sábado, 18 de março de 2017
LIGA FEMININA DA RENAMO COMEMORA 8 DE MARÇO
Propriedade do Departamento de Informação
Sai as Quinta Feiras * Distribuição Gratuita * Maputo, 16.03.2017 * Edição nº 204 Ano 4
Várias mulheres filiadas a
liga Feminina da RENAMO,
entre membros e simpatizantes,
estiveram reunidas
na Delegação Política da
Cidade de Maputo, para
comemorarem o dia Internacional
da mulher. Numa
cerimónia encabeçada pela
Senhora Maria Inês Martins,
presidente da Liga Feminina
da RENAMO foram
lidas mensagens de reflexão
sobre momentos amargos
que o povo moçambicano
vive.
Em mensagem, lida por
Amélia forte, responsável
pelos assuntos sociais do
partido naquela delegação,
disse que as mulheres recordavam
mais uma vez a
tragédia ocorrida no dia 08
de Março de 1857, numa
das fábricas de tecelagem
em Nova York, onde mais
de uma centena de mulheres
morreram carbonizadas
a mando do patronato,
pelo simples facto delas se
manifestarem em reivindicação
dos seus direitos
como operárias.
Amélia Fortes disse igualmente
que era preciso
lembrar o quanto a força
e o poder pela conquista
da liberdade e igualdade
de direitos, a mulher luta
para alcançar o seu empoderamento.
Reconheceu
que apesar de todas as dificuldades,
a mulher mo-
çambicana, em todas as
esferas da sociedade, tem
se mostrado firme, sábia e
determinada, em prol da
construção duma sociedade,
onde haja respeito pelos
direitos fundamentais
do Homem.
Reconheceu que as mulheres
têm obviamente o papel
primordial de procriar,
cuidar da família, educar
os filhos, entre outras responsabilidades
dentro do
lar, tendo lamentado o facto
de tal sacrifício não ser
muito valorizado.
O dia Internacional da
Mulher foi também comemorado
num momento
de reflexão devido ao que
consideraram “momentos
amargos que o povo mo-
çambicano vive, de hostilidade,
onde a vida transformou-se
num pesadelo,
devido a má governação a
que o país se encontra mergulhado.
continua na pág 3
LIGA FEMININA DA RENAMO
COMEMORA 8 DE MARÇO
2
Editorial
QUE A CNE E O STAE TENHAM EM
CONTA A PAZ COMO BEM SAGRADO
A Comissão Nacional de Eleições (CNE) reuniuse
esta semana na sua 1ª Sessão Ordinária,
com o principal ponto de agenda, a deliberação
do dia 10 de Outubro de 2018, como a data
proposta para as próximas eleições autárquicas
cuja proposta foi submetida ao Conselho de
Ministros.
Para além desta deliberação, a CNE aprovou
formalmente o seu Plano de Actividades para
o ano de 2017, que fundamentalmente irá
incidir sobre a formação dos membros da CNE,
das Comissões Provinciais de Eleições, das
Comissões Eleitorais Distritais e de Cidades.
Cabe agora ao Governo fixar definitivamente a
data, para no decurso de 60 dias, a CNE instalar
as Comissões Provinciais de Eleições e da Cidade
de Maputo, as Comissões Distritais e de cidades.
A RENAMO espera que a fixação da data
das eleições, particularmente as autárquicas
por parte do Governo, tenha em conta que
neste momento está em discussão no país um
pacote legislativo atinente a descentralização
governativa e administrativa. Por isso, apelamos
este assunto não seja ignorado, nem se pense
em passar por cima dele.
Contudo, acreditamos na celeridade das
negociações e na boa vontade das partes
envolvidas.
Cabe a CNE formar novos membros que
irão integrar os órgãos eleitorais, preparar os
instrumentos para a realização das eleições,
aprovar várias deliberações que irão indicar os
passos que os participantes deverão seguir para
poderem se candidatar e participar no processo
eleitoral.
O ciclo eleitoral que do nosso ponto de vista
começou com esta 1a Sessão deverá custar
aos cofres do Estado cerca de 900 milhões de
meticais.
Esperamos que as próximas eleições sejam
“eleições de paz e para a paz”. Queremos uma
Comissão Nacional de Eleições que venha
trazer resultados que espelham a vontade dos
eleitores.
