segunda-feira, 22 de abril de 2019

PM russo diz que Moscovo tem uma oportunidade de melhorar relações com a Ucrânia


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O primeiro-ministro foi o primeiro alto funcionário russo a reagir à vitória de domingo de Volodymyr Zelensky e disse que Moscovo tem "uma oportunidade" para melhorar a cooperação com a Ucrânia.
Para Medvedev, os resultados das eleições ucranianas "mostraram uma clara procura por uma nova abordagem para resolver os problemas da Ucrânia"
KIMMO BRANDT/EPA
Autor
  • Agência Lusa
O primeiro-ministro russo, Dmitri Medvedev, disse esta segunda-feira que Moscovo tem “uma oportunidade” para melhorar as relações com a Ucrânia após a eleição do novo Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, acrescentando, no entanto, que não tem “ilusões”.
“Há uma oportunidade para melhorar a cooperação com o nosso país”, declarou na sua página no Facebook Dmitri Medvedev, o primeiro alto funcionário russo a reagir à vitória de domingo de Volodymyr Zelensky, um comediante sem experiência política, na eleição presidencial ucraniana.
No entanto, o primeiro-ministro acrescentou que não tem “ilusões” sobre Zelensky, assegurando que “não há dúvida de que o novo chefe de Estado usará a mesma retórica que utilizou durante a sua campanha em relação à Rússia”.
Para Medvedev, os resultados das eleições ucranianas “mostraram uma clara demanda por uma nova abordagem para resolver os problemas da Ucrânia”.
Volodymyr Zelensky, que venceu as eleições presidenciais ucranianas com uma larga maioria, declarou no domingo que deseja “relançar” o processo de paz com a Rússia no conflito em curso no leste separatista pró-russo do país.
“Vamos avançar com o processo de Minsk, vamos relançá-lo”, declarou, na primeira conferência de imprensa após a votação, numa alusão aos acordos de paz assinados em fevereiro de 2015 sob a égide de Kiev, Moscovo, Paris e Berlim.
O Presidente cessante, Petro Poroshenko, reconheceu a derrota e felicitou o adversário, prometendo, no entanto, não deixar a vida política.
As sondagens à boca das urnas davam a Poroshenko apenas 25% dos votos. “[As sondagens] são claras e dão-me todas as razões para ligar ao meu adversário e felicitá-lo”, anunciou aos seus apoiantes.
“Aceito a decisão. Deixo as minhas funções, mas quero sublinhar com firmeza: não deixo a política”, acrescentou.
As eleições legislativas estão previstas para o final de outubro.
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