Moçambique:
Muito provavelmente Armando Guebuza é o Presidente mais apedrejado da história de Moçambique. Será esse o preço a pagar em nome de uma revolução incompreendida e mal sucedida? Que moveu afinal a Presidência de Guebuza?
Quando assumiu a Presidência de Moçambique, em 2005, muitos viam-no como o Messias que faria as reformas que o país exigia. Armando Guebuza era visto como homem de pulso, afinal o seu passado político tinha deixado referências. Mas não foi preciso muito tempo para que reinasse uma deceção generalizada em relação ao Presidente. Nos momentos críticos nem sempre assumiu posicionamentos esperados pela maioria. E a sua mutação, aos olhos do povo, foi tal que já na reta final do seu mandato era visto como Judas. E as famigeradas dívidas ilegais contraídas pelo seu Governo foram determinantes para essa má imagem. Mas entre esses dois extremos, Messias e Judas, existe uma outra faceta pouco explorada pela opinião pública. Haverá nele um revolucionário incompreendido?
Ouça aqui
Conversamos sobre Armando Guebuza com o sociólogo moçambicano Elísio Macamo:
DW África: Embora em Moçambique a independência muitas vezes seja vista como um processo concluído, ela mostra-se, na verdade um processo inacabado. Viu na presidência de Armando Guebuza algum contributo para esse processo contínuo?
Elísio Macamo (EM): Nenhuma independência é um processo concluído, a independência é uma espécie de plebiscito de todos os dias. É a maneira como a sociedade política, sobretudo, lida com os desafios que resultam da própria independência, como gerir a liberdade e as expetativas. De modo que nunca poderemos dizer que a independência está concluída, porque a história não se faz dessa maneira. Nesse sentido penso que a Presidência de Guebuza foi marcante, naturalmente teve as suas próprias caraterísticas. Teve um desafio completamente diferente dos dois anteriores Presidentes, sobretudo no que diz respeito ao facto de que ele foi chamado para consolidar o processo de paz que foi iniciado e mais ou menos fechado pelo seu antecessor Joaquim Chissano, ao mesmo tempo que procurou incutir uma nova dinâmica na maneira de fazer politica, na questão da autonomia, auto-estima, empreendedorismo, mas penso que colocar isso no topo da sua política revela um político astuto e com visão e que sabe o que quer fazer. Nesse sentido acho que foi extremamente marcante.
DW África: Relativamente à esta causa, em que lugar colocaria Guebuza, se comparado com os outros Presidentes moçambicanos?
EM: A comparação que faz mais sentido é com Joaquim Chissano, que teve missões bastante claras. Chissano teve de encetar as negociações para por termo a guerra de desestabilização movida pela África do Sul através da RENAMO contra o projeto político que se instalou logo depois da independência. Guebuza levou o processo de paz até ao fim ao mesmo tempo que tinha a missão de repensar o país e penso que foi o que ele fez. Não incluo Machel porque o período depois da independência foi completamente atípico. E para mim foi uma grande perda de tempo. Esse Governo praticamente criou as condições para todo o tipo de problemas que tivemos mais tarde, um projeto muito particularista, um projeto que refletia as preferências políticas de algumas pessoas, um projeto completamente sem respeito pelos direitos das pessoas, um projeto que não tinha nenhuma noção de dignidade para os moçambicanos. No fundo um Governo e um partido que até certo ponto traíram a sua própria luta. Não há como comparar Guebuza e Chissano, de um lado, e Machel, do outro, ainda que tenha feito parte do mesmo partido. Penso que cada um deles esteve a altura, Chissano e Guebuza, que se colocaram no momento em que assumiram o poder.
DW África: Sei que olha para a criação das empresas envolvidas nas dívidas ilegais como um engajamento de Guebuza no processo contínuo da conquista de independência, na medida em que duas delas iriam, entre outras coisas, garantir a soberania do país. Mas o corporativismo dita as regras do jogo mundial... Será que os ideais de Guebuza foram vítimas dessa ordem mundial?