Esperamos igualmente uma CNE e um STAE
que sejam guiados pelas leis e que venham a
criar um ambiente para eleições livres justas
e transparentes. Não sejam promotores de
fraudes como nas anteriores ocasiões em
que mandaram imprimir boletins de votos
nas empresas da Frelimo, permitiram o
preenchimento antecipado de boletins de voto
e não deram provimento as reclamações dos
intervenientes.
Precisamos de lembrar que o actual conflito
político-militar é obra conjunta da CNE, STAE e
Conselho Constitucional.
Tal como disse o Presidente Afonso Dhlakama
na semana passada a Paz é sagrada e que os
moçambicanos merecem tê-la uma vez por
todas, desde que os políticos moçambicanos
ponham de lado as suas diferenças.
Mas isso não depende somente dos políticos,
mas de todos aqueles que estão ao serviço dos
órgãos do Estado.
Esta posição do presidente Afonso Dhlakama,
também havia sido assumida anteriormente
pela Alta Representante e Vice-Presidente da
União Europeia, Federica Mogherini quando
comentava sobre a nova fase do processo das
negociações em Moçambique.
A nova fase do processo das negociações em
Moçambique tem merecido especial atenção de
muitos intervenientes nacionais e internacionais
ansiosos em ver as partes alcançarem o mais
rápido possível consenso que possa trazer a Paz
definitiva.
Ficha técnica
Director:Jeronimo Malagueta;
Editor: Gilberto Chirindza;
Redacção:Natercia Lopez;
Colaboradores: Chefes regionais de informação;
Maquetização: Sede Nacional da Renamo
Av. Ahmed Sekou Touré nº 657;
Email: boletimaperdiz@gmail.com
Cells: 829659598, 844034113;
www.renamo.org.
Nº de Registo
07/GABINFO-DEC/2015
APRECIA FAVORAVELMENTE A RATIFICAÇÃO
DA CARTA AFRICANA SOBRE A DEMOCRACIA,
ELEIÇÕES E GOVERNAÇÃO
“A Semana em foco”
Um programa radiofónico que faz análise dos temas políticos e sociais de destaque semanal.
Sintonize e escute a frequência 90.0FM Rádio Terra Verde
Acompanhe em todos os sabádos das 11:00 às 12:00 horas
Participe! 821075995 ou 840135011
3
continuação da pág 1
continua na pág 4
“A Liga
Feminina da RENAMO,
Organização especial
de mulheres filiadas no
Partido RENAMO, consciente
das tremendas
violações que deprimem
os moçambicanos, dé-
cadas sem conta, surge
como a força motora
para restituir os valores
morais que a sociedade
moçambicana perdeu
durante longos anos”,
descreveu a mensagem.
Fortes, não deixou de
manifestar preocupação
das mulheres da Liga
Feminina em particular
pela escalada de violência
doméstica contra
pessoas da terceira idade,
crianças, mulheres
e homens, que se verifica
nos últimos tempos
em todo o país e que
tem sido reportada nos
meios de informação.
A mesma mensagem
manifestou igualmente
preocupação pelos casamentos
prematuros
que grassam por todo o
país, pois segundo ela,
trazem resultados negativos
a sociedade para
além de retrocederem
os sonhos das raparigas.
As mulheres da Liga
Feminina da RENAMO
aplaudiram igualmente
as negociações em curso
no país, manifestando o
desejo de verem paz verdadeira
e duradoura no
país. E não terminaram
sem antes apelar o Governo
do dia, no sentido
de que corresponda positivamente
esta vontade
popular dos moçambicanos
e do presidente
da RENAMO para o estabelecimento
de uma democracia
genuína e paz
duradoura.
BANCADA PARLAMENTAR DA RENAMO
“Somos a favor da
ratificação desta Carta
Africana porque ela
responde aos anseios
do povo que representamos,
responde aos
gritos dos fracos e dos
enfraquecidos, sustenta
a posição da RENAMO
e confronta a
situação real do país,
abordando soluções
para os problemas
criados pela incompreensão.”
Estas foram parte das
palavras pronunciadas na
Intervenção do Deputado
da Assembleia da Repú-
blica pela
continuação da pág 3
4
continua na pág 5
bancada
Parlamentar da RENAMO
Mohamad Yassine, no
dia 9 do mês em curso.
