segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Foi o tempo e não o trabalho: cientistas voltam a tentar explicar a evolução do homem: Voz da Rússia

14.01.2013, 17:46, hora de Moscou
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evolução, homem, humanidade, homo sapiens, trabalho, clima, teoria
www.telegraph.co.uk

Cientistas estadunidenses estão convencidos que o homem é produto da meteorologia em vez do trabalho. Eles elaboraram um calendário climático da humanidade segundo o qual a evolução do homem foi favorecida por cinco bruscas alterações climáticas nos últimos 200 mil anos. Os peritos russos tentam agora verificar a veracidade dessas conclusões.

Os investigadores dos EUA consideram que as sucessões de climas, instantâneas do ponto de vista geológico, provocaram uma brusca aceleração na evolução do homem. A necessidade de se adaptar às novas circunstâncias terá acelerado o desenvolvimento do cérebro, favorecido o desenvolvimento do caminhar ereto, o aparecimento de ferramentas de trabalho, etc. Os cientistas apresentam a favor da sua versão o fato de as turbulências geológicas terem coincidido com o período do aparecimento num dado território dos primeiros antepassados do homem que terão aprendido a usar as primeiras ferramentas.
As opiniões dos peritos se dividem a esse respeito. O antropólogo social Alexander Kazankov considera a teoria climática como uma corrente principal da ciência universitária:
“O homo sapiens terá aparecido precisamente nessas condições. Isso é um fato comprovado. As pessoas estudam as alterações paleoclimáticas sobretudo pelo conteúdo de isótopos. Verificam qual era o clima e fazem a sua correspondência aos achados arqueológicos. Se verifica que o clima dá um empurrão ao homem e este começa a evoluir progressivamente. Quando o clima se altera bruscamente, a evolução dá um salto, progride aos saltos.”
O perito é de opinião que foi precisamente graças às alterações climáticas que o antepassado do homem se destacou dos seus ascendentes há mais de 100 mil anos. As mudanças de clima obrigaram os primeiros homens a se espalharem primeiro pela África, que muitos cientistas consideram como o berço da humanidade, e depois a se mudarem para outros continentes.
Mas a teoria climática também tem muitos adversários. O paleoantropólogo Alexander Belov considera o fator climático como importante, mas não determinante. Os achados feitos em diferentes continentes, especialmente nos últimos tempos, não cabem em nenhuma das teorias existentes. Além disso, por enquanto ainda é quase impossível determinar a linha de sucessão entre as diferentes formas antigas do homem de forma a reconstruir a história da humanidade de uma forma mais ou menos fiável:
“É difícil determinar a sucessão entre as antigas formas. O homo sapiens antigo, ou seja, as formas que habitavam há 130-200 mil anos em África, não correspondem muito aos neantropos, o homem de Cro-Magnon, que viviam há cerca de 54-50 mil anos tanto em África, como na Europa, na Ásia e na Austrália. A sucessão entre esses dois grupos, o sapiens antigo e o sapiens sapiens, é muito difícil de determinar. Provavelmente nem há uma sucessão.”
As novas descobertas arqueológicas, segundo o cientista, obrigam o mundo científico a mudar constantemente de ponto de vista acerca do aparecimento do homem e da sua evolução. Nenhuma das hipóteses existentes, na opinião de Alexander Belov, consegue explicar todos os achados e os artefatos descobertos não conseguem ser ligados numa sequência evolutiva. Pelo contrário, por vezes até se observa um processo da chamada evolução inversa, uma redução do volume do cérebro. A propósito, o cérebro do homem de Cro-Magnon é maior que o do homem moderno em 300 centímetros cúbicos. É possível que a ciência que estuda o homem necessite de um fundamento filosófico completamente novo, diz Alexander Belov:
“Não há certezas se as coisas aconteceram de uma ou de outra maneira. Há uma clara falta de conhecimentos a esse respeito. Conhecimentos puramente factuais – arqueológicos, antropológicos, e mesmo teóricos – filosóficos, as generalizações são claramente insuficientes. Isso porque o darwinismo é basicamente uma ideologia. Mas outras teorias alternativas não existem. Existe o criacionismo, mas este não é baseado em fatos, mas em testemunhos religiosos. É que se formou aqui um vazio, simplesmente. Faz falta uma ideia que pudesse explicar os novos fatos e os novos achados.”
O biológico, por vezes, não corresponde ao cultural e ao climático. É possível que não sejam os fatores externos, mas algumas características próprias do genoma humano que o obriguem a se desenvolver ou a degradar. Parece que, por enquanto, a ciência do homem está voltaтвщ a acumular material factual. Já àqueles que querem saber a verdade acerca da origem dos seus antepassados longínquos resta esperar que, de acordo com a lei da dialética, a quantidade acumulada se transforme em qualidade.

1 comentário:

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