EM: Acho que o projeto de Guebuza foi vítima de duas coisas: por um lado, foi vítima da cultura política implantada pela FRELIMO, sobretudo a FRELIMO gloriosa, uma FRELIMO que sempre se confundiu com o povo, uma FRELIMO fechada, pouco comunicativa, pouco sensível ao diálogo, inclusivamente dentro do próprio partido. Quando digo que o projeto foi vítima da cultura política dessa FRELIMO quero dizer essencialmente duas coisas: uma, é que justamente por causa dessa ideia de confundir a FRELIMO com o destino de Moçambique nunca houve uma cultura de pensar fora da FRELIMO, que fora da FRELIMO possam haver igualmente ideias boas para Moçambique e isso faz com que fora do partido a FRELIMO só veja inimigos da pátria. E isso não cria condições para uma cultura de debate aberto, foi uma das coisas que falhou. E o outro fator é a intransparência que foi determinante, num contexto em que as coisas são a porta fechada e que existe essa ideia de que todos os outros são inimigos da pátria é muito difícil ouvir uma voz sensata. Todo o contexto dentro do qual o país deve se desenvolver é e vai ser sempre hostil, acarreta muitos riscos. Essa decisão foi propositadamente tomada a revelia dos doadores justamente porque existe a sensação de que aquilo que o nosso Governo e que os moçambicanos pensam que podia ser bom não são do interesse dos doadores, que existe uma intenção malévola da parte dos doadores para impedir que as coisas sejam feitas. Naturalmente que isso pode criar condições para que haja esse tipo de atuação que vimos e com resultados catastróficos como agora estamos a saber.
DW África: As empresas em causa sob batuta inteiramente nacional são questionadas a nível internacional, mas se houver participação externa, como de Erik Prince por exemplo, já pouco se questiona externamente. Que leitura faz deste paradoxo?
EM: Sim, esse tipo de coisas acontecem, mas não iria atribuir assim tanto peso a isso. É verdade que as condições em que operamos e atuamos são naturalmente difíceis. Há sempre a suspeita que não somos sérios, que somos corruptos por natureza e por causa disso dá-se o benefício da dúvida mais a um estrangeiro, sobretudo a um estrangeiro conhecido. E Erik Prince com todas as suas ligações a segurança norte-americana é uma pessoa conhecida e até certo ponto de confiança e nós não gozamos disso. Mas penso que isso não é assim tão importante, é normal, infelizmente é assim e temos de aceitar. Talvez tenha um valor mais académico que é de chamar a nossa atenção para o facto de que isto também cria condições para que governantes de países em desenvolvimento também não tenham confiança nos doadores e que procurem fazer coisas a revelia deles, coisas que acham que fazem sentido e que pensam que se os doadores não vêm que essas coisas fazem sentido é porque os doadores têm outras motivações.
DW África: Acha que Guebuza está a pagar por ter ousado nos seus sonhos?
EM: Não, não acho que esteja a pagar pelos sonhos que teve. Ele é um homem ousado, pelo que sei dele pela imprensa, livros e por aí fora, tenho a impressão que é uma pessoa ousada, que arrisca e assume responsabilidades pelos riscos. Ele arriscou, e conforme ele disse quando foi ouvido no Parlamento, com o tipo de informações que teve na altura ele voltaria a tomar a mesma decisão. Para mim isso é extremamente coerente e aumenta a minha admiração por ele e mostra, de facto, que ele tinha um projeto e esperava através desta decisão, que depois se revelou má, esperava realmente executar esse programa que tinha. Portanto, não acredito que esteja a pagar pela sua ousadia numa posição que deve assumir responsabilidade pelo que fez conscientemente. E acho que é este tipo de políticos que precisamos em Moçambique que sempre precisamos, mas que infelizmente neste momento não temos.
DW África: Em que medida a pujança de Guebuza, enquanto homem de negócios, prejudicou a sua imagem e atuação enquanto estadista?
EM: De facto, existe esse mito de que Guebuza é um homem de negócios e que a sua atuação como político foi pontuada por essa caraterística, mas penso que esse é o aspeto menos importante da personalidade dele. Aliás, essa questão de ser homem de negócios manifesta o que me parece ser a sua verdadeira caraterística que é a de um homem que sabe o que quer e que quer fazer o que quer e que fica impaciente quando o que quer não é feito. Nesse sentido penso que a nossa atenção devia ir justamente para essa caraterística pessoal e não tanto para o facto de ser homem de negócios. Sei que as pessoas enfatizam esse lado para depois poderem falar das questões de corrupção e por aí fora, mas penso que essas questões são menos importantes. Tivemos um Presidente que sabia o que queria, mesmo se não tinha as pessoas certas para traduzirem isso em políticas claras, mas sabia o que queria. Teve iniciativas extremamente importantes, inéditas no contexto político do pós-independência como a ideia dos sete milhões de meticais para os distritos, uma ideia genial que mostrava pela primeira vez em Moçambique, depois que houve a abertura do sistema político, pela primeira vez um presidente da FRELIMO com uma ideia clara do que queria fazer para tornar o país melhor.
DW África: No famigerado caso das dívidas ilegais Guebuza era a autoridade máxima do país. Não terá ele uma cota de responsabilidade, mesmo que se prove que os ilícitos tenham sido feitos por gente do seu Governo?
