenção, suscitou um coro de críticas, inclusivamente dentro do seu próprio partido. 

O assunto foi a debate na Assembleia da República, onde curiosamente a proposta aprovada não foi a do PS mas a redigida pelo Bloco de Esquerda, em que se repudiavam as palavras do ministro angolano e se manifestava solidariedade, não aos Soares, mas «a todos aqueles que em Angola lutam pela paz, pela defesa dos direitos humanos e das liberdades democráticas».
Perante as vozes inflamadas que se levantaram (Paulo Portas chegou a dizer que «Portugal está a sofrer um vexame diplomático») não faltaram também os apelos ao bom senso, por vezes com perguntas dirigidas à memória dos mais exaltados: quando a UNITA chamou «criminosos de guerra» a Almeida Santos, António Guterres, Jaime Gama e Durão Barroso, alguém tomou posição e manifestou solidariedade? Alguém se lembra da resposta do Governo de Cavaco quando Jonas Savimbi chamou «garoto» ao então ministro Durão Barroso?

No auge da contenda – que se arrastou nos media semanas a fio – ouve excessos de linguagem de parte a parte. Assim, por exemplo, um tal Chicoadão referiu-se a João Soares, nas páginas do Jornal de Angola, como «um gatuno comprovado das riquezas
de Angola». Por seu turno, João Soares, numa entrevista ao semanário Expresso, classificou os dirigentes angolanos como «um bando de cleptócratas». O mesmo jornal resolveu ouvir o ex-dirigente do PS, Rui Mateus, que durante anos fora responsável pelas relações internacionais do partido e que era autor do polémico livro Memórias de um PS desconhecido. Das suas declarações,importa reter esta revelação:
«Pela minha parte, o PS nunca recebeu nada, nem do MPLA nem da UNITA. O PS mantinha relações clandestinas com a UNITA, mas não por mim. Eram relações escondidas, que o dr. Soares durante muito tempo manteve confidenciais», em virtude de «não querer que isso fosse do conhecimento da Internacional Socialista, onde o movimento da UNITA não era reconhecido».

Esclarecedor. Esta peça complementa um artigo sobre as relações luso-angolanas publicado na última edição da revista Espaço África.

* Acácio Barradas é um jornalista português. Trabalhou em Luanda nos matutinos O Comércio e A Província de Angola e foi chefe de redacção do ABC-Diário de Angola e dos semanários Jornal do Congo e revista Notícia.
Regressou a Portugal em 1968 e foi chefe de redacção do Diário Popular, Diário de Lisboa e Diário de Notícias. Actualmente, dedica-se a trabalhos de investigação histórica.




NA ROTA DO NARCOTRÁFICO E TRÁFICO DAS RIQUEZAS DE ANGOLA:
Soares, filho, no regresso ao lugar do crime.
Dizem os sábios que: "Quem sai aos seus, não degenera"
Sem dúvida que as evidências confirmam essa verdade!


A Jamba era o centro nevrálgico do tráfico de marfim, diamantes, madeiras preciosas e droga! 

O texto abaixo foi extraído do livro “Eden’s Exiles”  subtítulo “One Soldier’s Fight For Paradise” do coronel Jan Breytenbach o fundador do 32 Buffalo Battalion, Batalhão Búfalo, e que foi treinado por ele na Faixa de Caprivi. A Faixa de Caprivi  é um pedaço de terra entre o norte de Botswana, sul de Angola, e Zâmbia. 


