Presidente moçambicano financiado por traficantes
Relatórios confidenciais de um diplomata norte-americano em Moçambique, revelados pelo site WikiLeaks, e divulgados ontem à noite pelo jornal francês Le Monde, comprometem os principais responsáveis políticos do país.
Armando Guebuza, presidente de MoçambiqueFoto Reuters
Segundo o diplomata, o actual presidente moçambicano, Armando Emílio Guebuza, e o antecessor Joaquim Chissano, têm ligações ao narcotráfico, através de dois moçambicanos de ascendência asiática: Mohamed Bachir Suleiman (MBS)e Ghulam Rassul Moti, que controlam o tráfico de droga no país.
“MBS contribuiu para o financiamento da FRELIMO (partido do poder) suportando financeiramente campanhas eleitorais”, escreveu o diplomata num relatório em 28 de Setembro de 2009, segundo adianta o Le Monde.
Exemplificando, o diplomata refere que “a gestão do porto de Nacala, tristemente célebre por permitir o transbordo de droga proveniente do sudoeste asiático, foi atribuída recentemente a Celso Correia, presidente da sociedade Insitec, uma sociedade fachada do [presidente] Guebuza. Os traficantes pagam subornos à polícia, aos serviços de emigração e alfandegários para se assegurarem que a droga entra livremente no país”.
O norte-americano, que refere que Moçambique se tornou "o segundo lugar africano mais activo para a actividade dos traficantes de droga", relata ainda as rotas do tráfico. A cocaína chega de avião a Maputo vinda do Brasil. Já o haxixe e a heroína chegam por via marítima vindas do Paquistão, Afeganistão e Índia.
SITES DA VISA E MASTERCAD BLOQUEADOS
Ontem, os sites da Visa e da Mastercard viram as suas operações na internet comprometidas por um ciber-ataque. Vários defensores da WikiLeaks acederam em massa aos dois sites, que suspenderam as transações de donativos para aquele site, acabando por bloqueá-los. O site da Visa europa ainda está bloqueado nesta quinta-feira de manhã.
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