EM: Ele tem toda a responsabilidade pelo que aconteceu e penso que ele próprio não vai fugir a essa responsabilidade. Pelo que sei dele, já houve outros casos em que esteve a frente, por exemplo lembro-me da famosa operação 20-24 [ordem de expulsão do país em 24 horas, com direito a 20 quilos de bagagem], ele era o ministro da Administração Estatal no Governo de transição, sei de várias fontes que houve outras pessoas que foram responsáveis por isso [e nunca assumiram], mas ele sempre assumiu a responsabilidade. Segundo soube de terceiros, ele assumiu porque era o ministro e não iria passar a responsabilidade aos seus subordinados. Do ponto de vista jurídico não sei, porque há muita coisa que a gente ainda não sabe em relação a este assunto. A forma como a acusação vem dos EUA dá a impressão de que todo este negócio foi montado para as pessoas burlarem. E até que provem o contrário, eu não acredito nisso. Acho que houve uma intenção genuína de fazer alguma coisa nessas áreas que foram identificadas e penso que o Presidente Guebuza também acreditou na viabilidade e importância disso para o desenvolvimento do país. O que ele não acautelou ou nenhum de nós acautelamos foi a possibilidade de aproveitamento por parte de várias pessoas que estiveram envolvidas nisso, não só da parte do Governo, da parte dos serviços de segurança, como também da parte dos parceiros estrangeiros. Essa é um outra questão e não tenho resposta para isso, mas penso que do ponto de vista político não há como fugir a isso uma vez que ele era o Presidente.
DW África: Face a "ordem mundial" prevalecente e aos apetecíveis recursos que Moçambique tem, acredita que o país está condenado a permanecer longamente no estado disfórico em que se encontra?
EM: Os recursos não são um problema, é verdade que os académicos gostam de falar da maldição dos recursos, gostam de falar da Líbia, da Síria e agora estão a falar da Venezuela, da cobiça do imperialismo, das potências capitalistas, por aí fora, e depois temos o caso de Cabo Delgado que dá a impressão de que realmente ter recursos é um risco. Acho que não é um grande problema, muito mais importante do que isso é ter Governo, não importa de que partido, que tenha uma visão e que saiba para onde quer levar o país e que faça isso. Tivemos isso com Guebuza, apesar de todos os problemas que estamos a ter agora. Ele pode não ter sido capaz de traduzir essa visão da melhor maneira possível, mas tivemos uma pessoa que tinha uma ideia clara do que esse país deveria ser. É isso que precisamos para evitar todos os males que são associados a posse de recursos. E muito importante aqui não é ter uma política económica, não é ter uma ideia de como lidar com os investidores, mas é de saber que princípios queremos promover e que valores precisam de ser protegidos para que a nossa independência continue a ter significado para nós. Enquanto tivermos Governos que não tenham noção disso vai ser difícil e esse que é o maior problema, muito maior do que ter recursos.
DW – 14.02.2019
NOTA: Quando a sua secretária particular(certamente pessoa de confiança e confidente) foi detida por envolvida nas "dívidas ocultas" será que nada e nunca foi este processo discutido entre ambos?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Comments
Será que hoje diria o mesmo?
15/02/2019
Tribunal nega liberdade provisória a Manuel Chang
Sagra Subroyen acaba de anunciar que a justiça recusa o pedido de liberdade provisória ao ex-ministro moçambicano.
A juíza diz que é um caso que envolve muito dinheiro e o valor que Manuel Chang propôs para caução é muito pouco em relação àquilo que parece ser a sua capacidade financeira. "Não é justo aceitar o pedido de caução. Não deste razão suficiente para aceitar o pedido de caução", disse a juíza.
Juíza não se sente segura em conceder liberdade provisória a Chang
13h25:"Há possibilidade de fuga para Moçambique porque o seu país não aceita extraditar os seus cidadãos. É muito provável também a possibilidade de falsificação de documentos para fugir". É uma das frases mais fortes que acaba de ser proferida pela juíza Sagra Subroyen.
Os argumentos não são nada favoráveis ao interesse de Manuel Chang: sair da cadeia onde se encontra há mais de um mês e aguardar a decisão sobre extradição em liberdade.
Diz a juíza que os dois passaportes foram confiscados, mas Chang pode decidir não esperar que o caso siga até ao fim e optar pela fuga. Aliás, um dos factores que reduz as chances de libertação é que Moçambique, para onde a juíza diz repetidamente que o deputado da Assembleia da República pode fugir, não extradita seus cidadãos, de acordo com a Constituição da República.
Posted at 13:15 in Dívidas ocultas e outras, Justiça - Polícia - Tribunais, África - SADC | Permalink | Comments (0)
Editorial: Não será essa uma peça de teatro mal encenada?
Depois de anos a fingir que nada está a acontecer, a Procuradoria-Geral da República (PGR), qual uma virgem pudica, decidiu encenar uma peça na vã tentativa de lavar a sua imagem. A PGR quer convencer aos moçambicanos que sempre estive preocupado (e andou a investigar) com o caso das dívidas contraídas de forma ilegal pelo Governo da Frelimo.