"Pouco depois da descolagem o avião caiu pela excessiva carga de marfim e embateu numa árvore, despenhando-se em chamas. O  filho do então Presidente da República ficou entre a vida e a morte. Os outros dois deputados sofreram ferimentos mais ligeiros.
Joaquim Augusto, piloto e dono do avião que caiu na Jamba, com João Soares a bordo, recebeu três mil toneladas de marfim em pagamento por serviços prestados.
O coronel Jan Breytenbach denunciou os mafiosos e foi saneado
"Exigi que acabasse imediatamente com o tráfico de marfim e de droga entre a Zâmbia, Jamba e Joanesburgo”, conta Breytenbach. Mas exigiu mais: 
“Vejam-se livres da máfia portuguesa e tomem imediatamente medidas porque estão a dizimar as manadas de elefantes e rinocerontes”. A resposta foi eloquente. E não tardaram as sanções contra ele. O coronel Breytenbach pediu para passar à reserva porque queria gerir o parque natural de Caprivi, na Namíbia. Iniciou funções mas por pouco tempo. A máfia de traficantes de droga, marfim e diamantes mexeu os cordelinhos em Pretória e ele foi despedido sem qualquer justificação.

O mesmo aconteceu a um jovem tenente que em 1987 e 1988 foi combater no Cuando Cubango.
O coronel Ian Breytenbach conta como foi saneado:
“o jovem tenente informou-me que ao regressar de uma operação em Angola, estava sem mantimentos para a sua tropa. Foi ao Rundu abastecer-se num armazém da Inteligência Militar. Abriu uma caixa e estava cheia de dentes de elefante. Abriu outra e outra, a mesma coisa. Todas as caixas do armazém, em vez de víveres, estavam cheias de marfim”. As caixas iam ser trocadas por outras cheias de víveres, mas os camiões estavam atrasados. 
O jovem oficial, “como um bom soldado, decidiu comunicar o facto ao seu comandante. Ele ouviu o relato, ficou irritado, fechou a porta do gabinete e começou a ameaçar o jovem dizendo que ia ter problemas graves na vida se divulgasse a sua descoberta.
A máfia que tinha na Jamba o supermercado de droga tremeu. 
Os garimpeiros de diamantes e os traficantes de marfim e Mandrax perceberam que as suas actividades criminosas estavam a chegar ao fim. 
Os turistas da Jamba entravam e saíam a uma velocidade estonteante. Chegavam de bolsos vazios e partiam com as malas cheias. A ambição levou ao fim dos negócios de uma forma fortuita. 

No dia 7 de Outubro de 1989 o jornal “Whindhoek Observer” publica uma notícia de primeira página que põe a nu a rede mafiosa. “A frota aérea civil do país, considerável à luz da sua pequena população, perdeu um bimotor pressurizado, Cessna 340 com a matrícula 3D-A-F-C, quando se despenhou logo após a descolagem, no Sul de Angola, perto da sede da UNITA. João Soares, filho de Mário Soares, na época, Presidente da República Portuguesa estava a bordo e sofreu ferimentos graves”.
O avião estava registado na Suazilândia e era propriedade de Joaquim da Silva Augusto, um homem muito rico, proprietário do grupo J&C. O jornal da Namíbia refere que “não se sabe quem autorizou um voo civil a cruzar a fronteira para a Jamba onde se encontrava a base da UNITA em Angola”.

Excesso de marfim
No dia seguinte, a Imprensa sul-africana dava detalhes importantes: “caiu o avião do proprietário de um grande império de negócios e de um armazém de reabastecimento das guerrilhas da UNITA”. Os jornais eram unânimes: “o avião do senhor Augusto foi forçado a aterrar, logo após a descolagem, por causa da excessiva carga de marfim que transportava, além dos passageiros João Soares (Partido Socialista Português), Rui Gomes da Silva (deputado do PSD de Portugal), Nogueira de Brito (deputado do CDS de Portugal) e Gepperth Rainer, alemão, da Fundação Hans Seidel.
O jornal da Namíbia voltou à carga no dia seguinte e dá um pormenor importante: “não foi permitido o contacto dos jornalistas com os feridos, incluindo o senhor Augusto". Em Windhoek, o chefe da Conservação da Natureza, Polla Swart, disse que o advogado do milionário português, amigo da família do Presidente Mário Soares, estragou tudo.

