Os insurgentes que atacaram ontem um centro de pesca denominado Kulansi, a 1.5 km da aldeia Pequeue, no posto administrativo de Quiterajo, distrito de Macomia. A açcão não resultou em mortos, mas no ferimento grave de uma cidadã que foi atingida a tiro nas costas e no rapto de uma outra de mais de 20 anos. Foram queimadas 2 barracas e mais de 20 palhotas pertencentes aos pescadores. Perderam-se bens e valores monetários.
Curiosamente, neste centro havia sido erguida uma “mesquita” onde alguns jovens faziam orações diárias. Nas sextas-feiras, a “mesquita” acolhia jovens de Pequeue, Ilala e Cogolo. Tinha sido baptizada de “Medina”, uma das cidades sagradas da Arábia Saudita. Os malfeitores entraram por volta das 21 horas desta quarta-feira. Chegaram e começaram a queimar casas dos pescadores e de outras pessoas que vivem da comercialização de pescado.
Os residentes fugiram à mínima suspeita pois já estavam de sobreaviso. Kulansi é um centro frequentado por pescadores “migrantes” vindos de alguns distritos de Nampula, Mocímboa da Praia e de Tanzania. Entretanto, “Carta” apurou que dois dias depois do ataque à aldeia Pequeue, onde foram queimadas 88 casas, mais 60 que no ataque anterior, os moradores locais começam a abandonar a região devido à falta de abrigo e uma eminente crise de alimentos. (Saíde Abibo)
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