Subitamente, começaram a correr informações sobre as detenções de algumas figuras envolvidas numa das maiores roubalheiras de todos os tempos. O primeiro nome que começou a soar é a de Teófilo Nhangumule e, mais tarde, ficamos a saber da prisão de Gregório Leão, António de Rosário e assim por diante. Os moçambicanos menos atentos e sem nenhuma emoção crítica devem ter achado a iniciativa do Ministério Público louvável, quando, na verdade, se trata de uma tentativa de distrair os moçambicanos dos reais problemas do país, sobretudo num ano eleitoral.
Na verdade, as pseudo-detenções públicas levadas a cabo esta semana não passam de uma trapaça, um atestado de estupidez para os moçambicanos, um teatro mal encenado por um punhado de gente que vive na modorra física sustentado pelos contribuintes para fazer valer as leis. Sem sombras de dúvidas, o Ministério Público está a tentar proteger os indivíduos e deve ter consultado-os se queriam ou não ser presos e em quê condições isso deveria acontecer.
Assistimos a PGR a encetar diligências junto das autoridades competentes da República da África do Sul e dos Estados Unidos da América para salvar Manuel Chang, antigo ministro das Finanças que assinou Garantias bancárias violando a Constituição da República de Moçambique, de um julgamento por fraude electrónica, fraude de valores mobiliários, suborno e branqueamento de capitais. Além disso, é de conhecimento de todos que a denúncia da PGR ao Tribunal Administrativo pode ter prescrito.
Há sensivelmente quatro anos que se conhece os individuos envolvidos nas dívidas ilegais, mas a PGR fazia ouvidos moucos. Aliás, a PGR que deveria defender os interesses do Estado moçambicano, que tem sido defraudado impiedosamente todos os dias, tem estado do lado dos gatunos. A título de exemplo, assim que o antigo ministro das Finaças foi preso, a PGR acordou do coma profundo em que se encontrava a vegetar, e apresentou uma suposta lista de arguidos no caso. Portanto, é no mínimo estranho essas detenções.
@VERDADE - 15.02.2019
Posted at 13:05 in Dívidas ocultas e outras, Justiça - Polícia - Tribunais, Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
Caso Chang - Última Hora
Tribunal recusa liberdade provisória para Manuel Chang.
Posted at 12:25 in Dívidas ocultas e outras, Justiça - Polícia - Tribunais, África - SADC | Permalink | Comments (0)
Bruno Tandane era braço direito de Ndambi Guebuza
Logo que seu nome foi revelado ontem como sendo um dos detidos no caso das “dividas ocultas”, todas as referências sobre sua história convergiam para uma alegação: Bruno Tandane, também conhecido por "Nono", era um associado do filho do antigo Presidente Armando Guebuza, um frequentador assíduo das hostes da então família presidencial. A
alegação tomou-se verdadeira quando foi circulado nas redes sociais um recorte de uma edição do Boletim da República (BR), mostrando o anúncio da constituição de uma empresa, a Mobimóveis Limitada, em Março de 2011, onde os dois são sócios únicos. Aconteceu dois anos antes do início da orquestração do calote. Bruno Evans Tandane
Langa tomou-se sócio de Armando Ndambi Guebuza nessa altura, mas eles já eram amigos de longa data, de acordo com fontes de "Carta".
alegação tomou-se verdadeira quando foi circulado nas redes sociais um recorte de uma edição do Boletim da República (BR), mostrando o anúncio da constituição de uma empresa, a Mobimóveis Limitada, em Março de 2011, onde os dois são sócios únicos. Aconteceu dois anos antes do início da orquestração do calote. Bruno Evans Tandane
Langa tomou-se sócio de Armando Ndambi Guebuza nessa altura, mas eles já eram amigos de longa data, de acordo com fontes de "Carta".
No BR (segundo suplemento, III Série, número 10, de 11 de Março de 2011) consta que a Mobimóveis foi criada como uma empresa de prestação de serviços de consignação, agenciamento, mediação e intermediação comercial de material de escritórios e residências; elaboração de projectos e consultoria para elaboração de projectos mobiliários; design e decoração de interiores e exteriores; importação e exportação de bens em geral e serviços.
Bruno Tandane (na verdade Bruno Langa) é filho de Jorge Langa e Artemisa Tandane. Quem lhe conhece diz que cresceu no coração da Polana, em Maputo, na zona da Vila Algarve. Era um rapaz de hábitos modestos. Também passou parte da infância e adolescência na Matola. No registo da Mobimóveis em 2011, Bruno era ainda solteiro. Mas, recentemente casou-se, com grande pompa e desmedida circunstancia, tendo como padrinho Teófilo Nhangumele.
