sábado, 20 de abril de 2019

Português em prisão perpétua por violar jovem em Inglaterra. Vítima diz que pensou “que ia morrer”


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Samuel Fortes seguiu a jovem, agora com 20 anos, antes de a violar e de lhe bater. A vítima estava a fazer uma videochamada com o namorado quando foi atacada — uma peça chave na investigação.
O agressor de nacionalidade portuguesa a residir em Inglaterra, admitiu a violação e a culpa pelos ferimentos graves
ANTHONY WALLACE/AFP/Getty Images
A jovem de 19 anos ligou para o namorado quando percebeu que estava a ser seguida. Tinha ido sair à noite com amigos e dirigia-se para casa, a pé. Eram cerca das 3h00 da madrugada quando parou na rua St Paul’s, no centro de Leeds, uma cidade no norte da Inglaterra, para fazer uma chamada de vídeo com o namorado, através da aplicação FaceTime. A dada altura, a cara de um homem surgiu no ecrã do seu telemóvel e a chamada caiu: a jovem estava a ser atacada.
O namorado assistiu a apenas alguns segundos desse ataque, mas os suficientes para conseguir fazer um screenshot [captação de imagem do ecrã] à cara do atacante. Foi uma ” uma peça chave”, segundo escreveu a polícia de West Yorkshire, no seu site, e que permitiu identificar o agressor: Samuel Fortes. O português de 27 anos (na altura, com 26), a residir em Inglaterra, era o homem que tinha atacado a jovem na madrugada de 23 de junho de 2018, debaixo de uma ponte pedonal. Esta quinta-feira, quase dez meses depois do crime, Samuel Fortes foi condenado a prisão perpétua por violação e agressão.
Samuel Fortes, o português de 27 anos condenado a prisão perpétua por violação e agressão (Foto: Polícia de West Yorkshire)
O namorado da vítima assistiu ao início de um ataque que durou cerca de 15 minutos — entre as 3h15 e as 3h30 da madrugada. O atacante destruiu de imediato o telemóvel, terminando assim com a chamada de vídeo. Depois, arrastou a jovem para debaixo da ponte pedonal, no centro da cidade, “agrediu-a fisicamente e violou-a”, deixando-a com “lesões faciais graves”, escreve a polícia de West Yorkshire, no seu site.
Durante o ataque de 15 minutos, Samuel Fortes arrastou e levou a vítima para debaixo da ponte pedonal. Lá, agrediu-a fisicamente e violou-a. Ela ficou com lesões faciais graves, incluindo num dente, e um inchaço profundo no rosto e corpo”, escreve a polícia no site.
O namorado já tinha ligado para as autoridades — fê-lo assim que percebeu que a jovem tinha sido atacada. Mas a polícia não chegou a tempo de impedir o ataque ou de prender o autor. Até porque, depois de cometer os crimes, Samuel Fortes escondeu-se durante mais de uma hora num arbusto, antes de fugir para a cidade onde vivia: Sheffield — a cerca de 56 quilómetros de Leeds, onde ocorreu o ataque.
A jovem acabaria por ser encontrada por três pessoas que seguiam na ponte pedonal quando de depararam com a sua mala, o telefone e chaves. Encontraram a vítima semi-nua e ensaguentada — e chegaram a ver Samuel Fortes a afastar-se do local.

O fio de cabelo, as imagens de videovigilância e o sangue nos sapatos. Como a polícia chegou a Samuel Fortes

Um análise forense ao local do crime fez com que a polícia rapidamente encontrasse o seu autor. Foi recolhido um fio de cabelo que permitiu chegar ao ADN do agressor — que correspondia ao de Samuel Fortes. É que o ADN do português já constava na base de dados da polícia uma vez que se encontrava a cumprir uma pena suspensa por violência doméstica contra uma ex-companheira em 2017.
As nossas equipas forenses realizaram uma análise meticulosa do cenário do crime que ajudaram a identificar o suspeito tão rapidamente. Um único fio de cabelo ajudou a garantir que Samuel Fortes não fosse uma ameaça para mais ninguém“, disse o inspetor-chefe Jaz Khan em tribunal, esta quinta-feira.
A polícia analisou também horas de filmagens de câmaras de videovigilância, captadas naquela noite que mostravam o suspeito a seguir a vítima, na madrugada de 23 de junho de 2018 — e que entretanto divulgou no site. “Ele também foi detetado após o ataque a ir do centro da cidade de Leeds até Sheffield de comboio”, escreve.
Foi a própria vítima que pediu às autoridades que as imagens de videovigilância fossem divulgadas para “ajudar a mostrar” que a polícia faz tudo o que está ao seu alcance para “apoiar as vítimas e conseguir que se faça justiça por elas”, explicou o inspetor-chefe em tribunal, esta quinta-feira, adiantando que as filmagens divulgadas “são apenas uma pequena parte” das imagens que foram visualizadas de Samuel Fortes a seguir a jovem.
[Veja as imagens de videovigilância divulgadas que mostram Samuel Flores a seguir a vítima]