Para que o leitor possa entender
a totalidade do pronunciamento,
passamos a
transcrever integralmente o
discurso:
Senhora Presidente da Assembleia
da República
Excelência
Senhores Deputados Meus
Pares
Excelências
Todo protocolo observado
Começo essa minha intervenção
com uma saudação
a todo o povo moçambicano
e em particular a população
de Nampula, meu Círculo
Eleitoral.
Uma saudação as super
mulheres pelo seu dia que
ontem se assinalou.
Saudação especial vai
para Sua Excelência Afonso
Macacho Marceta Dhlakama,
o líder incansável para
a causa de um povo sofrido,
o líder que pela sua importância
histórica será sempre
lembrado nos anais da democracia
deste país.
Excelências
Um dos instrumentos importantes
da União Africana
e com grande impacto é a
Carta Africana sobre a Democracia,
Eleições e Governação,
adoptada pela oitava
sessão ordinária da Conferência,
realizada em Adis
Abeba, Etiópia, a 30 de Janeiro
de 2007, e que o Conselho
de Ministros aprovou
a proposta de resolução que
ratifica este instrumento legal
a enviar a Assembleia da
República na sua 19ª sessão
ordinária em Junho de 2011,
tendo este documento infelizmente
encalhado em
algum lugar, já neste governo
o Conselho de Ministros
voltou a aprovar, na sua 10ª
sessão ordinária realizada a
29.03.2016, e que finalmente
hoje, no 10º ano da sua
adopção, o Parlamento debate
a sua ratificação.
Para a RENAMO esta Carta
reveste de grande importância
porque reforça as
principais declarações e decisões
da OUA/UA, nomeadamente:
(i) a Declaração dos chefes
de Estado e de Governo da
OUA de 1990 sobre a Situa-
ção Política e Socioeconómica
em África e as Mudanças
Fundamentais Ocorridas no
Mundo;
(ii) o Plano de Acção de
Cairo de 1995 para a Reforma
Económica e o Desenvolvimento
Social em África;
(iii) a Decisão de Argel de
1999 sobre as Mudanças
anticonstitucionais de Governo;
(iv) a Declaração da União
Africana sobre os Princípios
que Regem Eleições Democráticas
em África, adoptada
em 2002;
(v) o protocolo de 2003 Relativo
a Criação do Conselho
de Paz e de Segurança da
União Africana.
EXCIAS
Somos a favor da ratificação
desta Carta Africana
porque ela responde aos anseios
do povo que representamos,
responde aos gritos
dos fracos e dos enfraquecidos,
sustenta a posição da
RENAMO e confronta a situação
real do país, abordando
soluções para os problemas
criados pela incompreensão.
Os Estados Membros da
União Africana através desta
carta, dentre outros pontos
reafirmam a sua vontade
colectiva de trabalhar em
prol do aprofundamento e
da consolidação da democracia,
do estado de direito,
da paz, da segurança e do
desenvolvimento nos países
africanos, estes são também
os pontos que justamente
sempre nos batemos para a
sua defesa. São guiados pela
missão comum de reforçar
e consolidar as instituições
para a boa governação, a
unidade e a solidariedade
em todo o continente.
Determinados a promover
os valores universais e os
princípios de democracia, a
boa governação, os direitos
humanos e o direito ao desenvolvimento.
Preocupados em enraizar,
no continente, uma cultura
de alternância política
fundada sobre a realização
das eleições transparentes,
livres e justas e conduzidas
por órgãos eleitorais independentes,
competentes e
imparciais; preocupados
também com as mudanças
anticonstitucionais de governo
que constituem uma das
causas essenciais de insegurança,
de instabilidade, de
crise e mesmo de violentos
confrontos em África. Quem
me dera se a tivéssemos ratificado
no ano em que a assinamos...