Moçambique: Armando Guebuza, de Messias a Judas um revolucionário pelo meio?
Muito provavelmente Armando Guebuza é o Presidente mais apedrejado da história de Moçambique. Será esse o preço a pagar em nome de uma revolução incompreendida e mal sucedida? Que moveu afinal a Presidência de Guebuza?
Quando assumiu a Presidência de Moçambique, em 2005, muitos viam-no como o Messias que faria as reformas que o país exigia. Armando Guebuza era visto como homem de pulso, afinal o seu passado político tinha deixado referências. Mas não foi preciso muito tempo para que reinasse uma deceção generalizada em relação ao Presidente. Nos momentos críticos nem sempre assumiu posicionamentos esperados pela maioria. E a sua mutação, aos olhos do povo, foi tal que já na reta final do seu mandato era visto como Judas. E as famigeradas dívidas ilegais contraídas pelo seu Governo foram determinantes para essa má imagem. Mas entre esses dois extremos, Messias e Judas, existe uma outra faceta pouco explorada pela opinião pública. Haverá nele um revolucionário incompreendido?
Ouça aqui
Conversamos sobre Armando Guebuza com o sociólogo moçambicano Elísio Macamo:
DW África: Embora em Moçambique a independência muitas vezes seja vista como um processo concluído, ela mostra-se, na verdade um processo inacabado. Viu na presidência de Armando Guebuza algum contributo para esse processo contínuo?
Elísio Macamo (EM): Nenhuma independência é um processo concluído, a independência é uma espécie de plebiscito de todos os dias. É a maneira como a sociedade política, sobretudo, lida com os desafios que resultam da própria independência, como gerir a liberdade e as expetativas. De modo que nunca poderemos dizer que a independência está concluída, porque a história não se faz dessa maneira. Nesse sentido penso que a Presidência de Guebuza foi marcante, naturalmente teve as suas próprias caraterísticas. Teve um desafio completamente diferente dos dois anteriores Presidentes, sobretudo no que diz respeito ao facto de que ele foi chamado para consolidar o processo de paz que foi iniciado e mais ou menos fechado pelo seu antecessor Joaquim Chissano, ao mesmo tempo que procurou incutir uma nova dinâmica na maneira de fazer politica, na questão da autonomia, auto-estima, empreendedorismo, mas penso que colocar isso no topo da sua política revela um político astuto e com visão e que sabe o que quer fazer. Nesse sentido acho que foi extremamente marcante.
Posted at 10:58 in Dívidas ocultas e outras, Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (1)
14/02/2019
STV-Jornal da Noite 14.02.2019(video)
Não editado pela STV-SOICO
Posted at 20:02 in Dívidas ocultas e outras, Eleições 2019 Gerais, RADIO - TV | Permalink | Comments (0)
Os cincos detidos são: Gregório Leão, António Carlos Rosário, Inês Moiane, Teófilo Nhangumele e Bruno Tandane
Eis os nomes da primeira leva de detidos do caso das “dívidas ocultas”. Gregório Leão era o Director Geral do SISE quando o calote foi montando entre 2013 e 14; Rosário era responsável pela chamada “inteligência económica” e foi o braço direito de Leão em toda a operação, tendo sido colocado inclusive como PCA das três empresas do calote, nomeadamente a Ematum, a Proindicus e a MAM; Inês Moiane era a Secretária Particular do antigo Presidente Armando Guebuza, tida como altamente poderosa; Teófilo Nhangumele foi um dos “masterminds” do famigerado projecto de protecção costeira, que foi orquestrado para viabilizar o calote, tendo introduzido o libanês Jean Bostani (preso em Nova Iorque) às autoridades moçambicanas; e Bruno Tandane, conhecido como "quadro" do SISE.
Os cinco foram detidos hoje na primeira grande diligência de coação e arresto preventivo de bens promovida pelo Ministério Público no quadro do processo 1/PGR/2015. Eles estão detidos em duas esquadras distintas. Na Oitava Esquadra, localizada no recinto do Porto de Maputo, e na Décima Oitava, situada na zona do Lhanguene. As diligências vão continuar nos próximos dias. Os cinco detidos hoje deverão ser presentes a um juiz de instrução dentro das próximas 48 horas, que lhes legalizará ou não as prisões. (...)
Dividas ocultas: os cinco detidos hoje
Trata-se de Gregório Leão, António Carlos Rosário, Inês Moiane, Teófilo Nhangumele e Bruno Tandane.
Outros se seguirão.
Posted at 18:22 in Dívidas ocultas e outras, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
A amarga “herança” de Raúl Novinte, o novo edil de Nacala-Porto
Da 'herança' que o anterior edil de Nacala-Porto. Rui Chong Saw, deixou ao seu sucessor Raul Novinte, empossado no passado dia 07 do mês em curso, destaque vai para funcionários-fantasma e avultadas dívidas, soube "Carta" de pessoas que viveram de perto os problemas daquele município costeiro da província de Nampula.
