Segundo o Exército chadiano, os rebeldes foram capturados após uma ofensiva contra um comboio de cerca de 50 veículos rebeldes que entravam no país pela Líbia.
Os militares chadianos informaram este sábado (09.02) que capturaram mais de 250 rebeldes, incluindo alguns de seus líderes, após uma operação contra um comboio de militantes que tentava entrar no país a partir da Líbia no final de janeiro. A ação envolveu ataques aéreos franceses.
Por meio de comunicado, os militares chadianos disseram que a varredura continuaria na região de Ennedi, na fronteira noroeste com a Líbia e o Sudão, perto de onde veículos rebeldes foram travados no início de fevereiro.
Segundo o comunicado, cerca de 250 "terroristas, incluindo quatro líderes" foram detidos, enquanto mais de 40 veículos foram destruídos e centenas de armas apreendidas.
"Vários documentos comprometedores" também foram apreendidos, e acordo com a nota.
No entanto, um porta-voz do grupo rebelde União das Forças de Resistência (UFR) negou, considerando o número de detenções como "imaginário".
Youssouf Hamid disse que apenas cerca de 30 combatentes foram detidos.
O Presidente chadiano, Idriss Deby, disse na passada quinta-feira (07.02) que a coluna de rebeldes foi "destruída" em uma série de ataques realizados por aviões de guerra franceses.
Ofensiva francesa
Agindo em conjunto com o Governo do Chade, as aeronaves francesas atacaram o comboio rebelde no domingo, terça e quarta-feiras da semana passada, destruindo cerca de 20 das 50 caminhonetes rebeldes, disseram as forças armadas francesas em comunicado.
As forças chadianas já haviam tentado deter o grupo com ataques aéreos no início de fevereiro, antes de pedir apoio à França.
Um porta-voz das forças armadas disse que o comboio cruzou cerca de 400 quilómetros do território chadiano antes de ser detido entre Tibesti e Ennedi, no noroeste do país.
A UFR alegou ter cruzado para o norte do Chade com "três colunas" de veículos.
Na sexta-feira (08.02), o grupo havia admitido ter sofrido "danos" depois dos ataques franceses, segundo um de seus integrantes, Mahamat Doki Warou.
Outra fonte do grupo disse à AFP que dez combatentes foram mortos.
O Chade, um país vasto e principalmente deserto com mais de 200 grupos étnicos, sofreu repetidos golpes e crises desde que se tornou independente da França em 1960.
O Presidente Deby, ex-chefe das forças armadas, participa da coalizão da África Ocidental que luta contra a insurgência do Boko Haram e é membro da aliança anti-terrorista G5 Sahel, apoiada pela França - que também inclui Burkina Faso, Mali, Mauritânia e Níger.
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