17 de Janeiro de 2013 • 18h58 • atualizado às 19h10
Os Estados Unidos reconheceram nesta quinta-feira o governo da Somália pela primeira vez desde 1991. O anúncio foi feito pela secretária de Estado americana, Hillary Clinton, em entrevista coletiva depois de se reunir com o presidente somali, Hassan Sheikh Mohamud. "Hoje é um dia importante. Começa uma nova etapa na qual nos comprometemos a escutar este Governo e o povo somali", afirmou Hillary.
"Há quatro anos, no início da administração (do presidente) Barack Obama, a Somália era, em muitos sentidos, um país diferente do que é hoje. O povo e os líderes da Somália lutaram e se sacrificaram para conseguir maior estabilidade, segurança e paz em sua nação", ressaltou a secretária de Estado.
Hillary insistiu que as relações entre os países ainda têm "um longo caminho a percorrer e muitos desafios" que enfrentar, mas destacou que o reconhecimento de hoje "representa um grande passo rumo a um futuro melhor". Lembrou que em sua chegada como chefe da diplomacia americana em 2009, a milícia fundamentalista islâmica somali Al-Shabab controlava a maior parte de Mogadíscio e o sul e centro da Somália.
"O povo da Somália já tinha suportado muitos anos de violência e isolamento. E queríamos mudar isso. Queríamos trabalhar juntos, não só com o povo, mas com os Governos de toda a região", explicou.
Enquanto isso, "os líderes da Somália trabalharam para criar um Governo democrático que funcionasse. Esse processo também foi um desafio, mas hoje pela primeira vez em duas décadas este país tem um Governo representativo com um novo presidente, um novo Parlamento, um novo primeiro-ministro e uma nova constituição", sentenciou.
A Somália vive em um estado de guerra civil desde 1991, quando foi deposto o ditador Mohammed Siad Barre, o que deixou o país sem governo efetivo e nas mãos de milícias islamitas e bandos de criminosos armados.
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