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Faltam dois dias para a posse do presidente Barack Obama para o seu segundo mandato presidencial.
Não se trata de um erro, apesar de a cerimônia oficial estar marcada para segunda-feira na Colina do Capitólio com uma grande afluência de público, Obama irá prestar juramento no domingo. Washington está a preparar todos os centros de saúde para uma enchente de turistas e de doentes com gripe. Será que a epidemia que está a varrer os EUA irá influenciar a festa?
A epidemia de gripe cedeu as primeiras páginas dos jornais norte-americanos e o lugar de tema principal nas transmissões televisivas a questões mais atuais. Mas, apesar disso, o problema não se tornou menos grave. Segundo a mídia, o número de mortos provocado pelo vírus já ultrapassou este ano as 100 pessoas e os médicos classificam esta epidemia como uma das mais graves da última década.
Um alarme especial se vive na capital dos EUA, onde nestes dias se juntam dezenas de milhares de turistas de todos os Estados Unidos e do mundo para assistir ao vivo à cerimônia de posse. Segundo as previsões das autoridades, a cidade irá receber cerca de 800000 visitantes. Muitos virão de estados onde a epidemia foi declarada.
Já se sabe que nada irá mudar na cerimônia de posse devido à estação da gripe, apesar de o chefe do Departamento da Saúde de Washington Saul Levin e os seus colegas apresentarem nos canais televisivos a mesma lista de recomendações:
“Eu não vejo, por enquanto, motivos para declarar algum estado de emergência especial ou para tomar medidas extraordinárias. Todos devem apenas tomar a vacina. Se se vacinar, terá muito menos possibilidades de ficar infetado do que os que não o fizerem.”
No entanto, a acreditar nas publicações das redes sociais, os habitantes da própria cidade de Washington estão bastante preocupados com a perspectiva de uma epidemia de gripe atingir a cidade. Um dos artigos mais procurados, e por isso agora mais escasso, é o gel antibacteriano para as mãos. Muitos hotéis incluíram-no nos kits para hóspedes. Além disso, muitos hotéis estão a distribuir gratuitamente embalagens de lenços de papel e limpam mais frequentemente os corrimões nos elevadores e os espaços comuns em geral. Outra novidade é o caldo de galinha gratuito para os hóspedes doentes.
Também os hospitais locais estão prontos para um grande fluxo de doentes, refere Bruno Petino, médico do Centro Médico da Universidade George Washington:
“Nós estamos preparados, o vírus se reativa cada outono e inverno. Nós sabemos o que esperar e quais os meios necessários. Aqui em Washington, nós estamos de resto habituados a um fluxo regular de turistas, especialmente no centro de negócios da cidade."
Os hospitais tem de serviço equipes médicas reforçadas. Nas farmácias e hospitais, onde há a vacina, se formam filas de espera. Porém, as filas nas lojas de lembranças são bem maiores. Afinal se trata de um acontecimento histórico, a segunda cerimônia de posse do primeiro presidente negro dos Estados Unidos. Quanto à gripe, ela se repete todos os anos.
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