Camiões de marfim
Barnard Hennie, advogado do abastecedor da UNITA, confirmou à imprensa que “o camião apreendido com uma carga de marfim avaliada em 3,5 milhões de rands é propriedade do senhor Augusto”. Augusto levava na sua frota alimentos para a UNITA e os camiões regressavam carregados de marfim e madeira. Os diamantes e a droga viajavam de avião.
Joaquim da Silva Augusto era considerado um dos homens mais ricos da África do Sul. Tinha uma cadeia de supermercados e um grande armazém no Rundu, ponto de partida para os abastecimentos logísticos à UNITA.
Um jornal sul-africano deu uma notícia sobre o acidente aéreo que pode explicar o que estava em jogo. O título da notícia: “milionário ligado a um grande crime”. O milionário é Joaquim Augusto e o crime, tráfico de marfim e de diamantes. A notícia refere que “o desastre ocorreu no Sul de Angola, e que o local que é estritamente vigiado e não é permitida a entrada a nenhum repórter. Um jornalista foi tratado de forma violenta e hostil, quando tentou aproximar-se do local do acidente”.

Internamento secreto
Em Pretória os portugueses, João Soares, Rui Gomes da Silva deputado do PSD,
Nogueira de Brito, do CDS, Joaquim Augusto e Gepperth Rainer foram internados num hospital militar, numa ala onde apenas podia entrar pessoal autorizado pelos serviços secretos.

“foram liquidados 100.000 elefantes para ajudar a financiar a guerra”. As presas dos elefantes e os chifres dos rinocerontes foram armazenados na Jamba. As mafias colocavam o marfim em Hong Kong, os diamantes em Pretória e na Europa e a madeira preciosa na Namíbia, os turistas da Jamba, entre os quais a família Soares, e os seus “embaixadores”, entre os quais um comerciante português, Arlindo Manuel Maia, dono de uma empresa de transportes em Joanesburgo e com “filial” no Rundu. Outro mafioso era José Francisco Lopes, comerciante no Rundu e tido como multimilionário.
A Environmentand Animal Welfare explicou que o contrabando de marfim se fazia através da faixa de Caprivi. O coronel Breytenbach foi directamente ao assunto: “descobri uma máfia que contrabandeava dentes de elefante e chifres de rinoceronte, diamantes, madeira e droga”.

“Durante longos anos, quantidades indefinidas de predras preciosas. 
Toneladas de Droga.
Milhares de animais liquidados, elefantes e rinocerontes, para este tráfico.
Milhões de toneladas de madeira foram roubados de Angola e serradas em tábuas numa serração pertencente à InterFrama, em Bwabwata. 
Milhões de árvores foram derrubadas nas savanas do Cuando Cubango para traficar madeira. Uma catástrofe ambiental sem precedentes e que ficou sem castigo."


"Do Jornal de Angola:
Uma enfermeira portuguesa conta ao Jornal de Angola o que sucedeu: “eu e meu marido soubemos que o nosso amigo Joaquim Silva teve um acidente grave e estava no meu hospital. Fui imediatamente para lá.  Só nesse momento soube que também estava internado João Soares, filho de Mário Soares. No dia seguinte recebeu a visita da mãe e da esposa. Eu pus-me à disposição deles”. 

Esse deputados portugueses foram internados num hospital militar numa ala controlada pelos serviços secretos. João Soares diz que o Jornal de Angola o acusou de tráfico de marfim e de diamantes. Mas quem falou em tráfico e em “crime grave” foi a imprensa da Africa do Sul.

Jornal de Angola - 22/05/2014."

Tenente-coronel Jan Breytenbach
 ele foi, também, o fundador e primeiro comandante do 1Comando de Reconhecimento (1 recce) que foi as primeiras forças especiais Sul-Africanas - precursor da actual Brigada das Forças Especiais do SANDF a Força de Defesa Nacional Sul-Africana equivalente ao  SAS britânico (Serviço Aéreo Especial).

 Interior do livro “Eden’s Exiles One Soldier’s Fight For Paradise”

delito gravíssimo e de cunho hediondo, deste tráfico, é ainda maior, por ser realizado  aquando Angola se encontrava sob um pantanal de sangue por uma violenta e terrificante "guerra fratricida". Esta abominável corja de criminosos sem escrúpulos de moral contribuiram para o prolongamento da guerra,  convertendo a morte e os sacrifícios de um povo, como benefício para a prática do tráfico.


