Guebuza suspeito de receber subornos
Justiça dos EUA abriu um processo por corrupção, de dimensão internacional, que envolve o desvio de milhões de euros de empréstimos a empresas públicas moçambicanas.
Por Francisco J. Gonçalves|01:30
O despacho de acusação norte-americano cita correspondência entre os acusados, caso do libanês Jean Boustani, negociador de empréstimos em nome da Privinvest. Num email de 2011, Boustani refere que "para garantir que o projeto tem luz verde do chefe de Estado [Armando Guebuza] um pagamento tem de ser combinado antes de chegarmos lá".
Para a oposição moçambicana, a dimensão do caso é um escândalo. "A possibilidade de envolvimento de um chefe de Estado é uma grande deceção para os moçambicanos", referiu José Manteigas, da Renamo, sublinhando ainda as falhas da Justiça nacional: "A nossa PGR ficou impávida e a assobiar para o lado, desde o início. É uma grande vergonha".
"O Estado está a ser capturado por uma rede mafiosa", afirmou, por seu lado, Lutero Simango, do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), pondo em causa décadas de poder da Frelimo.
Para já, há cinco acusados. Além de Chang e Boustani, detido na quarta-feira em Nova Iorque, foram detidos e acusados o neozelandês Andrew Pearse, ex-diretor do Credit Suisse, o britânico Surjan Singh e a búlgara Detelina Subeva, também executivos de topo desse banco de investimento suíço.
PORMENORES
Dúvidas sobre Nyusi
O atual presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, não surge entre os suspeitos, mas um email citado pela acusação a propósito da negociação de luvas deixa dúvidas no ar. "Para implementação do projeto há agentes cujos interesses têm de ser atendidos, por exemplo, o Ministério da Defesa [liderado então por Nyusi]."
Primeira audiência
A primeira audição do caso está marcada para dia 22, em Brooklyn, Nova Iorque. Além dos 5 suspeitos já detidos há quatro outros moçambicanos cujos nomes não foram ainda revelados.
"O Estado está a ser capturado por uma rede mafiosa", afirmou, por seu lado, Lutero Simango, do Movimento Democrático de Moçambique (MDM), pondo em causa décadas de poder da Frelimo.
Para já, há cinco acusados. Além de Chang e Boustani, detido na quarta-feira em Nova Iorque, foram detidos e acusados o neozelandês Andrew Pearse, ex-diretor do Credit Suisse, o britânico Surjan Singh e a búlgara Detelina Subeva, também executivos de topo desse banco de investimento suíço.
Dúvidas sobre Nyusi
O atual presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, não surge entre os suspeitos, mas um email citado pela acusação a propósito da negociação de luvas deixa dúvidas no ar. "Para implementação do projeto há agentes cujos interesses têm de ser atendidos, por exemplo, o Ministério da Defesa [liderado então por Nyusi]."
Primeira audiência
A primeira audição do caso está marcada para dia 22, em Brooklyn, Nova Iorque. Além dos 5 suspeitos já detidos há quatro outros moçambicanos cujos nomes não foram ainda revelados.
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