segunda-feira, 14 de janeiro de 2019

Nyusi quer proteger-se

Embora especialistas em Direito, nacionais e estrangeiros, afirmem existir matéria para que o Governo de Filipe Nyusi repudiasse aos empréstimos e não os aceitasse pagar essa nunca foi a sua vontade.
Desde que tornou-se Presidente Nyusi esforçou-se por legalizar as dívidas Proindicus, EMATUM e MAM e está a renegociar o seu pagamento com os investidores quiçá para proteger-se, assim como aos restantes “camaradas” de partido envolvidos na fraude, mas também porque o mundo capitalista a isso o obriga.
A verdade é que não pagar as dívidas ilegais não é opção para Moçambique sob pena de continuar um Estado pária nos mercados financeiros globais e o Investimento Directo Estrangeiro que tem minguado continuar parco.
Importa ainda recordar que para o Fundo Monetário Internacional(FMI) o questão fundamental das dívidas nunca foi a sua inconstitucionalidade e ilegalidade mas apenas o facto de serem ocultas.
Aliás desde o início de 2018 que Moçambique deixou de estar na situação de misreporting relativamente a informação macroeconómica e a última missão do FMI que visitou Moçambique, em Novembro passado, já nem mencionou as lacunas por preencher na Auditoria da Kroll tendo acolhido “com agrado os esforços contínuos da Procuradoria-Geral da República, em cooperação com os parceiros de desenvolvimento, para trazer responsabilização relativamente à questão das dívidas anteriormente ocultas”.
Mesmos os Parceiros de Cooperação que suspenderam grande parte do seu apoio ao nosso país como forma de forçar a investigação sobre os dívidas da Proindicus, EMATUM e MAM nunca advogaram que Moçambique deveria repudia-las e não paga-las, afinal os investidores defraudados por Manuel Chang, António Carlos do Rosário, Maria Isaltina Lucas e companhia são oriundos dos seus países e pretendem receber, com lucros, o dinheiro que investiram apesar de todas ilegalidades e corrupção.
Paradoxalmente o banco que é mentor das dívidas ilegais é suíço, país que lidera o grupo de contacto nas negociações para a paz definitiva em Moçambique. Até hoje a Presidência da República não tornou pública as razões da visita “secreta” de Filipe Nyusi ao país europeu no passado dia 13 de Setembro.
Importa ainda recordar grande parte dos 2,2 biliões de dólares não foi gasto em Moçambique os barcos, os radares e outros equipamentos que não estão a ser usados foram adquiridos principalmente em países da União Europeia. Até mesmo os subornos que terão sido pagos não vieram na íntegra para o nosso país.
VERDADE.CO.MZ
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