                    

MOÇAMBIQUE, FICHEIROS SECRETOS SOBRE
 A "DESCOLONIZAÇÃO EXEMPLAR".

"CONFIDENCIAL", MÁRIO SOARES OFEREÇEU MOÇAMBIQUE À FRELIMO: 

 Estes documentos fazem parte dos arquivos secretos dos Estados Unidos, da República Democrática Alemã e da União Soviética, sobre os acontecimentos que marcaram a África Austral durante a década de 70. Todos estes papéis foram agora finalmente desclassificados, encontrando-se ao dispor dos investigadores nos National Security Archives, em Washington. 
Neles se revelam alguns dos aspectos mais dramáticos da história da "descolonização portuguesa" e das guerras civis que se seguiram nas antigas "colónias". Demonstram sobretudo algumas das atitudes assumidas pelos principais protagonistas políticos que, na altura, conduziam a política externa dos seus países. Documento do departamento de Estado norte-americano sobre a descolonização de Moçambique, classificado como “secreto”. Nele se dá conta da opinião de Mário Soares, favorável à entrega imediata da colónia à Frelimo. Sem dar qualquer relevância à possível falta de representatividade do movimento marxista moçambicano.

Este primeiro documento cita a opinião do então ministro dos Negócios Estrangeiros, Mário Soares, sobre a descolonização de Moçambique: “A transferência imediata do poder para a Frelimo é a única saída para Portugal, independentemente de a Frelimo ser ou não realmente representativa da maioria da população”. Esta verdadeira entrega sem discussões do país à Frente de Libertação de Moçambique justificava-se, segundo o ex-Presidente da República, como a única forma de terminar definitivamente com a guerra.
De acordo com os norte-americanos, Soares entendia que se Portugal não fizesse esta outorga do poder “as tropas portuguesas iriam recusar-se a combater, o que resultaria num Moçambique independente governado pela Frelimo mas hostil a Portugal”.
Ao transferir o poder para os homens de Samora Machel, Mário Soares explicava desta forma “Portugal manterá a capacidade de exercer influência sobre o Governo de Moçambique”. O documento confidencial, intitulado “A escolha como Soares a vê”, explica mais adiante que o ministro dos Negócios Estrangeiros do I Governo Provisório acreditava que se Portugal aceitasse incondicionalmente “a Frelimo como condutora do processo de independência, Moçambique irá manter no futuro ligações linguísticas, culturais e económicas com Portugal e desejará manter permanentemente a presença portuguesa no território”.

 30 de Maio de 1974: Telex do cônsul norte-americano em Luanda, relatando um encontro ocorrido a 24 de Maio entre António Almeida Santos, ministro da Coordenação Interterritorial, o cônsul americano em Luanda, Everett Ellis Briggs, e o seu colega italiano.
O actual presidente da Assembleia da República dizia que não havia outro caminho para Angola e Moçambique que não fosse “a imediata autodeterminação”. Segundo este documento, Almeida Santos afirmou no encontro com o cônsul norte-americano, Everett Briggs, que “o Governo provisório angolano não deverá depender de Lisboa: é impensável que Lisboa vá continuar a dirigir os assuntos angolanos e moçambicanos. A autonomia será conduzida para que o imediato exercício da autodeterminação possa ser genuíno”.
À altura, o então ministro da Coordenação Interterritorial ainda defendia que “a autodeterminação incluirá as opções de federação com Portugal ou de independência total”. Uma ideia que foi, como se sabe, rapidamente ultrapassada. Segundo o que relata Everett Briggs, mais tarde embaixador dos Estados Unidos em Lisboa, o Governo português mostrava-se claramente optimista no apoio de Angola “à manutenção de laços económicos e culturais com Portugal”, que deveria preservar também “responsabilidades partilhadas na área da Defesa durante algum tempo”.

