Em causa estava a partilha de imagens violentas no Twitter.
O Parlamento Europeu levantou a imunidade de Marine Le Pen, eurodeputada e candidata presidencial francesa. A decisão foi anunciada esta quinta-feira, depois de a líder da Frente Nacional francesa ter divulgado no Twitter fotografias violentas do Daesh.
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A decisão foi aprovada pelos deputados da comissão de assuntos legais do Parlamento Europeu esta terça-feira e foi agora confirmada em plenário.
O levantamento da imunidade significa que as autoridades francesas poderão avançar com um processo contra Le Pen pelo crime de “publicação de imagens violentas”, que pode ter uma pena de três anos de prisão e uma multa de até 75 mil euros.
Em causa estão três imagens, partilhadas na conta pessoal da líder da Frente Nacional francesa. Uma das fotos correspondia à execução de um piloto jordano queimado vivo no início de 2015 pelos jihadistas. Outra mostrava o corpo decapitado do jornalista norte-americano James Foley, executado em Agosto de 2014. Na altura, os pais de James Foley indignaram-se com a publicação da imagem do corpo do filho e exigiram a Le Pen que retirasse imediatamente a foto da sua conta de Twitter – o que a líder da extrema-direita francesa fez, alegando que “não sabia” que se tratava do refém norte-americano.
Esta não é a primeira vez que a imunidade da candidata presidencial francesa é levantada. Em 2013, o Parlamento Europeu retirou imunidade à eurodeputada para que pudesse responder às acusações da Justiça francesa sobre o “incitamento à discriminação com base em crenças religiosas” por ter comparado dois muçulmanos a rezar em público com a ocupação nazi de França durante a II Guerra Mundial. O Ministério Público acabaria por desistir da acusação.
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