Recordar que a assinatura,
ratificação, adesão de qualquer
instrumento jurídico
internacional é voluntária
e depende do interesse de
cada Estado ratificar e implementar
o mesmo, assim
foi feito no passado pelo governo,
mas ficou claro que
o processo de ratificação de
alguns instrumentos jurídicos
internacionais por parte
do Estado moçambicano é
lento, sendo esta a única justificação
lógica que encontro
para o protelar na ratifica-
ção desta Carta africana sobre
Democracia, Eleições e
Governação que hoje debatemos
na Assembleia da República,
isto tendo em conta
que o seu conteúdo elevaria
o país para patamares
reais de democracia e iria
desanuviar o clima político
que sempre vivemos. Hoje a
questão dos Direitos Humanos
deteriorou muito, a governação
eleitoral continua
crítica e é uma das razões
da crise política e do conflito
militar que hoje vivemos. A
corrupção continua sendo o
nosso cancro a responsabilização
individual e colectiva
continua uma miragem. A
liberdade para o exercício de
actividade política continua
com rasuras e as liberdades
fundamentais em perigo.
Moçambique tem a vantagem
de ter um sistema
monista de recepção de instrumentos
internacionais,
ou seja, a Constituição da
República, nos seus artigos
17 e 18 estabelece o regime
de recepção dos instrumentos
jurídicos internacionais
e determina que as conven-
ções internacionais entram
em vigor depois de serem ratificadas
e publicadas no BR,
passando a ter valor jurídico
correspondente ao respectivoinstrumento
de ratifica-
ção. No entanto apesar de
passarem a constituir automaticamente
direito interno,
é ainda muita fraca a suaaplicação,
bastando para tal
analisar a jurisprudência dos
tribunais. Entretanto, a CRM
também não clarifica qual é
o valor jurídico de uma resolução,
apesar de, a maioria
dos instrumentos jurídicos
imporem aos Estados membros
o dever de tomar medidas
conducentes à melhor
implementação por parte
dos membros. Implementar
um instrumento jurídico significa
no nosso entender que
após a ratificação do instrumento
e a sua consequente
entrada em
v i g o r,
o Estado deve adoptar medidas
administrativas, legislativa
e de outra índole que
se mostrem necessárias, com
vista a garantir uma implementação
efectiva do instrumento
jurídico na ordem jurídica
interna. Por exemplo,
aprovar leis e regulamentos
internos que materializam as
disposições do instrumento
jurídico ratificado.
Apesar do nível de ratificação
dos instrumentos jurí-
dicos da União Africana por
parte de Moçambique ser
bom, o nível de implementa-
ção não é proporcional. Isto
porque a implementação de
qualquer instrumento jurí-
dico internacional é um processo
que requer a elabora-
ção de planos, orçamentos,
realização de actividades e a
respectiva monitoria. Os instrumentos
jurídicos obrigam
aos Estados para cumprirem
metas, apresentar relatórios
regulares e, isso acontece
se os Estados tiverem condi-
ções materiais. Estes desafios
não se colocam apenas
a Moçambique, mas a todos
os países Africanos. Nos instrumentos
jurídicos onde o
governo prevê sanções em
caso de incumprimento verifica-se
maiores desafios que
bloqueiam a implementação
dos instrumentos principais,
seja por fraca sensibilização
e apropriação parlamentar
ou a fraca vontade política
do governo.
A União Africana tem como
fim último, garantir, promover,
defender e salvaguardar
os direitos fundamentais
dos cidadãos, havendo
deste modo a necessidade
de transformar os tratados
em leis fáceis, perceptíveis e
popularizar os mesmos instrumentos
depois de domesticados.
Por vezes até existe
uma capacidade nacional
suficiente para a implementação
dos compromissos
assumidos pelo Estado mo-
çambicano, contudo, não
existe um mecanismo de coordenação
deste processo. A
essa locuna, alia-se a falta de
cometimento por parte das
entidades responsáveis pela
implementação, cujos fundamentos
se circunscrevem
na falta de meios financeiros.
Apesar do empenho na
assinatura e ratificação dos
instrumentos jurídicos da UA,
o Estado moçambicano não
cria mecanismos apropriados
que permitam a implementa-
ção desses instrumentos jurídicos,
facto que transmite
a ideia de divergência entre
a vontade política expressa
pela assinatura e a materialização
dos objectivos pelos
vários sectores cujas maté-
rias dos instrumentos são da
sua competência.