Na reunião, que durou apenas “alguns minutos”, Almeida Santos teve tempo para defender ainda que “Cabinda terá de permanecer como parte integrante de Angola. Se Cabinda tivesse uma relação separada com Portugal, o resto de Angola seria vulnerável à desintegração.
Quando o ministro hoje se encontrar com uma delegação de Cabinda, tenciona abrir as conversações com uma declaração anti-separatista”. Almeida Santos referiu depois que “os EUA deveriam estar satisfeitos com o facto de Portugal ter finalmente aceite o princípio da autodeterminação”. Quanto à possibilidade de Washington oferecer assistência económica a Angola e Moçambique durante a “transição”, o responsável norte-americano “não deu qualquer tipo de encorajamento” aos pedidos do socialista português.
2 de Agosto de 1974: Documento classificado do departamento de Estado com o título “Descolonização em Angola: o passo acelera”. Nele se refere que “o conceito de Spínola de uma federação lusitana” se tinha tornado obsoleto. A fonte deste relatório secreto é um membro do Movimento das Forças Armadas, coronel Silva Cardoso, que revelou “os planos do MFA para realizar a independência antecipada de Angola sem a realização de um referendo”.

No texto da funcionária norte-americana, Marianne L. Cook, salienta-se que “o processo de descolonização em Angola foi acelerado com o novo Governo Provisório português dominado pelo MFA”, tornando obsoleto “o conceito de Spínola de uma Federação Lusitana”.
Já nesta data os norte-americanos reconhecem que, “apesar de Angola dever ser o último dos três territórios a obter a independência, vai consegui-la sem a realização de um referendo e muito antes do tempo previsto” por Portugal.
A fonte principal deste documento foi o coronel António da Silva Cardoso, membro do MFA enviado para Angola numa “comissão de averiguação” a recentes tumultos entretanto verificados. O relatório norte-americano afirma, preto-no-branco, que Silva Cardoso revelou “ao nosso cônsulo-geral em Luanda os planos do MFA para realizar uma independência antecipada sem realização, de um referendo”.
Lembre-se que a politica oficial do Governo na altura, tambem defendida por António de Spínola, que era ainda Presidente da República , afirmava que a independência de Angola só deveria acontecer depois da realização de uma consulta popular” aos povos a autodeterminar”.

O plano do MFA para a independência de Angola revelado por Silva Cardoso aos americanos, dependia de “um acordo prévio entre os três movimentos de libertação, as comunidades brancas e mestiças”, no sentido de formar um “ Governo provisório de coligação” semelhante ao que na altura existia em Portugal. As eleições democráticas seriam realizadas só depois da independência. Esta coligação impossível deveria incluir as três fracções do MPLA que na altura disputavam o poder, respectivamente lideradas por Agostinho Neto, Daniel Chipenda e pelo chamado, ”grupo de Pinto de Andradre”, englobando também a FNLA e a UNITA.
O MFA esperava que um, ”MPLA unificado” – preferivelmente sob a liderança do moderado Pinto de Andradre – poderia conseguir governar uma “ Angola multi-racial”. Uma ilusão que veio a sair cara aos antigos “colonos portugueses” e ao povo Angolano em geral. Aparentemente, as conversas travadas entre os norte-americanos e o representante do MFA visavam obter o apoio de Washington para esta causa portuguesa.

Lisboa pretendia que os EUA viessem a pressionar a FNLA de Holden Roberto para que aceitasse participar no Governo de coligação. Lisboa confiava igualmente nos “bons ofícios” de Washington para assegurar o apoio de presidente zairense, Mobutu Sese Seko, ao plano de Portugal. Silva Cardoso revelou ainda “a sua preocupação com a eventual tomada de Cabinda por Mobutu” – o enclave angolano era considerado pelos portugueses como “ militar mente indefensável “.
Do ponto de vista do departamento Estado norte-americano, eram vários os problemas que poderiam inviabilizar este plano do MFA. Em primeiro lugar, “a atitude Holden Roberto”, que resistia à unificação dos movimentos rebeldes. Depois, “ a posição de Mobutu”, que pretendia assegurar um maior acesso ao mar e ao petróleo, só possível mediante a conquista de Cabinda. Em clara oposição mantinham-se também os colonos portugueses, “alguns dos quais mostrando-se dispostos a inviabilizar o projecto de Lisboa”.
Finalmente, e mais importante, o plano do MFA exigia que ”o Governo português tivesse capacidade de manter forças militares em Angola pelo menos durante algum tempo depois da independência”.