De acordo com uma das nossas fontes, o gabinete de Saw era constituído por 27 funcionários, mas desde que o novo Presidente do município tomou posse apenas seis apresentam-se nos respectivos locais de trabalho.
Face a esta situação, avolumam-se as suspeitas de que no elenco do anterior edil havia 21 'fantasmas'! Na vereação da Agricultura só dois funcionários é que efectivamente prestam serviço, num total de oito registados. Alega-se que dois deles, cujos nomes não foram revelados, estão doentes e são de idade já avançada. Na mesma vereação quatro trabalhadores foram transferidos para sectores que também não foram especificados. Ainda de acordo com a fonte de "Carta", o edifício do Conselho Autárquico de Nacala-Porto está praticamente às escuras, pois das 60 lâmpadas que lá existem apenas vinte acendem. Em quase todos os gabinetes não há casas de banho, e só uma. pertencente ao gabinete do Presidente, é que tem "condições mínimas".
Dos bens patrimoniais do município de Nacala-Porto herdados por Raul Novinte incluem-se meios de transporte que neste momento estão quase todos eles paralisados, na sequência da vandalização de que foram alvo! O relatório (com a data de 31 de Dezembro de 2018) que Novinte recebeu no dia 08 deste Fevereiro (um dia após a sua tomada de posse) sobre as actividades da anterior administração de Rui Chong Saw. não espelha a realidade actual da coisa pública de Nacala-Porto.
Posted at 16:47 in Eleições 2018 Autarquicas, Municípios - Administração Local - Governo, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
Unidade sanitária de Wiriamu abre amanhã
Um Centro de Saúde do Tipo II, com maternidade, que vai beneficiar uma população estimada em 30 mil pessoas, será inaugurada amanhã na localidade de Wiriamu, posto administrativo de Chiôco, distrito de Changara, em Tete.
A infra-estrutura, recentemente concluída, teve um custo financeiro de cerca de 30 milhões de meticais desembolsados pela empresa Hidroeléctrica de Cahora-Bassa, no âmbito do Plano de Responsabilidade Social da maior produtora de energia hidroeléctrica do país e na região da África Austral.
A obra de construção daquela unidade sanitária em Wiriamu teve a duração de 12 meses, sendo constituída por compartimentos de consultas e tratamento, um edificio de administração, duas residências para pessoal da Saúde, um sistema de captação e abastecimento de água potável, beneficiando de energia eléctrica da rede nacional.
O hospital de Wiriamu, apetrechado com equipamento moderno adquirido pela Hidroeléctrica de Cahora-Bassa, vai atender à população das localidades de Wiriamu, Chaola, Nhalicune e Mphalamabwè.
NOTÍCIAS – 14.02.2019
NOTA: Lembrem aqui de como se rouba em Moçambique e no prazo da obra https://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2019/01/como-se-rouba-em-mo%C3%A7ambique-comparem-os-valores-destes-dois-centros-de-sa%C3%BAde.html
Posted at 15:45 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Saúde | Permalink | Comments (0)
Detido camarada Teófilo Nhangumele das dívidas ocultas
A operação das detenções dos criminosos das dívidas ocultas, para o inglês ver e o americano aplaudir, já começou em Moçambique. Acaba de ser detido em Maputo o camarada Teófilo Nhangumele, um dos implicados no recebimento criminoso dos fundos das dívidas ocultas.
O camarada recebeu valores também da Prinvinveste e mantém contas bancárias chorudas no estrangeiro e aquando da descoberta do calote, ele demonstrava sinais de abastança, exibindo motos alta cilindrada e outros bens valiosos nas redes sociais. Espera-se ainda que a partir da tarde de hoje, mais detenções aconteçam.
Essas detenções que hoje iniciam, fazem parte do rol dos argumentos patéticos e maquiavélicos da mana Bia para convencer a justiça sul-africana a aceitar trazer Chang a Moçambique. Lembrar que o ora detido camarada, também faz parte dos que terão direito a celas climatizadas e dotadas de ar-condicionado.
In Facebook
FMI “pode dizer claramente ao Credit Suisse que não pode lavar as mãos como fez Pilatos”
A Sociedade Civil moçambicana pretende que o Fundo Monetário Internacional (FMI) diga “claramente ao Credit Suisse que não pode lavar as mãos como fez Pilatos, dizer que foram uns funcionários que fizeram e o banco não sabia” de acordo com Adriano Nuvunga a Justiça norte-americana trouxe novos elementos ao caso das dívidas ilegais “a parte dívida ilegal foi a concretização de uma fraude, portanto muda de figura por completo e há regras internacionais”.
