Vice de Maduro anuncia fechamento de fronteira da Venezuela com a Colômbia

Pontes por onde entraria ajuda humanitária foram bloqueadas, segundo Delcy Rodríguez

CARACAS
Venezuela anunciou na noite desta sexta-feira (22) o fechamento da fronteira com a Colômbia no estado de Táchira (oeste).
A vice-presidente de Maduro, Delcy Rodríguez, anunciou em sua conta no Twitter que decidiu temporariamente fechar a divisa com a cidade colombiana de Cúcuta nas pontes Simón Bolívar, Santander e Unión, por onde entraria a ajuda humanitária coordenada pelo líder da oposição venezuelana, Juan Guaidó.
"Devido às graves e ilegais ameaças tentadas pelo Governo da Colômbia contra a paz e a soberania da Venezuela", Caracas "tomou a decisão de um fechamento total temporário" de todas as pontes que unem os dois países por Táchira, escreveu Rodríguez.
"Exigimos que Ivan Duque cesse suas ações infames e pare de facilitar o território da Colômbia para atentar por ordem de Donald Trump contra o direito dos venezuelanos de viver em paz e soberania", acrescentou Rodriguez.
A ponte Simón Bolívar é a mais importante para a travessia de pedestres na área e fica na cidade de San Antonio, próximo a Cúcuta. La Unión está em Boca de Grita e Santander, em Ureña.
Uma quarta ponte que liga Táchira à Colômbia, Tienditas, também localizada em Ureña, fronteira com Cúcuta, está bloqueada com grandes contêineres de caminhões e outros obstáculos desde o início do mês.
Reconhecido por 50 países (incluindo o Brasil) como presidente interino da Venezuela, Guaidó havia se comprometido a fazer chegar "de uma forma ou de outra" a ajuda humanitária ao país a partir de diversos pontos na fronteira, neste sábado (23). 
Ele foi até Cúcuta na sexta-feira, apesar de uma ordem de Justiça que o impediu de deixar seu país. Em um comunicado com os líderes Iván Duque (Colômbia), Sebastián Piñera (Chile) e Mario Abdo (Paraguai) e o secretário-geral da OEA, Luis Almagro, Guaidó disse que foi auxiliado por militares venezuelanos na travessia.
Ele convocou manifestações no sábado para acompanhar as caravanas que inicialmente tentariam tirar a ajuda armazenada em Cúcuta. Maduro, da mesma forma, chamou seus seguidores para marcharem naquele dia por todo o país.
Na manhã desta sexta-feira (22), militares venezuelanos abriram fogo contra um grupo de civis que tentava ajudar a manter aberta a fronteira da Venezuela com o Brasil um dia depois de o ditador Nicolás Maduro ter anunciado o fechamento da divisa entre os dois países. Ao menos duas pessoas morreram nos conflitos desta sexta. ​
Mesmo com a decisão de fechamento da fronteira, o governo brasileiro decidiu manter a programação de enviar ajuda à região
AFP
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ANTONIO DIAS MACEDO

Há 1 hora
Nessa altura dos acontecimentos acerca da crise política e econômica na Venezuela, a solução imediata para evitar um mal maior, uma guerra civil por exemplo, é a tomada do poder pelas forças armadas venezuelanas afastando do cenário político tanto o Maduro como o tal deputado que se intitulou presidente interino, fechamento da Assembleia Nacional e convocação de eleições gerais dentro de seis meses.