Era quase certo que Samuel Fortes era o agressor que a polícia procurava. Tão certo que as autoridades desencadearam operações de buscas para o encontrar e divulgaram essa informação. “Preciso de falar com Samuel com urgência”disse o inspetor-chefe Jaz Khan, na altura ao jornal Metro, alertando: “Devo avisar a todos que pensarem que estão a ver Samuel para não se aproximar dele, mas chamar a polícia imediatamente”.
As autoridades acabaram por localizar Samuel pouco  depois. “Quando foi detido, o sangue da vítima ainda estava nos seus sapatos“, escreveu a polícia no seu site. Seis dias depois do ataque, Samuel Fortes foi presente a tribunal para ser formalmente acusado de violação e ofensa à integridade física na forma tentada. Em novembro, quando presente a um juiz novamente, acabou por confessar os crimes. Esta quinta-feira, foi condenado a prisão perpétua com a possibilidade de pedir liberdade condicional quando cumprir oito anos da pena — um pedido que poderá ser sempre recusado, cumprindo-se assim a prisão perpétua.

“Fiquei na mesma posição durante dias a questionar o que podia ter feito de diferente”

Num comunicado escrito pela vítima e lido em tribunal, a jovem falou sobre aquele que considera e espera ser “o ponto mais baixo, mentalmente”, na sua vida. A jovem, agora com 20 anos, revelou que, durante vários dias depois do ataque, não conseguia sair da cama porque “não via uma razão para o fazer”. A vítima disse que, quase um ano depois, ainda se sente “enojada com a ideia de que um humano poda fazer isto a outro”. “Pensei que ia morrer. É um sentimento que nenhuma palavra consegue descrever”, disse.
Fiquei na mesma posição durante dias a questionar o que poderia ter feito diferente. A questionar por que é que era a vítima e a questionar se a dor que causei à minha família valeria a pena”, desabafou.
A jovem recordou ainda, no comunicado lido em tribunal, uma frase que ouviu do pai, quando este explicou ao irmão o que tinha acontecido: “É como se estivesses a proteger uma flor há 19 anos e de repente alguém vem e pisa” — uma frase, contou a jovem, que “nunca” esquecerá.
Paulo Silva
1 h
Pela foto o agressor terá sangue branco também. O problema não estará na cor da pele, mais na cultura do ressentimento e do rancor. Uma cultura de vingança muito alimentada por certos discursos políticos.
Miguel Rosa
2 h
A BBC tem a foto do rapaz. Ui que português....
J M
2 h
Este bandido preto, é africano, nunca português!
As portas abertas, a todo o lixo que mais ninguem quer, dá nisto!
Ed Vieira
2 h
Uma curiosidade: Fortes, tal como Semedo, sao apelidos tipicamente e quase exclusivamente caboverdianos. 
Cato Uticensis
2 h
Português? Isso hoje em dia é muito genérico......
André Silva
3 h
Se violar e agredir - sem dúvida um crimes hediondo - dá direito a perpétua, então qual será a pena justa para matar uma pessoa? E matá-la depois de a torturar e mutilar? E se o fizer a várias?
A Justiça só o é se for proporcional ao crime cometido, e não desmerecendo do horror da violação e agressão, a referência máxima deverá ser sempre a vida humana.
Coelho Henrique
3 h
Coloquem uma foto para vermos o rosto desse "português"...

Português de papel...
De fininhoCoelho Henrique
3 h
pelo que dá para perceber (cabelo carapinha, volumoso), é português de africa pelo que a foto da noticia nada tem a ver com a realidade
Relvas AnalyticsDe fininho
3 h
... a fotografia é generica e o video que serviu de prova não é este! ...este video é de cameras de segurança e não prova absolutamente nada, aliás tem partes tiradas em dias diferentes.
Miguel RosaRelvas Analytics
2 h
Mas confirma--se as origens
Suíno panasca lá andas tu à procura de lombo na brasa, pah! Rolo de carne é nos locais habituais que tu conheces, faz-te ao Ping ou ao Cruzeiro ou procura o genro pode ser que te alegre com o esFOLAR pascoal.
Pérolas a porcos
3 h
Agressor de nacionalidade portuguesa...?

E quando é que ele veio de Angola?...
Relvas AnalyticsPérolas a porcos
3 h
...veio na mesma altura que o teu pai.
André SilvaRelvas Analytics
3 h
e que a p*** da tua mãe.
Relvas AnalyticsAndré Silva
3 h
...eu sei que estás triste e chateado por gostavas de ter sido tu a seres violado! ...tens que ter paciência, experimenta a tomar banho, pode ser que tornes mais atrativo para um violador.

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