RECOMENDAÇÕES:
1. O Governo devia
aprovar um instrumento jurí-
dico para regular o processo
de negociação, assinatura,
ratificação, implementação e
divulgação dos instrumentos
jurídicos internacionais. O
referido instrumento deverá
estabelecer regras e procedimentos
que determinam
quais são as entidades envolvidas
desde a negociação
até a monitoria, prazos claros
para a ratificação, sistemas
de depósito dos instrumentos,
sistema de arquivo
e base de dados, meios de
divulgação, participação da
SC e do cidadão, deveres dos
departamentos de coopera-
ção/assuntos jurídicos dos
ministérios, a relação com
a comissão da UA relativamente
à implementação e
monitoria, financiamento,
mecanismo conjunto de coordenação,
entre outros.
2. O Governo deve
criar mecanismos multissectoriais
de coordenação para
implementação e monitoria
dos instrumentos jurídicos
da União Africana, que podia
ser em forma de uma
comissão institucionalizada
de implementação, composta
por vários departamentos
de cooperação dos pelouros
do Estado e que seria dirigida
pelo MINEC/Direcção para
Integração Regional e Continental
(DIRCO), na qualidade
de coordenador da comissão
e o Ministério da Justiça, na
qualidade de responsável
técnico sobre questões legislativas.
Este mecanismo seria
responsável pela monitoria
dos planos sectoriais e coordenaria
todas as actividades
das iniciativas nacionais de
implementação através da
supervisão da execução dos
planos de acção. O mesmo
seria o garante do cumprimento
dos compromissos
assumidos pelo Estado, mediante
realização de reuniões
regulares de balanço, que
poderiam também incluir organizações
da sociedade civil
interessadas nos assuntos
tratados nos instrumentos.
Este seria um mecanismo de
prestação de contas por parte
do Estado sobre os compromissos
assumidos a nível
internacional em nome do
povo.
3. O MINEC/Reparti-
ção dos tratados na qualidade
do garante do arquivo
dos instrumentos jurídicos
internacionais, deve ser apetrechado
em recursos humanos
qualificados e materiais
para assegurar o arquivo dos
mesmos, através da criação
de um sistema adequado
de arquivo e uma base de
dados que seria de extrema
utilidade para todos os órgãos
de soberania e para o
público em geral. Esta base
de dados seria alimentada
pelas instituições envolvidas
no processo nomeadamente,
AR, Conselho de Ministros e
Ministério dos Negócios Estrangeiros
e Cooperação, de
forma coordenada.
4. O governo deve
criar uma estratégia de divulgação
dos instrumentos
jurídicos internacionais para
garantir o conhecimento e
domínio dos mesmos por
parte dos funcionários públicos
e cidadãos no geral. Isto
porque Moçambique tem
assinado e ratificado os instrumentos
da União Africana
e que a legislação e políticas
nacionais tendem, progressivamente,
a reflectir as recomendações
desses instrumentos.
Contudo, nota-se
que estes não têm merecido
o devido acompanhamento
e que o trabalho da popularização
dos mesmos continua
fraco, na medida em que os
cidadãos continuam a desconhecer
a existência desses
instrumentos e há grande lacuna
entre o discurso político
e a implementação efectiva.
5. O governo deve realizar
capacitação do pessoal
do Departamento de Cooperação
na área de convenções,
protocolos e áreas técnicas
específicas, de modo a dotá-
-los de conhecimento sobre o
processo e formas de interac-
ção com as outras entidades
envolvidas.
6. O governo, no seu
informe geral a Assembleia
da República, deve, também,
destacar o ponto de situação
dos compromissos internacionais
assumidos por Mo-
çambique como mecanismo
de observar a implementa-
ção efectiva dos mesmos.
A SC deve apoiar o Governo
com acções concretas para a
implementação e monitoria
que podem ser em forma
de capacitação institucional
dos departamentos de cooperação,
incluindo a capacitação
dos funcionários; a
divulgação dos instrumentos
jurídicos, apoio a aprovação
de legislação e sua divulga-
ção; apoio na planificação e
angariação de fundos para
a implementação dos instrumentos
jurídicos e decisões
da UA.
Se estas e outras iniciativas
forem assumidas como importantes
o governo estará a
demonstrar que só assina os
protocolos e tratados que beneficiam
o seu povo e haverá
divulgação e monitoria.
Tenho dito, muito obrigado.
continuação da pág 4
5
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