8 de Maio de 1974: Documento do Departamento da Defesa dos Estados Unidos, mais precisamente da Defense Intelligence Agency os serviços de informações militares. Aqui se relata a visita de Costa Gomes a Angola em 5 de Maio de 74. Comentando a visita de Costa Gomes, na altura membro da Junta de Salvação Nacional e CEMGFA, efectuada em 5 de Maio a Angola, os norte-americanos referem que o general “ prometeu que os guerrilheiros presos seriam libertados em troca da cessação imediata de hostilidades”.
Este facto conhecido é, no entanto, interpretado pelos EUA como sendo “ essencialmente motivado por questões de política interna” em Lisboa. Com esta acção, diz o documento, Costa Gomes esperava vir a “diminuir as pressões em Portugal por parte dos mais esquerdistas que defendem a independência imediata, negando também qualquer estatuto especial aos movimentos de libertação em futuras negociações”. Curiosamente, nesta altura, Costa Gomes surge como um travão aos elementos do MFA mais radicais empenhados numa” descolonização instantânea”. Uma posição que o próprio general irá deixar cair meses mais tarde, depois dos acontecimentos do 28 de Setembro, quando assume a presidência da República com o apoio da Comissão Coordenadora do MFA.

24 de Dezembro de 1974: Telex do cônsul norte-americano em Luanda sobre “a indisciplina das tropas portuguesas no território”. Meses depois do golpe de 25 de Abril, o estado das tropas portuguesas em Angola aproximava-se da anarquia, as ordens recebidas eram de não protecção, nem ajuda à população branca. MFA em Angola estava nesta altura a organizar equipas de oficiais, sargentos e praças para efectuar visitas às unidades que procuravam restabelecer o “sentido da disciplina e da responsabilidade”. As “fontes próximas” dos Estados Unidos afirmavam que “o Exercito está dividido entre os que querem partir imediatamente para a metrópole, independentemente das consequências, e os que sentem que têm a obrigação de assegurar a segurança e a defesa dos interesses dos seus compatriotas durante este período difícil”.
O documento não pode ser mais claro sobre o estado das forças portuguesas em Angola. “Considerando o aspecto das tropas e a sua recente falta de vontade para combater, o moral é provavelmente mais baixo do que o Alto – Comando português admite”, dizem os americanos.




AS VÁRIAS CARAS DE UM CANALHA! 
  Esq. Mário Soares -  dir. Holden Roberto/FNLA.


Setembro 1987 no Porto, Mário Soares com Eduardo dos Santos declara que: 
                                           -"Portugal não será santuário da UNITA."


Alguns anos depois sobre Jonas Malheiro Savimbi, disse: 
-"Savimbi é o verdadeiro líder africano."


AS AMIZADES COM OS CRIMINOSOS DA SUA ESTIRPE:

No ano 1975 recebeu em Lisboa, Nicolae Ceausescu, o Facínora Ditador da Romênia Socialista, a quem admirava e chegou apresentar como modelo a seguir, para Portugal!

A DIFERENÇA ENTRE ESTES DOIS PARES ...
Esteve num povo que soube fazer Justiça!




Morrerá o homem que sempre foi "um criminoso" que contribuiu para a destruição da Nação e aos assassinatos dos povos de Portugal, nas províncias ultramarinas. A exemplo do seu amigo, Nicolae Ceauşescu, corrompeu a Nação, pretendeu  instituir o culto da sua pessoa para se converter numa figura popular para domínio do poder, e pretendeu colocar a "família" nos comandos estatais do país,  

A História do mundo prova que:  Por menos crimes, foram mortos muitos homens.