Diante das revelações da Justiça norte-americana que a contratação dos empréstimos de mais de 2 biliões de dólares norte-americanos foi apenas uma justificação para uma gigantesca fraude que beneficiou banqueiros, membros do Governo moçambicano e do partido Frelimo o Fórum de Monitoria do Orçamento (FMO) escreveu, dentre cinco missivas para instituições internacionais, ao FMI para dizer “que há novos elementos”.
“O elemento novo mais importante é que afinal isto não foi uma dívida ilegal, a parte dívida ilegal foi a concretização de uma fraude, portanto muda de figura por completo e há regras internacionais como a FCPA (sigla em inglês da Foreign Corrupt Practices Act , ou Lei de Práticas de Corrupção no Exterior dos Estado Unidos da América)” explicou Adriano Nuvunga ao @Verdade.
O representante do FMO declarou ainda que: “Há duas coisas importantes que o Fundo Monetário pode fazer, uma em relação ao sistema financeiro mundial afinal é na verdade o boss da banca internacional que muita dela é bandida e pode dizer claramente ao Credit Suisse que não pode lavar as mãos como fez Pilatos, dizer que foram uns funcionários que fizeram e o banco não sabia, houve claramente violação de processos internos do banco e tem que se responsabilizar”.
Posted at 12:22 in Dívidas ocultas e outras, Justiça - Polícia - Tribunais, Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
Reina o silêncio sobre detenção do jornalista moçambicano Amade Abubacar
Defesa de Amade Abubacar continua à espera de uma resposta ao segundo pedido de liberdade provisória, feito na semana passada. Jornalista está detido há mais de um mês na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique.
Há uma semana que a defesa do jornalista Amade Abubacar espera uma resposta a um pedido de liberdade provisória, sob pagamento de caução. Este já é o segundo pedido desde que o jornalista foi detido a 5 de janeiro na província de Cabo Delgado, norte de Moçambique, quando fotografava famílias que fugiam da região com medo de ataques. O primeiro não foi respondido atempadamente.
Amade Abubacar é acusado de crimes de violação do segredo de Estado e incitação à desobediência com recurso a meios informáticos.
Sem gravar entrevista, Jonas Wazir, presidente do núcleo em Cabo Delgado da organização de defesa da liberdade de imprensa MISA-Moçambique diz, no entanto, que, desta vez, espera uma resposta favorável.
A DW África tentou falar com o Tribunal Judicial Provincial de Cabo Delgado acerca do andamento do processo, mas foi-nos informado que o porta-voz do tribunal encontra-se ausente.
Jornalista escrevia para o jornal "Carta de Moçambique"
Na segunda-feira (11.02), o jornal "Carta de Moçambique" publicou no seu portal um artigo em que assume que, na altura da detenção, Amade Abubacar trabalhava como seu correspondente em Macomia e escrevia sobre os ataques armados que ocorrem em alguns distritos de Cabo Delgado.
Posted at 12:02 in Informação - Imprensa, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
Manuel de Araújo promete pedir a demissão de Nyusi
O Presidente do Conselho Autárquico de Quelimane, Manuel de Araújo desafiou este sábado, o Presidente da república Filipe Nyusi a demitir com efeitos imediatos o Comandante Geral da PRM Bernardino Rafael.
O desafio de Manuel de Araújo surge em virtude de o presidente do conselho municipal de Mocímboa da Praia ter decretado estado de emergência, na sequencia dos ataques de malfeitores que vem tirando o sono aos moradores daquele distrito situado a norte de Cabo Delgado, decreto confirmado e defendido oficialmente pelo Comandante Geral da PRM Bernardino Rafael.
No entender de Manuel de Araújo, não existe necessidade de se decretar estado de emergência perante uma situação que, segundo as suas palavras, pode ser resolvida, até porque, segundo defendeu, os governantes sabem quem são os malfeitores que tem vindo a tirar as vidas aos moradores daquele distrito e conhecem as reais motivações que os levam a tomar tais atitudes.
Para Manuel de Araújo, um comandante geral que legaliza uma ilegalidade não é bem-vindo num país que se pretende estado de direito democrático “nós estamos a pedir que o senhor comandante geral da PRM se demita do cargo que ostenta porque não está a satisfazer os anseios da sociedade moçambicana. Desde a sua promoção ao cargo de comandante geral ele só está a cometer gafes. Para além de promover abusos aos direitos humanos um pouco por todo o país, ele acabou de mostrar sua burrice ao apoiar a gafe cometida pelo meu colega presidente do conselho municipal da Mocímboa da Praia, portanto, não nos resta nada se não pedir que ele se demita”- sentenciou.
