Jorge Rebelo em palestra sobre legado da juventude moçambicana
A convite do Parlamento Juvenil
De
acordo com o comunicado em posse do “O País”, Rebelo deverá explicar o
papel da juventude moçambicana nos tempos que correm, tendo em conta a
realidade actual no país.
O antigo
ministro da Informação no Governo de Samora Machel, Jorge Rebelo, é
hoje orador, na cidade capital, de uma palestra relativa à passagem de
mais um aniversário da independência nacional, que se assinala a 25 de
Junho corrente.
Com
o tema “35 Anos de Independência Nacional: e o legado da juventude”, a
palestra insere-se no âmbito da celebração dos 35 anos após a
proclamação da independência, em 1975, pelo presidente Samora Machel.
De
acordo com um comunicado recebido na redacção do “O País”, a palestra
tem como “objectivo enaltecer o feito histórico de 25 de Junho enquanto
fonte de inspiração para a nova geração e uma oportunidade ímpar para
discutir sobre o patriotismo, unidade nacional, transparência na gestão
da coisa pública e coesão nacional”.
A
palestra de hoje vai igualmente debater sobre os desequilíbrios
sociais, justiça e a função da juventude na época contemporânea, e
poderá atrair muitos académicos, antigos combatentes da Luta de
Libertação Nacional, líderes de partidos políticos e membros do
parlamento juvenil, por sinal os organizadores do evento.
Rebelo define “Geração da Viragem”
Quanto ao legado da juventude, o Parlamento Juvenil pretende saber
de Jorge Rebelo, de acordo com o comunicado, o papel da juventude
moçambicana nos tempos que correm. O antigo combatente não poderá
escapar a perguntas sobre a mediática “geração da viragem”, na qual o
reitor da Universidade Eduardo Mondlane, Filipe Couto, veio a público,
durante a última cerimónia de graduação de estudantes naquele
estabelecimento de ensino superior, convidar o presidente da República,
Armando Guebuza, a ir à UEM explicar o conceito “geração da viragem”:
“Virar o quê? Virar para onde?”, interrogou Couto.
Com
esta “provocação”, Armando Guebuza viria a responder às perguntas de
Couto, não na UEM, mas através da comunicação social durante a sua
presidência aberta na província de Nampula, definindo geração da viragem
como “luta contra a pobreza”. Mais tarde, o porta-voz do partido
Frelimo, Edson Macuácua, numa palestra havida em Maio último no edifício
do Comité Central da Frelimo, em Maputo, viria a repetir o mesmo
discurso, mas desta vez estabelecendo as diferenças entre a “geração de
viragem” e as gerações 25 de Setembro e 8 de Março.
Chama da Unidade Nacional
Outro
alvo dos participantes poderá ser a Chama da Unidade Nacional. À
semelhança da “geração de viragem”, esta está a levantar acesos debates
sobre os seus reais benefícios ao país. Lançada por Armando Guebuza em
Nangade, província nortenha de Cabo Delgado, e neste momento em Gaza, os
montantes gastos para a sua deslocação do Norte a Sul está a dividir
opiniões, havendo quem considere serem gastos supérfluos. Aliás, falando última segunda-feira em Nampula,
o presidente do Movimento Democrático de Moçambique (MDM) acusou o
Governo de enveredar pelo despesismo. Para Simango, o valor gasto com a
chama devia ser aplicado na construção de hospitais, escolas, compra de
ambulâncias, entre outras aplicações que reduzem as assimetrias
regionais e promovem a verdadeira unidade nacional.