AS PRIMEIRAS VIVAS DOLOROSAS À RENAMO E AO SEU FINADO DIRIGENTE AFONSO DHLAKAMA!
A guerra de 16 anos da Renamo contra a ditadura do Governo da Frelimo (de 1977 a 4 de Outubro de 1992, com a assinatura do Acordo Geral de Paz em Roma) foi muitas vezes mais intensa, mortal e mais longa que a guerra pela Independência, promovida pela Frente de Libertação de Moçambique (os “Turras”) contra o Governo colonial Português (25 de Setembro de 1964 a 8 de Setembro de 1974, com acordo de cessar fogo). Além de mais letal foi mais cruel e desrespeitador dos direitos humanos, ultrapassando todas as raias de violação da alma e do corpo humanos que a História já conheceu. Era mais um assassinato de massas tanto da parte do governo da Frelimo (Partido no poder) como da parte da Renamo.
Balanço do custo dos 16 anos de guerra (fonte: Carlos Serra):
• 1 milhão de mortos.
• 454.000 crianças de idade inferior aos 15 anos mortas entre 1981 e 1988 (45% das vítimas).
• 23% de crianças entre os feridos registados nas unidades sanitárias.
• 7.000 crianças deficientes devido às minas entre 1980 e 1993.
• 50.000 pessoas amputadas, das quais 7.000 crianças e mulheres.
• Dos 92.881 soldados e guerrilheiros desmobilizados (76,3 do exército governamental e 23,7% da Renamo) após o Acordo de Paz de 1992, cerca de 28% tinham menos de 18 anos: 4.678 menos de 13 anos, 6.828 estavam entre 14 e 15 anos e 13.982 entre 16 e 17 anos, totalizando 25.498.
• Acima de 250.000 crianças órfãs e não acompanhadas. As crianças foram submetidas a repetidas experiências traumáticas: ameaças de morte, terror, agressões, processos sistemáticos de desumanização, fome, sede, malnutrição, exploração pelo trabalho, abuso sexual, envolvimento em actos militares. No que toca à sua personalidade, foram verificados os seguintes distúrbios: falta de confiança nos adultos e em si próprias, falta de perspectiva de futuro e/ou perspectiva pessimista, isolamento, depressões, resignação, altos índices de agressividade, perda de sensibilidade, regressão, introversão, fobias diversas, falta de mecanismos adequados para resolução de conflitos, capacidade muito limitada para aceitar frustrações, sintomas neuróticos diversos.
• Cerca de 1/3 de crianças morrendo antes dos 5 anos.
• 1.000 por cada 10.000 nado-vivos de taxa de mortalidade materna.
• 1/3 da população malnutrida.
• 2/3 de pobreza absoluta.
• Mais de 150 aldeias e localidades destruídas.
• Cerca de 4.5 milhões de deslocados internos.
• Mais de 1.5 milhões de refugiados no exterior.
• Acima de USD 7 biliões de prejuízos para a economia nacional.
• Mais de metade da rede rodoviária destruída ou invibializada.
• Mais de 50% das unidades sanitárias destruídas.
• Mais de 1.800 escolas destruídas.
• 1.500 lojas rurais destruídas.
Mas enfim conseguiu-se, basicamente e em princípio, derrotar a ditadura e implantar-se a Democracia.
Voltarei para abordar AS SEGUNDAS VIVAS À RENAMO E AO SEU FINADO DIRIGENTE AFONSO DHLAKAMA!
1 comentário:
A respeito das dividas ilegais e ocultas.
Isto era Habito da Frelimo:
1 - Fazer leis e não se preocupar no seu cumprimento.
2 - Levar por emprestado dinheiro principalmente nos países socialistas para a compra de armas para sustentar guerra matando o próprio povo e por cima disto pagar as dividas a partir do imposto do próprio povo e dos recursos do Estado.
3- A Frelimo procedeu assim durante os 16 anos de guerra civil.
4 - Aquelas armas de 40 canos, aqueles blindados,aquelas bombas pesadas chamadas B12, provenientes da Russia e da China eram comprados a partir do suor do povo Moçambicano e a sua finalidade era matar o povo Moçambicano. Moçambique não tinha sido invadido por uma potência estrangeira, mas a Frelimo mentia dizendo que o pais estava a ser agredido por potências ocidentais, para justificar o genocídio que estavam a cometer.Tudo isto para proteger governo totalitário, vitalício e não eleito.
5 - Portanto trata-se de repetição dessa atitude por parte da Frelimo.
6 - O senhor Armando Guebusa sabia muito bem da existência da lei que diz o seguinte:
O chefe do estado pode pedir uma dívida sem necessitar da autorização da Assembleia da República desde que o valor seja igual ou inferior a oito milhões de dólares;acima desse valor necessita da autorização da Assembleia da República.
O senhor Armando Guebusa foi director nacional no ministério do interior, foi ministro do interior, foi ministro sem pasta, antes de ser chefe de estado.Toda esse percurso permitiu-lhe o conhecimento dessa lei.Ele não é inocente. Aqui é necessário recordar que o senhor Armando Guebusa participou na morte de prisioneiros em Mutelela no Niassa, participou no envio de Moçambicanos para campos de concentração.por isso ele estava calejado no escamoteamento das lei. O que era hábito dos seus antecessores.
Minha opinião, Perante essas dívidas ocultas e ilegais, a Nação Moçambicana deve proceder como um pai!
Um bom pai aceita pagar as falcatruas feitas pelo seu filho, para manter boas relações com os vizinhos, mas procura repreender e punir o seu filho.
7 -com base nesse princípio, os autores dessa dívida devem ser julgados e condenados e ainda os seus bens devem ser confiscados para fazerem parte do pagamento da dívida e o resto deve ser pago pela Nação.
8 - A Nação deve negociar como os donos do dinheiro para que seja pago sem juros, porque a Nação não foi autor nem responsável da divida, uma vez que não foi do conhecimento da Assembleia da República . Havendo dificuldades, a Nação deve remeter ao concelho da segurança das Nações Unidas para arbitrar. A Nação deve pagar essa dívida a partir dos recursos do Estado.
9 - O actual chefe do Estado deve assumir que cometeu erro ao envolver-se nessa dívida, de modo irresponsável e inexperiente e esperar que seja julgado, assim como todos os outros.
10 -A senhora Procuradora geral da Republica deve-se demitir em vez de procurar carregar essa montanha de lixo nos seus ombros, não vai conseguir.Deve evitar assumir responsabilidade de crimes por outros cometidos.
11 - a cima de tudo é necessário prever que Moçambique caminha para ser um País democrático e transparente.
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