Posted at 11:43 in Justiça - Polícia - Tribunais, Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
13/02/2019
STV-Grande Entrevista a Jacinto Veloso 13.02.2019(video)
Entrevista a Jacinto Veloso sobre o seu livro "A caminho da paz definitiva". Não editado pela STV-SOICO
Posted at 22:47 in Defesa - Forças Armadas, Política - Partidos, RADIO - TV | Permalink | Comments (0)
Uma razão para Presidente Nyusi perceber porque os países africanos continuam a ser pobres
O Presidente Filipe Nyusi declarou em Adis Abeba que não percebe porque os países africanos continuam a ser pobres, embora tenham se libertado da escravatura. Uma das razões ignoradas por Filipe Nyusi, no caso Moçambique, é que “volvidos mais de 40 anos de independência, o partido libertador ainda apresenta um modus operandi muito semelhante ao do antigo colonizador, uma clara reprodução do sistema contra o qual lutou durante dez anos” explicou o académico Zefanias Matsimbe.
À margem da 32ª Sessão Ordinária da Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da União Africana o Chefe de Estado moçambicano participou, em Addis-Abeba, de um evento de reconhecimento da passagem do 400º aniversário da abolição do comércio transatlântico de escravos onde constatou que: “É verdade que já não somos escravos, mas continuamos a ser pobres. Por isso, precisamos de perceber a forma de escravatura que nós estamos a enfrentar se deve a falta de capital humano, ou de aproveitamento pleno do nosso potencial, inteligência e recursos”.
Nyusi afirmou que os africanos são um único povo, “pelo que chegou a altura de fazermos uma reflexão e tentarmos perceber as nossas origens, onde estamos e onde queremos chegar” e admitiu que “as coisas não estão a avançar da forma como seria de desejar”.
Recuperando uma reflexão do professor Zefanias Matsimbe, do Departamento de Ciência Política e Administração Pública da Faculdade de Letras e Ciências Sociais na Universidade Eduardo Mondlane (UEM), é possível clarificar algumas das dúvidas do Presidente Filipe Nyusi.
Posted at 19:37 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (2)
Recordando Nampula-Anos 50
Vejam aqui alunos do Colégio Vasco da Gama e do Colégio Nossa Senhora das Vitórias, bem como postais da cidade e arredores.
Posted at 16:49 in Ensino - Educação - Juventude, Histórias de outros tempos | Permalink | Comments (0)
Petromoc continua em falência: prejuízos aumentam para 4,7 biliões e capital próprio degrada-se em cerca de 1000 por cento
A petrolífera estatal continua em situação de falência técnica pelo terceiro ano consecutivo, encerrou o exercício de 2017 com prejuízos de 4,7 biliões de meticais, mais um bilião do que no ano anterior, a dívida com bancos ascendeu a 14,5 biliões de meticais e o capital próprio degradou-se de 485 milhões negativos para 5,2 biliões de meticais negativos.
A registar prejuízos desde 2015 a Petróleos de Moçambique (Petromoc) não consegui sanar a situação de falência técnica em que se encontra desde o exercício económico de 2016.
Analisando as Demonstrações Financeiras de 2017 o @Verdade descortinou que embora a Petromoc tenha conseguido aumentar as suas vendas, de 22,5 biliões para 23,4 biliões de meticais, o resultado líquido do exercício agravou-se de 3,6 biliões negativos para 4.736.120.031 meticais muito influenciado por imparidades das contas a receber que ascenderam a 2,5 biliões de meticais, contra 699 milhões do ano anterior.
Os activos da petrolífera estatal pouco valorizaram-se, os 20,8 biliões de 2016 cresceram para 21,2 biliões de meticais em 2017, contudo o resultado negativo bilionário degradou-se em cerca de 1000 por cento o capital próprio que dos 485 milhões negativos de 2016 disparou para 5,2 biliões de meticais negativos.
O @Verdade apurou ainda que o passivo não corrente mais do que duplicou, de 6,3 para 13,6 biliões de meticais influenciado por novos empréstimos de longo prazo de 7,4 biliões de meticais obtidos durante o exercício. As Demonstrações Financeiras a que o @Verdade teve acesso não indicam que instituições bancárias concederam esses financiamentos e qual a sua finalidade.
Não sei se é insulto, mas não é isso que quero - até porque nem tenho motivos - mas...
EM é muito mais melhor que aquele "morcego", lá de Tete, que voa por aqui (aquele que voa, e não é passarinho - é morcego, com radar avariado ainda por cima).
EM faz-me sempre lembrar aquele analgésico - o MELHORAL (nem faz bem, nem faz mal).
Quanto ao EM, não sei bem se também não faz bem, nem faz mal!!!
Cada um é como cada qual - arresolvam.
Saudações revolucionárias.
Na luta do povo ninguém cansa
FUNGULANI MASSO
A LUTA É CONTÍNUA