sábado, 26 de janeiro de 2019

A directora do Gabinete de Informação, Emília Moiane, disse, no encontro, que a instituição está a acompanhar o caso e revelou que, na ocasião da detenção, Abubacar não trabalhava para o Instituto de Comunicação Social e que não sabia se estava num outro órgão de comunicação.

EXMA SENHORA DIRECTORA DO GABINFO
Por: Arlindo Chissale
Lí no blog da Moz News de que:
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A directora do Gabinete de Informação, Emília Moiane, disse, no encontro, que a instituição está a acompanhar o caso e revelou que, na ocasião da detenção, Abubacar não trabalhava para o Instituto de Comunicação Social e que não sabia se estava num outro órgão de comunicação.
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Tudo bem e tenho dois reparos ou por outras, um a favor e outro contra.
Imaginemos que seja tudo verdade e não precise citar aonde está escrito o seguinte:
2. O exercício do direito à informação rege-se, entre outros, pelos princípios seguintes:
a) respeito à dignidade da pessoa humana;
b) máxima divulgação da informação;
c) interesse público;
E parece que Amade Abubacar não observou estes pontos. Também, O exercício do direito à informação compreende a faculdade de solicitar, procurar, consultar, receber e divulgar a informação de interesse público na posse de entidades.
(Legitimidade)
1.Todo o cidadão tem o direito de requerer e receber informação de interesse público. 2. Podem, igualmente, exercer o direito referido no número anterior as pessoas colectivas e órgãos de comunicação social.
Quer dizer, não precisa ser jornalista para recolher dados disponíveis neste solo pátrio (...).
A senhora directora do Gabinfo fez estes pronunciamentos a mais de 2500 quilómetros do local aonde Amade Abubacar foi preso. Esqueceu-se que a própria policia dizia que não sabia de que havia algum jornalista preso. Esqueceu-se de que o Amade Abubacar foi capturado na estacão de Macomia (lugar publico) e sem mandato de captura emitido por algum juiz e as pressas, tirado do seu distrito. E estes seus esclarecimentos, aparecem numa altura em que nem o seu advogado, consegue entrar em contacto com o Amade Abubacar e em apenas três semanas, já foi levado para uma terceira cadeia, desta vez, na cidade de Pemba!?
Mãe Moiana, aquele seu paragrafo, pode ser acessível não só a colegas de camaradagem mais também a membros familiares de Amade Abubacar. Mae tinha que lutar por seu filho, vezes enquanto, sabendo que não se comporta bem.
Deixa lhe abrir um jogo: Amade Abubacar foi coordenador daquela rádio aonde ele mesmo trabalha. E a destituição dele foi motivada por gente do seu grupo sanguíneo, quando publicava artigos azedos. A sua pessoa, nunca credencia jornalistas estrangeiros para fazerem cobertura de assuntos bélicos, naquela região e para lhe ser franco, Amade Abubacar e tantos outros como eu, fazemos e o Mundo reporta.
O risco de Amade Abubacar, não poderia vir de quem não está a jogar em campo. Portanto, aqui jogam militares. E todos outros, os sem armas e catanas, são vítimas. Escrevo-lhe na dúvida, em que lado a mãe Moiana está. uer acender ou apagar esta única vela?
Honestamente, há que se fazer uma base de dados de gente que vendeu suas casas para se aliar aos insurgentes. A base de dados faz-se escrevendo nomes. Há que tomar notas de nomes de pessoas decapitadas (soldados e civis) de um a outro período. E isso faz-se tomando notas. Escrever que um militar foi decapitado é segredo de Estado mas escrever que um camponês foi decapitado, parece não constituir segredo de estado!
Dona Moiana, quando foi a última vez que funcionários do I.C.S. foram capacitados em Jornalismo? - Pode ser de qualquer província. - Aguardo respostas.
Acaba de terminar um tipo de eleição, nos Municípios e vamos para outras, as gerais. Quantos jornalistas foram capacitados para o efeito e que riscos estão susceptíveis a qualquer um, incluindo os recém admitidos?
Pessoal e profundamente analisando, já não me agrada ser jornalista se me permite apreciar o salário e comparando com riscos da sua boca. E as manifestações mundialmente feitas a estas alturas e por entidades internacionalmente credíveis, com comunicados em cartazes de várias línguas, no mínimo e a distância, não são de animo leve e por esta e outras razoes, já fez decair Moçambique, em níveis de credibilidade, no período em que a mãe Moiana está a gerir o Gabinfo.
Termino estas linhas, fazendo-lhe acreditar que Amade Abubacar vai ter soltura e a cada dia, está a conviver e a aprender com gente verdadeiramente "lesas-pátrias" e lhe convidando a estarmos juntos, um dia em cada um daqueles distritos, para perceber o que está realmente a se passar e talvez seja a última aula que poderei aprender de sí e em jornalismo, sobre como reportar casos de guerra não declarada em Moçambique.

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